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Depois da Educação, o DMAE: Gestão municipal de Porto Alegre se afundou nas águas sujas da corrupção

8 de Agosto de 2024, 11:00 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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03/05/14: Antes mesmo dos diques romperem, Bombas sem manutenção adequada deixaram de funcionar e água inundou o Centro Histórico da Capital. Curiosamente, esta casa de bombas esta a poucas quadras da SMED, que nos últimos meses havia virou um paradouro obrigatório da Polícia Civil, PF e Ministério Público.

A Administração Melo vai se notabilizando pelas privatizações e pela corrupção.

Privatizou a CARRIS pelo preço de um Terreno e entregou todas as linhas e ônibus por um preço simbólico de R$ 1,00; entregou a Orla do Guaíba e o Parque da Harmonia por um aluguel de R$ mil por mês; permitiu que as empreiteiras construíssem prédios faraônicos até dentro do Rio, nos quais há mais de 100 mil domicílios vazios em uma cidade onde 7 mil famílias não tem casa por que as perderam nas enchentes e por aí vai.

No quesito corrupção, a Secretaria de Educação da Capital virou ponto de visita, parada, investigações e prisões de gente que fazia qualquer negócio por propina, inclusive comprar milhões em livros desnecessários, laptops obsoletos e outros itens a preços superfaturados. Neste caso da Educação, diferentemente dos outros, onde a turma não disse tudo ou não lhes perguntaram tudo, no caso da Educação, o rolo foi parar na antesala do Prefeito.

Os caso de corrupção na Prefeitura de Porto Alegre já são lugar comum nas páginas dos jornais da Capital. Não vou seguir falando deles.

Mas um chama a atenção. A propina de Empresa envolvida com o Sistema de Proteção as Cheias de Porto Alegre, aparentemente paga 3 anos antes dos rompimentos de Diques, comportas e falhas generalizadas nas Casas de Bombas que ocasionaram o desastre que vivemos na capital.

Dizer que a propina foi a três anos atrás e que não tem nada a ver com as enchentes, me parece um equivoco, se não respaldado por uma boa investigação. Diques e comportas não rompem de uma hora para outra. Eles romperam por falta de manutenção periódica, mesmo caso das Bombas que deixaram de funcionar antes mesmo do Rio chegar a sua altura máxima e já inundavam a cidade com água da chuva, antes da entrada do rio pelas comportas e diques arrebentados.

Segue parte de esclarecedora matéria do Jornal EXTRA CLASSE sobre o tema:

A Promotoria de Justiça Especializada Criminal da Capital – 1º Núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou na última segunda-feira, 5, Alexandre Garcia, que é ex-diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Porto Alegre e o ex-vice-prefeito de Pelotas, o advogado Fabrício Tavares, por corrupção passiva. O caso não tem relação direta com as enchentes, mas diz respeito a fatos recentes envolvendo a manutenção do sistema de prevenção e manejo pluvial.

O caso ocorreu durante os primeiros dois anos da administração do prefeito Sebastião Melo e foi alvo de denúncia na Câmara de Vereadores de Porto Alegre pelo empresário Luiz Augusto França, então diretor na MG Terceirização, que prestou serviços à administração pública da capital.

Alexandre Garcia chegou junto com Melo na Prefeitura da capital em 2021 e chefiou o Dmae até fevereiro de 2023, ocasião em que foi substituído pelo engenheiro Maurício Loss. Ele foi indicação do PRD, da base de apoio do governo municipal. Garcia foi vice-prefeito de Pelotas, onde também foi diretor do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep), entre 2017 e 2020, no primeiro mandato da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB). Também integrou o governo de Eduardo Leite (PSDB) enquanto prefeito. Ao sair da Sanep deixou o cargo para Michele Larroza Alsina, que era superintendente administrativa do órgão. Michele foi chefe de gabinete do então vice-prefeito Fabrício Tavares entre 2009 e 2013.

Conforme o MP, depois que assumiu o cargo, em 2021, Alexandre Garcia solicitou e recebeu, por meio de um intermediário (Tavares), um valor de R$ 517 mil de forma indevida por parte da empresa terceirizada responsável pela manutenção preventiva e corretiva dos sistemas de manejo de águas pluviais na cidade, MG Terceirização.

O responsável pela investigação e pela denúncia oferecida à Justiça é promotor de Justiça Flávio Duarte. Segundo ele, o ex-diretor teria recebido propina em 22 ocasiões, de forma direta e indireta.

“Os investigados receberam 5% de todos os valores que eram pagos pelo Dmae para a empresa terceirizada, dos quais 4% foram sacados em espécie e 1% por meio de operações bancárias”, destaca o promotor.

O intermediário, Tavares, também foi denunciado por corrupção passiva. Ainda, na denúncia do MP-RS, foi postulada a fixação de valor mínimo para a reparação de danos causados à empresa.


Fonte: https://luizmuller.com/2024/08/08/depois-da-educacao-o-dmae-gestao-municipal-de-porto-alegre-se-afundou-nas-aguas-sujas-da-corrupcao/

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