Sob o falso pretexto de expulsar os “ratos” do PT, parte inconsequente da nossa elite conservadora resolveu botar fogo na casa-grande.
O caos financeiro e institucional no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, a invasão da Câmara por radicais e alguns lunáticos pedindo ‘intervenção militar’, a deposição de uma presidente por intermédio de um golpe jurídico-parlamentar, um país governado por bandidos, a falência de diversas empresas e a consequente demissão de centenas de milhares de trabalhadores, bem como a prisão de diversas autoridades da República (senadores, deputados, ministros, ex-ministros, governadores e ex-governadores) são apenas as “fulgurosas” chamas desse “incêndio”, que só aos incautos encanta.
É preciso ver para além das chamas. Para além da fumaça.
Quero só ver se vai aparecer algum bombeiro antes que o fogo, que já consumiu boa parte da casa-grande, consuma e destrua toda a nação.
Não se trata de querer preservar os malfeitos ou de ser leniente/conivente com a corrupção ou com a impunidade.
Mas será que para expulsar os “ratos” e os “cupins” que infestam a casa-grande, é mesmo necessário destruir o país, levando-o à completa ruína, ao caos?
Não teria sido mais prudente e consequente expulsar os “ratos” e os “cupins”, mas preservar a Casa? E assim, também, a senzala?
Por enquanto, os nossos chamados “líderes” e “homens públicos” que, quando pensam, só pensam em 2018, assistem a tudo à distância, impassíveis, inertes, covardes.
Enquanto isso… ardem as chamas.
Conseguiremos nos reerguer das cinzas?
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