O general Mário Fernandes, um dos indiciados por envolvimento na trama que planejava assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, elaboraram uma espécie de roteiro para os deputados. Os bolsonaristas usaram o roteiro na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de Janeiro.
O documento divulgado pelo jornalista Tacio Lorran, do site Metrópoles, orientou a oposição em como atacar a Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes e o STF, com foco na libertação dos “patriotas”, desgaste de imagem do STF e do governo, e um futuro impeachment do presidente da República.
Entre outros pontos, um dos objetivos era mostrar que o governo Lula era “responsável” pelos atos uma vez que “tinha conhecimento do que poderia acontecer e não atuou para evitar a depredação do patrimônio público”.
Sobre a Polícia Federal, os opositores deveriam sugerir “abusos” da corporação para atender “ordens ilegais” e que a prisão de “1,5 mil patriotas” não afetasse “o devido processo legal”.
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O relatório em questão também sugeria questionamentos e listava as autoridades a serem convocadas, como o então ministro da Justiça Flávio Dino e o ex-ministro do GSI general Gonçalves Dias.