Mega atacadista e empresa-símbolo do capitalismo norte-americano, o Walmart passou a vender em suas lojas, ao redor do mundo, camisetas do movimento Antifascista.
Do Correio do Brasil
De olho no crescente mercado das manifestações que ocorrem em várias partes do mundo, o Walmart — principal atacadista dos EUA — passou a oferecer em suas lojas; e pela internet, 13 tipos diferentes de peças de vestuário com imagens da Ação Anti-fascista (Antifa), uma organização formada por integrantes da esquerda disposta a partir para as vias de fato contra o capitalismo.
O grupo ganhou relevância nos EUA, nos últimos anos, principalmente durante e após a vitória do atual presidente dos EUA, Donald Trump. A ação dos manifestantes identificados com as práticas dos chamados ‘black blocks’; de enfrentamento às forças policiais, tem se intensificado também no Brasil.
A popularidade do Antifa, no entanto, confunde-se com uma série de denúncias quanto ao envolvimento de parte destes militantes com instituições ligadas, exatamente, à ultradireita. Segundo denúncias que circulam nas redes sociais, alguns bilionários norte-americanos têm despejado fortunas no apoio a grupos aparentemente formados pela esquerda.
A atuação, no país, de esteios do capitalismo selvagem; a exemplo das fundações norte-americanas Ford (FF), associada ao nazismo alemão, no século passado; a Omidyar Network (OM), que receberia recursos dos irmãos Koch — identificados com o Tea Party norte-americano —; e da Open Society (OS), do megainvestidor George Soros, tem sido denunciada por patrocinar grupos de mídia supostamente de esquerda com doações substanciais.
A Fundação Ford é suspeita de manter estreitas ligações com a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla, em inglês); no seu programa de “Fortalecimento da Sociedade Civil Global”, segundo denuncia o escritor Stonor Saunders, no livro ‘A CIA e a guerra fria cultural’. De acordo com Saunders, em 2004, quando a Índia recebeu o Fórum Social Mundial (FSM) em Mumbai, o financiamento provindo da Fundação Ford foi negado. “Mas, isso não mudou absolutamente nada. Com a Ford formalmente retirada, as doações foram meramente realocadas e passaram a vir de outras fundações do mesmo tipo”, afirmou.
Open Society e FHC
“A Agência Pública tem dois tipos de financiadores: fundações e público leitor, através de crowdfundingou doações diretas. As fundações parceiras estão claramente identificadas em nosso site. A Open Society Foundation, fundada e dirigida por George Soros, é uma dessas parceiras”, declara a Publica, em nota.Ao lado do apoio dos irmãos Koch ao Movimento Brasil Livre (MBL), identificado com a ultradireita; que apoiou o golpe de Estado nas chamadas ‘Jornadas de Junho’, a FF e a OS despejaram recursos nas forças que, aparentemente, combatiam a iniciativa golpista. Entre as empresas e organizações brasileiras que, declaradamente, recebem recursos destas instituições está Agência Publica.
O coletivo Midia Ninja também afirma ter recebido recursos do megainvestidor George Soros, ex-patrão do ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga Neto. Em artigo publicado em seu site oficial, o Mídia Ninja concorda que recebeu o valor de US$ 80.000 (R$ 250.000,00) da Open Society Foundation, de Soros; entre 2015 e 2016, para divulgar “as ideias de esquerda pelo país”. Segundo nota do Mídia Ninja, foi realizado “um projeto em parceria com a fundação citada; assim como realizam, com a mesma fundação, dezenas de outras iniciativas progressistas e de mídia livre no Brasil e em todo o mundo”.
Objetivos suspeitos
Da mesma forma, receberam recursos da OS, o Instituto Fernando Henrique Cardoso (R$ 350.000,00); Actantes – Ação Direta pela Liberdade, Privacidade e Diversidade na Rede (R$ 190.000,00); Casa Fluminense (R$ 640.000,00), Instituto Tecnologia e Sociedade (ITS) / Mudamos.org (R$ 1.100.000,00); e Rede Nossa São Paulo (R$ 1.600.000,00). A maioria dessas instituições também foi financiada pela Ford Foundation; no mesmo período em que a presidenta Dilma Rousseff (PT) foi derrubada do poder.
Além do apoio declarado, outras fontes da mídia dita independente; e de esquerda, são apontadas como beneficiárias destes recursos, internalizados no país em um dos momentos mais turbulentos de sua história. É o caso da organização Jornalistas Livres, dirigido pela jornalista Laura Capriglione. Em resposta à reportagem do Correio do Brasil, ela nega; enfaticamente, que receba recursos das referidas fundações norte-americanas. Mas seu nome consta entre as fundadoras do site Ponte Jornalismo; criado como “incubadora de um projeto de jornalismo independente” pela Agência Publica, apoiada por Soros.
Black Blocks em 2013 na mobilizações contra o Governo Dilma