Para desespero da boçal classe média e dos soberbos riquinhos de Morolândia, representados pela Gazeta dos Porcos e pelo colunista Augusto Mafioso, o Paraná Clube estará em campo novamente, para disputar a Segunda Divisão do Campeonato Estadual.
Aliás, espero que o coronavírus tenha agido contra o Dr. Mafioso, diante da estupidez dele ao atuar juridicamente durante décadas contra o Tricolor da Vila e, num dos piores momentos da história do clube, humilhar o mencionado time num texto publicado na seção esportiva da Gazeta emporcalhada.
De líder da série B do campeonato nacional antes dos surtos pandêmicos, o querido Tricolor terminou rebaixado na competição do ano de 2020, sobretudo por causa da influência de lideranças empresariais e governamentais que pressionaram a confederação de futebol e os clubes a retornarem à ativa, mesmo diante das condições sanitárias precárias no país. A tragédia se completou com a morte de cronistas esportivos e até de dirigentes dos clubes envolvidos nas competições, por causa dos surtos viróticos.
Assim, é insuportável viver num país e numa cidade em que as camadas sociais influentes privilegiam o extermínio da população e de instituições para satisfazer interesses escusos. Covardemente, chegaram a usar até religiosos para convencerem a população a adoecer e morrer!
Apesar de todas as dificuldades, no momento atual, o Paraná Clube tem a possibilidade de fazer uma campanha honrosa nesse ano, principalmente com a participação da torcida nos estádios. Outro ponto é a reorganização jurídica a partir da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), para a renegociação das dívidas.
No meu ponto de vista, o ideal é que os próprios torcedores se mobilizem para quitar as obrigações pendentes do clube e formem uma espécie de “cooperativa esportiva”, para a arrecadação de fundos para a capitalização do clube, a partir da aquisição de quotas individuais, nos moldes de organização das cooperativas de crédito, em que o cooperado adquire uma quota e, dependendo da eficiência da gestão e dos resultados anuais, essa quota se valoriza com o tempo.
Essa distribuição das partes do negócio da “SAF” entre os torcedores, nessa “cooperativa de investimento”, poderá ser benéfica ao Paraná Clube e à torcida para se evitar, por exemplo, que um eventual único dono do time tenha atritos com os torcedores por baixo desempenho em campo e, posteriormente, se desfaça do negócio repentinamente, situação que pode prejudicar as equipes de futebol. O caso recente de revenda do Cruzeiro pelo ex-jogador que tornou-se dono da “SAF” pode ilustrar os aspectos negativos de um clube de futebol tornar-se “posse” de alguém.
Outra situação importante é o eventual dono estabelecer quem pode e, principalmente, quem não pode participar dos eventos do clube, especificamente nos jogos a serem disputados. Desse modo, aquelas organizações de torcedores que eventualmente protestarem contra pretensas incoerências da gestão poderão ser banidas do estádio em que o Paraná atuar como mandante. Consequentemente, poderá haver o afastamento de tradicionais torcedores do clube, e os que permanecerem poderão ser obrigados a se comportarem ao estilo de uma plateia de teatro, para evitarem serem banidos da agremiação.
Diante de todas essas situações complexas, o resgate do protagonismo da torcedora e do torcedor paranista poderá favorecer o bom desempenho técnico do time e o retorno à elite do futebol estadual.
Sucesso, Tricolor!
Post Scriptum
Devido às minhas restrições financeiras, não poderei comparecer aos estádios nesse campeonato para torcer pelo Paraná Clube. Mas sugiro às torcedoras e torcedores que preparem cartazes, faixas e demais ações criativas para protestarem nos estádios contra a Gazeta dos Porcos e o enfadonho colunista Augusto Mafioso.
*** Texto originalmente publicado no WordPress em 02/05/2024:
https://blogforcadapalavra.wordpress.com/2024/05/02/vai-comecar-o-mais-importante-torneio-de-futebol-do-mundo/