A China anunciou nesta terça-feira, 3, que restringirá as exportações para os Estados Unidos de gílio, germânio, antimônio e grafite, metais essenciais para a fabricação de Semicondutores (CHIPs) e baterias, entre outros, tanto para uso civil como militar.
Se seguir nesta toada, o Império do Norte não vai ter vida fácil nos próximos 4 anos, já que Trump quer sobretaxar em 100% os produtos vindos da China e dos demais países do BRICs.
Já pensou em ficar sem poder importar produtos com alta tecnologia e também não poder fabricá-los por que não tem as matérias primas necessárias?
A medida, que entra em vigor hoje mesmo, surge depois de Washington ter anunciado novas restrições tecnológicas contra a China para limitar sua capacidade de desenvolvimento de microchips avançados, algo que Pequim denunciou como “um ato de coerção econômica”.
O Ministério do Comércio declarou em comunicado que proibirá a exportação de glio, germânio e antimônio com “dupla utilização civil e militar”, ao mesmo tempo que será “mais rigorosas” com a exportação de grafite.
A pasta de Comércio assegurou que está tomando a medida “para proteger a segurança e os interesses da China” e “cumprir obrigações internacionais como a não legalidade”.
“Qualquer organização ou indivíduo de qualquer país ou região que viole as disposições anteriores e transfira ou forneça itens de dupla utilização originários da República Popular da China a organizações ou indivíduos nos Estados Unidos será responsável perante a lei”, acrescentou a nota.
Uma porta-voz do Ministério do Comércio relatou que, nos últimos anos, os Estados Unidos “politizaram o uso de conceitos como a segurança nacional para restringir a exportação de produtos para a China”, além de “incluírem empresas chinesas na lista de sanções a fim de reprimi-las.”
“Os Estados Unidos minaram seriamente os direitos e interesses legítimos destas empresas, bem como a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento global”, afirmou.
Em julho, a China já havia anunciado restrições gerais à exportação de glio e germânio, dois metais fundamentais para a fabricação de semicondutores, produto que está no centro das negociações e tecnológicas entre Pequim e o Ocidente, especialmente os Estados Unidos.
A China é o maior produtor mundial de ambos os elementos, com mais de 95% da produção de gálio e 67% da produção de germânio.
Pouco depois, em agosto, anunciou a imposição de restrições à exportação de antimônio, metal utilizado em diversos setores industriais como a fabricação de baterias e retardadores de chama, e outros elementos estratégicos; enquanto em outubro houve uma vez de ajustes em suas políticas de controle de exportação relacionadas com produtos de grafite em prol da “segurança nacional”.
A gigante asiática, como principal produtora mundial deste elemento, controla uma parcela significativa do mercado global.
Essas novas restrições somam-se a uma série de medidas semelhantes inovações pelo gigante asiático nos últimos meses, como a proibição de exportar tecnologia para fabricar itens de terras raras.