A SAP afirma que já conquistou 500 clientes para o S/4Hana na América Latina. O número representa um avanço rápido da versão do ERP lançada em fevereiro de 2015. Entre os usuários da região citados estão as brasileiras Ceitec e Embraer e a peruana Camposol.

Além disso, outra companhia que toca um projeto relacionado à solução é a Votorantin. Eduardo Rey, gerente geral de infraestrutura do Centro de Competência em TI da empresa detalhou a iniciativa em uma conversa com a Computerworld Brasil.

Em novembro de 2015, a SAP afirmou que havia superado a marca global de 1,3 mil clientes na nova versão, posicionada como uma ferramenta de apoio a empresas que desejam ingressar na economia digital, indo além de transações tradicionais e adotando processos digitalizados em tempo real.

“A transformação digital é uma realidade em todos os setores e exige que as organizações repensem seus modelos de negócios, processos e cenários de TI”, ponderou a provedora, estabelecendo que a ferramenta configura-se no núcleo de sua resposta a esse contexto.

Segundo a IDC, na América Latina, 26% dos CIOs de grandes companhias vão iniciar o caminho digital” e um de cada três CEOs das 3 mil maiores empresas na região colocará a transformação como base para estratégia corporativa.

A SAP vem fazendo grandes apostas na tecnologia. Os clientes da fabricante alemã de ERP, porém, não estão totalmente convencidos de que a nova suíte de software é a tecnologia que estão procurando. Além disso, ainda há muita reticência com relação à nuvem.

Um estudo publicado há alguns meses pelo DSAG (sigla para um grupo de usuários de sistemas da marca formado por clientes que falam o idioma alemão) revelou que apenas 6% (dentre 357 empresas alemãs, austríacas e suíças) entrevistadas já deram início a algum tipo de projeto envolvendo a nova suíte. Além disso, somente 4% comprou licenças.

No outro extremo do espectro avaliado, aproximadamente 37% dos executivos disseram que não sentem que o S/4Hana fornece valor agregado que justificaria uma migração. Além disso, 11% afirmam que não tiraram tempo para se debruçar e avaliar a fundo a nova versão, enquanto 42% ainda estão recolhendo informações sobre o sistema.