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Você provavelmente nunca terá uma impressora 3D em casa

28 de Junho de 2016, 23:59 , por FGR* Blog - | No one following this article yet.
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Enquanto a venda de impressoras 3D experimentará um elevado crescimento nos próximos quatro anos, máquinas voltadas para consumidores ainda se mantêm uma tecnologia em busca de um propósito. De acordo com pesquisa feita pela consultoria IDC, impressoras 3D, materiais e serviços cresceram cerca de 20% nos Estados Unidos em 2015 quando comparado ao ano anterior, representando ...


Enquanto a venda de impressoras 3D experimentará um elevado crescimento nos próximos quatro anos, máquinas voltadas para consumidores ainda se mantêm uma tecnologia em busca de um propósito.

De acordo com pesquisa feita pela consultoria IDC, impressoras 3D, materiais e serviços cresceram cerca de 20% nos Estados Unidos em 2015 quando comparado ao ano anterior, representando um mercado de US$ 2,5 bilhões. A receita do hardware sozinha deve crescer dos US$ 815 milhões no ano passado para US$ 1,96 bilhão em 2020. 

Porém, enquanto a maioria dessas impressoras se encontra na extremidade do mercado, o segmento para consumidores “ainda não se materializou como a maioria previa”, diz o IDC. Isso fez com que muitas fabricantes de impressoras 3D migrassem sua produção para máquinas de ponta com foco em mercados de prototipagem profissional e educação. 

Remessas inferiores, onde impressoras 3D são vendidas por menos de US$ 1 mil ainda contam com projeção de crescimento, no caso crescimento anual de 12% até 2020. Mas o mercado se mantém relativamente pequeno.  

O segmento de impressoras 3D abaixo de 1 mil dólares possui crescimento mais lento baseado na demanda reduzida, diz a IDC. Muitos dos fabricantes de máquinas mais econômicas adicionaram recursos e habilidades a suas impressoras para elevá-las a modelos mais caros.  

Em resumo, impressoras 3D ainda precisam encontrar sua necessidade ao lado de impressoras inkjet.

Em seu relatório, a IDC diz que nunca apostou muito no mercado consumidor para impressoras 3D.

“Isso está sendo corroborado com muitas das fabricantes reconhecendo que o segmento consumidor se materializou diferente do esperado. Enquanto alguns fornecedores continuam a vender impressoras por menos de US$ 300, muitos reconheceram que usuários não esgotarão material suficiente ou não comprarão materiais de suas fabricantes de impressoras, para compensá-las por um preço tão baixo”, diz o relatório. 

Mas seria o caso de um modelo que atenda as exigências do consumidor? “Eu não diria que uma impressora 3D voltada para o mercado consumidor não exista ainda. Isso mudou quando a Mattel introduziu sua nova ThingMaker nesse ano”, disse Terry Wohlers, presidente da Wohlers Associados, empresa de consultoria.

Em fevereiro, a Mattel anunciou que havia reinventado seu icônico ThingMaker, um dispositivo para fabricar brinquedos em casa, para torná-lo uma impressora 3D que custará US$ 300 e deve chegar ao mercado em meados de outubro.

“Eu sempre acreditei que crianças poderiam se tornar um mercado amplo para o setor devido a sua criatividade, elas gostam de criar objetos”, defende Wohlers. “Novas ferramentas de software para criação de conteúdo 3D, combinadas com produtos para crianças, como a ThingMaker, poderiam mudar o cenário”. 

3D Systems  

A fabricante francesa também tem demonstrado menos interesse no mercado consumidor de impressoras 3D, o qual entrou em 2011.

No final de 2015, a 3D Systems anunciou que finalizaria a sua linha Cube de US$ 999 e que também encerraria a plataforma de impressão Cubify.com em janeiro deste ano. 

“Ainda temos a Cubo Pro, que é um modelo de US$ 5 mil, mas é nossa entrada em desktops para aplicações voltadas para educação e engenharia”, disse Timothy Miller, diretor de comunicações corporativas da 3D Systems.

“Nós estamos nos focando na manufatura e no cliente profissional, por que é onde vemos oportunidades a curto prazo”, acrescentou. 

A 3D Systems está entre as primeiras fabricantes de impressoras 3D. Seu CTO, Chuck Hull, foi um dos inventores da tecnologia de impressão 3D e criou o amplamente adotado formato de arquivo STL (estereolitografia) usada nas máquinas atuais.

Para onde o mercado caminha

De acordo com a IDC, o segmento que mais cresce na indústria de impressão 3D é a categoria de preços entre 25 mil e 100 mil dólares, que são impressoras que usam uma combinação de tecnologias para plástico e metal para uso em mercados que incluem o aeroespacial, automotivo, médico e dentário. 

No ano passado, por exemplo, a HP anunciou que entraria no mercado de fabricação de peças 3D com uma máquina com foco diretamente na produção e não no mercado consumidor. 

“A medida que aplicações se tornam mais avançadas e complicadas, pessoas não querem apenas uma impressora  de prototipagem, mas uma solução que elas possam construir no fluxo de trabalho”, diz Miller. 

A pesquisa ainda aponta que os usos principais para a impressão 3D continuam o de prototipagem (50%) e prova de conceito (30%), com produção industrial em terceiro (20%).

Companhias que responderam a pesquisa revelaram que 93% delas acreditam que a impressão 3D dá a elas uma vantagem competitiva e que a principal prioridade para profissionais usando impressoras 3D é o desenvolvimento mais rápido de produtos.  

“Pessoas e companhias que estão adotando impressoras 3D estão percebendo no dia a dia a tremenda economia de tempo e de custos na criação de produtos e ciclos de desenvolvimento”, avalia Tim Greene, diretor de pesquisa para a divisão de soluções de impressão da IDC. “A medida que a velocidade de impressão aumenta e a possibilidade de materiais expande, um número crescente de produtos e partes, e logo mercados, será impactado pela impressão e manufatura aditiva”.


Fonte
Fonte: http://fernandogr.com.br/fgrblog/voce-provavelmente-nunca-tera-uma-impressora-3d-em-casa/

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