FUP e sindicatos promovem novas ações de combustíveis a preços justos e criticam novo reajuste
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No dia em que a Petrobrás anunciou mais um aumento nos preços da gasolina e do óleo diesel, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados promoveram novas ações de oferta de combustíveis a preços justos à população. As mobilizações ocorreram em São Paulo (SP) e Mossoró (RN) e deverão ocorrer outras cidades nos próximos dias. A iniciativa tem por objetivo dialogar com a população sobre os impactos negativos da política de preços da Petrobrás, baseada em preços internacionais, e das privatizações no bolso dos consumidores.
O coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, criticou duramente os novos aumentos dos preços dos combustíveis, anunciados nesta segunda (8/3) pela Petrobrás. Para ele, é preciso extinguir imediatamente a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) que a empresa aplica, que considera a cotação do petróleo e do dólar, mas ignora os custos nacionais de produção dos derivados.
“É urgente e necessário o fim dessa política de preços da Petrobrás, que muito penaliza o trabalhador brasileiro. E se a venda das refinarias for adiante, será a instauração em definitivo dessa política de preços que olha somente para o exterior para colocar preço em combustíveis produzidos no Brasil, por refinarias brasileiras, da Petrobrás. Quem comprar esses ativos poderá cobrar o preço que quiser, e obviamente se guiará apenas pelos valores internacionais. Por isso alertamos sempre que o bolso do consumidor vai doer ainda mais”, ressaltou Bacelar.
O novo aumento nas refinarias anunciado pela Petrobrás nesta segunda, que entrará em vigor a partir desta terça-feira (9/3), é o sexto do ano para a gasolina e o quinto para o óleo diesel. Com os novos reajustes, de isso, o preço do litro da gasolina já acumula alta de 54% este ano, e o do diesel, 41,6%.
“Desde outubro de 2016 denunciamos que isso iria acontecer. A política de preços dos combustíveis baseada nos preços de paridade de importação não garante o abastecimento do mercado nacional, muito pelo contrário. Com as refinarias operando com capacidade bem abaixo do que poderiam, cresce a importação de derivados de petróleo por empresas que se instalaram no país. São produtos que poderiam estar sendo produzidos pelas refinarias da Petrobrás e não estão”, acrescentou o coordenador geral da FUP.
Com informações da FUP, via 247