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Everton de Andrade

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Tela cheia

Os bozistas estão prestes a arruinarem de vez o país

23 de Outubro de 2022, 14:42 , por Everton de Andrade - | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by)

Em 2018, muita gente alegou o voto de protesto ou por comoção perante o suposto atentado contra o candidato eleito da extrema direita. Atualmente, após mais de um milhão de mortes por problemas de saúde desde 2020 a partir da pandemia, o argumento da irracionalidade para apoiar a candidatura bozista é pouco convincente.

Também é mister ressaltar que a maioria dos eleitores tem dezoito anos de idade ou mais, ou seja, são pessoas que respondem pelos próprios atos.

Por outro lado, o núcleo pensante do grupo político de extrema direita é formado pela família Bozo, por bilionários, líderes religiosos e elementos oriundos dos órgãos públicos de fiscalização e controle. Eles se utilizam da viralização de conteúdos nas redes sociais e da fé pública dos cargos ocupados para influenciarem a sociedade.

Lamentavelmente, muitas pessoas adultas acreditam irrestritamente nas mensagens de líderes religiosos, juízes, delegados, promotores, e de conteúdos divulgados na internet, por mais absurdos que sejam os teores expressos. Exemplo disso foi a defesa do uso de cloroquina e dos demais tratamentos precoces contra o coronavírus.

No presente contexto da campanha eleitoral, quem manifesta indecisão ou o voto no candidato oponente da extrema direita é praticamente coagido a mudar de posição. Embora os bozistas se proclamem defensores da liberdade de expressão e dos direitos individuais, nos momentos decisivos eles constrangem os divergentes de várias formas, inclusive com demissões e processos judiciais.

A continuidade da gestão bozista no Brazilquistão, especialmente pela maioria obtida no Congresso Nacional, poderá representar a operacionalização de um regime ditatorial com aparência de democracia.

Confirmada a pretensa vitória do Bozo, uma das primeiras iniciativas provavelmente será a recomposição do Supremo Tribunal com a maioria de integrantes alinhados ideologicamente à extrema direita. A partir disso, a interpretação da constitucionalidade dos atos ficará sob a responsabilidade dos fascistas.

Assim, o término da gratuidade dos atendimentos do sistema público de saúde – inclusive a vacinação – o fim da disponibilização gratuita do Ensino Fundamental e Médio, a perseguição aos divergentes do governo, a falta de correção adequada dos valores do salário mínimo aos trabalhadores e aposentados, o uso irrestrito da violência por parte de agentes policiais, a continuidade da devastação ambiental para favorecer mineradores e fazendeiros, o extermínio dos povos originários e quilombolas, a reeleição ilimitada do Bozo para a Presidência, tudo isso poderá ser legitimado a partir do ano que vem.

As maiores prejudicadas com tais iniciativas serão as pessoas mais vulneráveis, isto é, a política eugenista vigente desde 2020 com o advento da pandemia será definitivamente legalizada.

Enquanto isso, há a percepção de que segmentos da classe média nacional poderão gozar a vida plenamente alheios à escalada da extrema direita nas gestões públicas. Nesse contexto, a diminuição do mercado consumidor nacional a partir da continuidade do extermínio das camadas menos favorecidas, as alterações climáticas decorrentes do desmatamento de vastas áreas e a explosão de casos de latrocínio até mesmo em bairros nobres de cidades consideradas menos violentas, poderão abalar o excesso de confiança de que playboys e patricinhas são fortes o suficiente para sobreviverem no país. Figuras bilionárias como o empresário Injustos têm condições de se deslocarem do país para viverem protegidos nos castelos no exterior, tal como ocorreu durante a pandemia. Porém, é improvável que a maioria da classe média fartamente endividada tenha condições de adquirir carros blindados para se proteger dos latrocínios ao percorrer as metrópoles brazilquistanesas.

Diante do exposto acima, as pessoas que percebem a gravidade da conjuntura atual precisam se manter firmes na perspectiva de alternância do poder no Brazilquistão, mesmo que sejam coagidas a mudar de atitude durante os próximos dias. É importante ressaltar que o voto secreto existe justamente para proteger a população no ato de escolher os rumos da nação.

Sem esse ato de coragem, infelizmente os rumos brazilquistaneses poderão atingir os níveis da barbárie medieval, inclusive com a escalada da “caça às bruxas” nas religiões cristãs.


Everton de Andrade