Nas atuais circunstâncias, em que as autoridades governamentais aderiram à proposta empresarial da liberdade dos consumidores para comprarem e morrerem, resta aos indignados diante desse necrológico princípio se organizarem pela preservação do maior número de vidas até a chegada de um tratamento eficaz contra a enfermidade pandêmica.

Cabe ressaltar que o atual discurso governamental sobre as vacinas está ocultando a ênfase nas demais medidas preventivas à Covid-19, as quais também podem ser eficazes para a redução da contaminação e são as únicas viáveis no presente momento.

Assim, cada inconformado e inconformada, seja pessoa física ou jurídica, pode tentar articular ações e parcerias pela redução da contaminação virótica.

A partir de iniciativas simples - como a autodisciplina na higienização corporal e no distanciamento social, a manutenção da circulação de ar natural nos espaços físicos, o diálogo com os familiares e amigos, o uso de máscara nos ambientes de circulação de pessoas, as publicações nas redes sociais para estimular o engajamento pela prevenção – as quais também podem ser ampliadas para articulações sociais e empresariais mais complexas, como a promoção de campanhas publicitárias sobre as referidas medidas, podemos agir de forma proativa pela preservação da espécie humana no Brasil.

Enquanto há vida, há esperança. Destarte, no meu ponto de vista, a soma de iniciativas pessoais, empresariais e locais pela preservação da população brasileira nessa fase pandêmica pode contribuir para permanecermos saudáveis por muito tempo.