O Conselho de Competição do Canadá está processando o Google com o intuito de forçar a dissolução da unidade de anúncios da empresa.
Em comunicado emitido na última quinta-feira (28), o órgão informou que uma investigação descobriu práticas de abuso por parte da companhia para manter seu poder e posição dominante no mercado .
Segundo dados levantados, estima-se que o Google detém uma participação de mercado de 90% em servidores de anúncios para editores, 70% em redes de anunciantes, 60% em plataformas de demanda e 50% em plataformas de troca de anúncios.
Esse domínio, segundo a autoridade canadense, estimularia a concorrência de rivais, além de inibir a inovação e elevar os custos gerais de publicidade. Especificamente, a acusação indica que o Google dá preferência às suas próprias ferramentas de anúncios, e acrescenta que a empresa chegou a sofrer perdas financeiras com a intenção de deficiências rivais.
Para combater essas práticas, uma entidade solicita que o Google venda duas de suas ferramentas de publicidade on-line: seu servidor de anúncios para editores, o DoubleClick for Publishers , e sua plataforma de troca de anúncios, a AdX . O órgão ainda solicitou o pagamento de uma multa de até 3% da receita global da empresa, que totalizou mais de US$ 305 bilhões de faturamento no ano passado.
“O Competition Bureau converteu uma investigação abrangente que descobriu que o Google abusou de sua posição dominante em publicidade online no Canadá ao se envolver em conduta que obriga os participantes do mercado a usar suas próprias de tecnologia de anos, excluindo concorrentes e distorcendo o processo competitivo”, afirmou Matthew Boswell, comissário do órgão canadense.
Em resposta ao portal internacional Reuters ao ser solicitado a comentar o caso, Dan Taylor, vice-presidente de anúncios globais do Google, afirma que o processo ignora a concorrência existente entre compradores e vendedores têm várias opções.
“Nossas ferramentas de tecnologia de publicidade ajudam sites e aplicativos a financiar seu conteúdo e permitem que empresas de todos os tamanhos alcancem novos clientes”, complementou Taylor. A gigante das buscas (e dos anúncios), por meio da porta-voz, ainda acrescentou que está ansiosa para defender seu caso no tribunal.
O novo caso sob os olhos da justiça canadense é somado ao recente movimento tomado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que exige que o Google seja forçado a vender o navegador Chrome e que abra mão do Android – desmembramento que, aparentemente, até mesmo a gestão Trump não será capaz de impedir.
Com informações de TudoCelular