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Everton de Andrade

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Solidariedade ao Ministro Gilmar

14 de Julho de 2020, 0:08 , por Everton de Andrade - | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by)

Nessa altura dos acontecimentos, é importante relembrar que o grupo de extrema direita no poder se denominava arauto da moralidade pública e da eficiência, com forte apelo militar.

Até agora, foram eficientes em criar confusões e no extermínio de quase 73 mil pessoas durante a pandemia, conforme os dados oficiais mais recentes.

Caso o número real de contaminados seja entre sete a quinze vezes maior, conforme veiculado na imprensa, a quantidade efetiva de mortos na atualidade pode ser de 511 mil a 1,095 milhão de pessoas. Pois os óbitos oficializados são de pacientes que procuraram atendimento clínico ou farmacêutico e há vários casos reportados como síndrome respiratória aguda grave, principalmente quando houve a contratação do seguro de vida, o qual muitas vezes não cobre mortes geradas por pandemias.

Desse modo, o país entrou numa espécie de “buraco negro”, tanto pela magnitude de óbitos quanto pela fome que poderá se tornar rotineira novamente, como nos tempos da ditadura militar. Para se ter uma ideia das consequências ditatoriais sobre a economia nacional, uma das minhas bisavós paternas faleceu na década de 1980 por complicações decorrentes de desnutrição.

E o problema da fome persistiu até meados da década de 2000. Me recordo perfeitamente que, em 2002, um candidato vencedor se comprometeu a dar condições financeiras para a população tomar café da manhã, almoçar e jantar, pois muita gente ainda tinha dificuldades para se nutrir diariamente.

A atual demagogia feita com o aplicativo “Caixa não tem pão velho” é gritante. Pessoas nascidas no mês de dezembro poderão sacar ou transferir os valores da terceira parcela da esmola emergencial apenas a partir de 19 de setembro. Quando tenta-se utilizar o aplicativo para fazer pagamentos, tal opção apresenta-se indisponível.  Assim, na prática, o governo sequestrou o dinheiro emergencial e as pessoas em situação vulnerável, especialmente os sagitarianos, correm o risco de passar fome por não conseguirem movimentar os recursos financeiros.

Nessas circunstâncias, no meu ponto de vista, as saídas possíveis do “buraco negro” são:

- O afastamento imediato do Bozo e do Montão por incapacidade e negligência perante a pandemia;

 - o próximo gestor público sincronizar uma rigorosa quarentena com estados e municípios, de maneira similar à ocorrida na Nova Zelândia, de forma que, em dois ou três meses, possa-se avaliar o restabelecimento das atividades produtivas;

- a subvenção a pessoas físicas e jurídicas com valores monetários que permitam a manutenção do isolamento social (no caso das pessoas físicas o auxílio deve ser mensal, desburocratizado e no valor do salário mínimo para cada indivíduo com idade acima de dezoito anos).

Por outro lado, Bozo e Montão deixarão os cargos apenas mediante uma expressiva insatisfação pública. Diante disso, faço um apelo à classe média para se sensibilizar perante a gravidade do momento presente. Se nada acontecer, até mesmo esse segmento social poderá passar severas dificuldades devido ao prolongamento da crise sanitária agravada pela inação governamental.

Portanto, se houver a iniciativa popular, ainda será possível evitar uma derrocada econômica similar à ocorrida na fase final da ditadura militar.


Everton de Andrade