Muito se fala sobre diversidade no ambiente corporativo. O tema ganha cada vez mais importância entre empresas de diversos setores. No segmento de TI, mais do que uma questão de bom senso, buscar um ambiente mais heterogêneo tende a impulsionar estratégias digitais.
“As melhores soluções são criadas por um time diverso de talentos”, enfatiza Otto Berkes, CTO da CA Technologies, que veio ao Brasil participar do Ciab Febraban 2016 e, em uma atividade no espaço de coworking Cubo, participou de uma conversa com executivos brasileiros sobre o perfil de liderança em uma economia baseada em software.
A diversidade emerge como ponto fundamental quando consideramos a fragmentação da sociedade moderna. Logo, compor uma equipe que privilegia diferenças é peça-chave para encontrar soluções mais adequadas ao cenário complexo vivido atualmente.
Na visão do executivo que coordenou equipes da Microsoft na criação do Xbox, é importante saber como a força de trabalho corresponde a população que usa esses novos recursos tecnológicos desenvolvidos por uma empresa.
O avanço da tecnologia e a amplificação do discurso de digitalização mudou o escopo da própria tecnologia. Se antes era tudo focado em processos e necessidades internas, agora, sistemas computacionais se tornam um impulsionador dos negócios e faz surgir uma nova economia.
Essa revolução da indústria é impulsionada pela experiência dos clientes. Logo, atender uma sociedade heterogênea requer uma visão holística. “Temos que olhar para quem usa esses produtos digitais, e para quem os cria”, ilustra o executivo, para indicar o que observa no mercado: “Há um desequilíbrio”.
Uma questão de indústria
A CA Technologies não é a única preocupada com a situação. Não faz muito tempo, o Google fez um “mea culpa” surpreendente ao assumir publicamente sua falta de diversidade na sua força de trabalho. A mensagem veio com uma promessa de mudar esse cenário.
O fato, que poderia ser um evento isolado, desencadeou uma tempestade no Vale do Silício e provocou uma bem-vinda discussão do tema em diversos setores da indústria de TI. Diversos gigantes, como o Facebook, se comprometeram com a causa e com a divulgação de dados a respeito do tema.
Desde então, começaram a pipocar iniciativas de inclusão. Em medos de 2015, a Intel Capital criou um programa de investimento de US$ 125 milhões que tem como alvo startups comandadas por mulheres e outros grupos classificados como minorias.
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