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Everton de Andrade

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Pela primeira vez, vi um pica-pau em Curitiba

29 de Outubro de 2023, 23:55 , por Everton de Andrade - | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by)

Durante minha infância, adorava acompanhar os desenhos do Pica-Pau, um pássaro muito esperto e alegre durante as tramas.

Sempre quis conhecer esse pássaro de verdade. Recentemente, assisti a um vídeo do pica-pau genuíno cantando e também soube que essa ave está praticamente extinta no país onde o desenho animado foi produzido, principalmente por causa da lastimável ação de caçadores.

Numa tarde ensolarada de um domingo do mês de junho deste ano, ao passear pelas ruas do bairro Xaxim, em Curitiba, me deparei com um forte canto de um pássaro numa árvore frondosa. Parei para tentar identificá-lo e logo observei que tratava-se de um pica-pau, todo contente bicando a árvore.

O canto dele foi um dos mais belos que já ouvi em toda a minha vida. Ele é realmente muito lindo, fiquei bastante feliz por esse momento especial em plena área urbana.

Tomara que os moradores, juntamente com a gestão municipal, possam preservar as árvores e as áreas de preservação ambiental dos rios curitibanos, particularmente o Ribeirão dos Padilhas, na região sul desse município, a fim de que mais pássaros possam viver e fazer companhia às pessoas.

Entre os anos de 2020 e 2021, passei grande parte do meu tempo isolado na minha residência, para evitar a contaminação pandêmica do coronavírus. Durante esse período, ficava muito feliz por receber a visita do pássaro bem-te-vi, o qual diversas vezes parava nas proximidades do meu escritório para cantar bem alto. E também tive a companhia de algumas lagartixas durante as noites.

A presença desses seres me ajudou a espantar a solidão, principalmente devido ao comportamento de muitos humanos que sabotaram as medidas preventivas à enfermidade pandêmica, inclusive durante as fases mais críticas. Mesmo na atualidade há gente que, ao invés de se vacinar, prefere morrer de covid – fato que pode gerar novas variantes do vírus, as quais podem ser resistentes aos tratamentos disponíveis, com o risco de novos surtos pelo país afora.

Desse modo, a preservação da fauna nas cidades, com a presença do bem-te-vi, do pica-pau e da saracura, dentre outras espécies, poderá representar a melhoria de qualidade de vida das pessoas, especialmente caso novos surtos de doenças pandêmicas aconteçam e novos isolamentos sociais sejam necessários.


Everton de Andrade