Neste fim de Semana fui assistir o Filme “Ainda Estou Aqui “.
O filme traz uma perspectiva íntima e dolorosa dos efeitos da ditadura militar nas vidas das milhares de famílias afetadas.
É um filme impactante dirigido por Walter Salles, baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva. A obra oferece um olhar profundo e emocional sobre a luta de Eunice Paiva após o desaparecimento de seu marido, o deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar brasileira.
Ver os eventos através dos olhos daqueles que perderam seus entes queridos nos ajuda a entender a profundidade do sofrimento e do trauma que essas pessoas carregam.
É um lembrete sombrio das atrocidades cometidas e da importância de preservar a memória e buscar justiça para que tais eventos nunca mais se repitam.
Essa representação também enfatiza a força e a resiliência dos que sobrevivem, mesmo diante de tamanha adversidade.
A luta de Eunice Paiva é inspiradora e mostra o poder do ativismo e da resistência.
Emocionado, saí do cinema renovado para mais um tempo que se anuncia sombrio para o mundo.
Aqui no Brasil, o resgate da democracia não foi completo, por que seguem livres e/ou inocentes os militares que destruíram milhares de famílias Brasil.
Não dá pra esquecer o passado, por que se a nação esquece seu passado ruim, ele volta pra assombrar nosso futuro.
Eu também ainda estou aqui. Mas aquele mal que eclodiu em 1964, matou e torturou milhares, de quando em vez volta pra me atormentar e atazanar a nossa Democracia e nossa liberdade.
E pela falta da memória histórica de muitos, as vezes ele vem fantasiado da democracia que no entanto, quer extinguir.
Obrigado Marcelo Rubens Paiva por escrever Ainda Estou Aqui e obrigado Walter Salles, por nos reavivar a memória e aquecer nossas emoções nestes tempos onde as imagens tem que mostrar tanto ou mais que as palavras escritas pra que as pessoas compreendam.
E você, caro leitor deste meu humilde blog, se ainda não viu o filme, vá vê-lo. Imperdível!