Estima-se que, atualmente, pouco menos de 1% do faturamento dos bancos é absorvido por startups de tecnologia. As mesmas estatísticas indicam que as fintechs abocanharão entre 15 e 20% das receitas do setor em cerca de dez anos. Essa perspectiva faz a indústria se mover.
A disrupção do setor de finanças permeou muitas discussões do Ciab Febraban 2016. Guga Stocco, líder de estratégia e inovação do Banco Original, participou de um painel, no evento, que discutiu o avanço das fintechs na indústria.
Segundo ele, esse processo de transformação víncula-se especialmente a três fatores que farão os bancos mudarem sua mentalidade.
1. Fintechs
As startups de tecnologia de serviços financeiros serão competidores e aliados dos bancos tradicionais. “Ainda há muita resistência para tecnologias novas no mercado financeiro. As fintechs desenvolvem seus serviços com foco no usuário, valorizando a interface”, compara.
Segundo o executivo, os bancos enfrentarão uma mudança de paradigma e terão que aprender a lidar com o relacionamento junto ao ecossistema de startups. Esse movimento pode ser visto em diversos mercados, inclusive no Brasil, quando observamos gigantes como Itaú, Bradesco e Banco do Brasil criando aceleradoras, programas de inovação aberta e promovendo hackathons.
2. Mobile
A mobilidade já é uma realidade na indústria financeira. Segundo dados recentes da Febraban, grande parte das transações bancárias já acontece por meio de dispositivos como smartphones e tablets. Porém, o surgimento de novos serviço, acredita Stocco, se assemelhará ao processo de utilização de qualquer aplicativo móvel – ou seja, da mesma forma que o cliente pode baixar um app, poderá desinstalá-lo, sem complicação.
3. Ágil
“Bancos foram construídos em um mundo complicado que agora está se tornando complexo”, diz o estrategista do Banco Original, sinalizando que a diferença entre os dois conceitos é que, em um cenário de complexidade, usar as mesmas regras não gera produtos iguais. Stocco diz que os bancos vão precisar errar e aprender com esses erros a todo o momento. “Quando a indústria financeira entra no mundo digital, não há como replicar conceitos”, afirma.
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