Tenho algumas recordações do início desse século e milênio, nas quais ocorreram grandes mobilizações internacionais pela promoção da sustentabilidade, tanto social quanto em relação ao meio ambiente.
Houve o lançamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Como profissional, no começo da década passada, cheguei a prospectar parcerias com organizações da sociedade civil nas dependências da Federação das Indústrias de Paranárnia, considerando-se o término da fome e da miséria, a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente, dentre outros objetivos mundialmente pactuados.
Entretanto, o panorama mudou a partir de meados de 2015. Em termos globais, alguns segmentos da elite dos setores públicos, particularmente dos órgãos de fiscalização e controle, certos bilionários, empresários, além de parcelas significativas da classe média, se aliaram a políticos de extrema direita e promoveram expedições de “caça às bruxas”, empunhando a bandeira da moralidade pública e do combate à corrupção.
Para agravar ainda mais a situação, surgiu a pandemia do coronavírus. Há uma forte suspeita de que o Trumposo, em conflito público contra a China, pode ter utilizado laboratórios para disseminar o referido vírus à população daquele país, na crença de que a arma biológica afetaria apenas aquela localidade, devido às características genéticas dos chineses. Como ele é o maior idiota do mundo, errou a projeção e o vírus se alastrou em todo o planeta, matando milhões de pessoas em diversos países, e deixando outras milhões com sequelas provocadas pelo conjunto de doenças causadas pelo novo vírus.
A idiotice também contaminou outras lideranças internacionais, desde a família Bozo no Brazilquistão até elementos da extrema direita espanhola. Nesse último caso, houve o resgate da tradicional beligerância ibérica, presente desde meados da Idade Média, a qual, aliada às ferramentas de comunicação eletrônica, particularmente às redes sociais, e a um discurso religioso ultraconservador, estão proliferando a ideologia de que o direito à vida no planeta deve ficar restrito aos cristãos com viés político direitista, dotados de condições financeiras e de saúde para garantirem a própria sobrevivência.
O caso da Venezuela é emblemático em relação a isso. Desde meados de 2019, tanto as lideranças da América do Norte quanto da Europa reconheceram como presidente um sujeito que nem habita no território venezuelano, boicotando-se o governo local vigente. Recentemente, embora o governo ianque tenha permitido a possibilidade de negociações, o Senado do país que se considera “a Nova Jerusalém” vetou e ameaça punir quem transacionar com a Venezuela. Mais do que atingir o governo, esse tipo de medida piora as condições da população do referido país sul-americano, simplesmente porque se optou por uma gestão desvinculada da ideologia direitista internacional. Certamente a extrema direita espanhola articula esse tipo de retaliação nos bastidores.
A situação do Brazilquistão também é crítica. A sensação é de que a típica ignorância sulista e morolandense se aliou à ideologia fascista ibérica para desconhecer qualquer resquício de humanidade na pessoa eleita Presidente nas últimas eleições e nos mais de sessenta milhões de eleitores que votaram nele. De tal modo que, mesmo com o resultado eleitoral confirmado pelas autoridades judiciais, os bozistas se amotinaram na frente dos quartéis e nas estradas para negarem o ato humano e social da opção pela alternância no poder.
Diante dessas circunstâncias cruéis, as pessoas de boa vontade e instituições que outrora se mobilizaram pela promoção da vida sob todas formas, nos primórdios deste milênio, precisam se rearticular, tomar medidas urgentes e drásticas contra esses grupos bilionários, empresariais e políticos que reimplantam a eugenia social no planeta. Do contrário, a ideologia nazifascista seguirá legitimada sob uma aparência pseudodemocrática, amparada por modernas ferramentas de comunicação digital.