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Fiscalização do Trabalho faz triplicar nº de Carteiras assinadas na Safra da Uva no RS e salta de 2 mil em 2023 para 7.162 em 2024

26 de Fevereiro de 2024, 18:40 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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Depois da gandaia generalizada promovida desde a dita Reforma trabalhista de Temer e de Bolsonaro promover um corte quase total nos recursos para Fiscalização do Trabalho, no Governo Lula a fiscalização voltou, identificou milhares de trabalhadores em situação de trabalho escravo e/ou informais na Colheita da Uva na Serra Gaúcha.

Com a retomada dos recursos e a Fiscalização desamarrada das ordens de Bolsonaro e sua gangue, os Trabalhadores voltaram a ter um pouco de seus Direitos defendidos, o que se expressa em números:

Em 2023 eram 2 mil trabalhadores com Carteira Assinada e direitos garantidos. Em 2024 o número Saltou para 7.162 trabalhadores Safristas com Carteira Assinada e direitos reconhecidos.

Só em Bento Gonçalves por exemplo, onde aconteceu o episódio mais grave de trabalhadores em situação análoga à escravidão, o número de safristas com carteira assinada passou de 31 (em 2022) para 60 (em 2023) e 1.477 (em 2024).

São contundentes os dados mostrados pelo Jornal PIONEIRO na matéria que reproduzo na íntegra a seguir:

Triplica número de safristas da uva em situação trabalhista regular | Pioneiro

Por HUMBERTO TREZZI 

Porthus Junior / Agencia RBSHá um ano, fiscais do trabalho e policiais resgataram 207 safristas da uva em Bento GonçalvesPorthus Junior / Agencia RBS

As autoridades encarregadas de fiscalizar condições trabalhistas na área rural da serra gaúcha celebram uma sensível melhora na situação em 2024, no tocante à principal safra, a da uva. O número de safristas com carteira de trabalho assinada triplicou em um ano, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em 2023, 2 mil pessoas tinham essa situação regularizada na vindima, mas agora são 7.162 (258% a mais).

— E quanto mais carteiras assinadas, mais garantias de recebimento dos valores devidos e de condições de trabalho dignas — ressalta o superintendente regional do MTE, Claudir Nespolo.

O MTE revelou os dados na manhã desta segunda-feira (26), em Porto Alegre, em entrevista coletiva que contou também com participação de representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). É um balanço da operação In Vino Veritas, deflagrada por essas instituições para melhorar a situação trabalhista nas vindimas.

Há pouco mais de um ano, em 22 de fevereiro, uma força-tarefa formada por essas três entidades fiscalizatórias atuou contra o maior caso de trabalho análogo à escravidão já ocorrido no Rio Grande do Sul. Foram resgatados de situação insalubre 207 safristas da uva que trabalhavam em Bento Gonçalves. Eles relataram não terem recebido o salário prometido, estarem submetidos a uma rotina de comida rançosa, banho frio, jornadas de trabalho de até 12 horas diárias. Também narraram viver sob endividamento constante para comprar materiais de higiene e alimentos, que eles mesmos tinham de adquirir em um mercado indicado pela própria empresa, a preços exorbitantes, porque não lhes foi fornecido nem água para tomar na lavoura. Alguns dos trabalhadores, quase todos baianos, asseguraram terem sido agredidos ao reclamar das condições de trabalho.

Sucessivas ações do MTE, MPT e PRF ajudaram a melhorar os indicadores de emprego formal na safra da uva. Procuradora do MPT na Serra, Francieli Dambrós ressalta que a situação melhorou muito após três Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) assinados pelas vinícolas envolvidas no episódio de más condições de trabalho de 2023. Foram reformados e construídos alojamentos para os trabalhadores, melhoradas as refeições e regularizada a situação de trabalho. 

— O TAC costuma ser um acordo vantajoso para todos, até porque é bem mais rápido que uma ação judicial — pondera a procuradora.

Na safra da uva deste verão, ainda foram localizados 27 trabalhadores em situação análoga à escravidão. Isso representa 13% do total resgatado na safra anterior, em 2023, o que indica melhora substancial da situação na Serra, salientam as autoridades. A meta, porém, é que nenhum caso seja registrado.


Fonte: https://luizmuller.com/2024/02/26/fiscalizacao-do-trabalho-faz-triplicar-no-de-carteiras-assinadas-na-safra-da-uva-no-rs-e-salta-de-2-mil-em-2023-para-7-162-em-2024/

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