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Everton de Andrade

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Pela ampliação das transmissões ao vivo dos Jogos Olímpicos

2 de Agosto de 2021, 0:12 , por Everton de Andrade - | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by)

No Brasil, é comum existirem transmissões futebolísticas no rádio e na televisão. Isso é uma forma de se promover a referida modalidade esportiva, de maneira que o futebol permaneça inserido na cultural popular nacional.

Por outro lado, há outras quarenta e cinco modalidades esportivas olímpicas as quais a população também pode se interessar – além de outras não incluídas nos Jogos Olímpicos, como o xadrez.

Muitos brasileiros acabam conhecendo um pouco sobre algumas outras modalidades esportivas a partir da cobertura da imprensa durante as Olimpíadas. Infelizmente parece que o comitê organizador desse evento internacional utiliza a mesma estratégia de negociação dos direitos de transmissão adotadas nas Copas do Mundo de futebol masculino, de forma que, nas Olimpíadas de Tóquio, há apenas uma emissora de televisão aberta e uma de rádio transmitindo ao vivo as competições para o território nacional.

No Campeonato Mundial de futebol masculino, como se trata de apenas uma competição numa única modalidade esportiva, a hegemonização das transmissões em poucas emissoras talvez cause impactos limitados. Contudo, no período dos Jogos Olímpicos, 46 torneios ocorrem praticamente de forma simultânea.

No caso brasileiro, o canal aberto de televisão transmite ao vivo as disputas olímpicas que podem render maiores audiências e as demais partidas ficam ocultas do grande público nacional – à exceção de quem pode acompanhar as transmissões na tevê a cabo ou paga para receber as imagens pela internet. Pelo rádio, quem está distante do Rio Grande do Sul e não dispõe de internet não consegue acompanhar a cobertura da Rádio Gaúcha, a única brasileira a transmitir ao vivo as Olimpíadas de Tóquio.

Algumas alternativas para se ampliar a cobertura olímpica ao vivo podem ser: leilão da transmissão das modalidades com maior apelo publicitário (audiência) para os canais comerciais abertos de televisão e emissoras de rádio; disponibilizar a imagem das demais modalidades para o canal público de televisão e para os subcanais digitais das demais emissoras televisivas interessadas; permissão às demais emissoras de rádio transmitirem as disputas das modalidades com menor apelo publicitário sem a presença de equipes de reportagem nos locais dos eventos.

Assim, a transmissão ao vivo e as reprises dos torneios olímpicos podem estimular o surgimento de novos fãs e até mesmo novos talentos para as práticas desportivas, consequências que podem ser benéficas na perspectiva da redução da violência e da promoção da paz social no país.


Everton de Andrade