Ir para o conteúdo

Luiz Muller Blog

Voltar a Blog
Tela cheia Sugerir um artigo

Mártir: Aaron Bushnell, militar americano se imola pelo fogo contra o Genocídio do povo Palestino

27 de Fevereiro de 2024, 15:48 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
Visualizado 24 vezes

‘O que eu faria se estivesse vivo durante a escravidão? Ou o apartheid? O que eu faria se meu país estivesse cometendo genocídio?’ A resposta é: você está fazendo”, escreveu o Jovem Soldado Americano Aaron Bushnell antes de seu ato de martírio contra o Genocídio do povo Palestino

O gesto de Aaron Bushnell, o militar estadunidense que ateou fogo a si mesmo em frente à embaixada de “israel” em Washington, gritando Palestina Livre e afirmando que não seria cúmplice do genocídio palestino, merece algumas palavras e profunda reflexão.

Bushnell é um mártir.

Bushnell deu a vida na tentativa, provavelmente vã, de parar o genocídio palestino. O gesto de Bushnell é sintoma da barbárie que “israel” promove na Palestina, com a cumplicidade dos EUA e do dito “ocidente”. Barbárie que não havíamos testemunhado em nosso tempo de vida.

O mundo assiste – e alguns aplaudem – à maior carnificina do século XXI há 143 dias. O gesto de Bushnell é poderoso e muito triste ao mesmo tempo.

Bushnell faz o sacrifício final em defesa da Palestina, dos palestinos e em rejeição a esse mundo concebido pelas lideranças globais que decidiram que o genocídio palestino é “aceitável”, e até “moral”. Ou, como ele próprio definiu: “o que a nossa classe dominante decidiu que será normal”. Não vamos repercutir as imagens da imolação de Bushnell.

Mas poucas coisas são mais simbólicas que o policial apontando a arma para Bushnell agonizando, em chamas, no chão. Bushnell será eternamente lembrado pelos palestinos, e por todos que ainda têm alguma decência frente à barbárie, como um mártir.

Seu lugar na história é ao lado de Rachel Corrie, a ativista também estadunidense atropelada e assassinada deliberadamente por uma escavadeira israelense ao tentar impedir a demolição de casas de palestinos em 16 de março de 2003, na mesma Rafah, Gaza, onde hoje mais de 1,9 milhão de palestinos refugiados desesperados esperam em tendas a SOLUÇÃO FINAL desejada por “israel” e por seus cúmplices no genocídio: o extermínio ou a expulsão da Palestina. Bushnell preferiu a morte a tomar parte do genocídio palestino.

A dignidade que sobra em Bushnell é a que falta nos açougueiros que executam e autorizam o genocídio palestino. Que Bushnell descanse em paz.

Sua memória será lembrada para sempre por todos que preservam alguma integridade e se recusam a normalizar um mundo em que se assiste e aplaude a barbárie que a aberração genocida batizada “israel” promove na Palestina. E que seu gesto não seja em vão. Paremos o genocídio palestino. Agora.

Aaron Bushnell: um mártir contra o genocídio na Palestina

O gesto de Aaron Bushnell, o militar estadunidense que ateou fogo a si mesmo em frente à embaixada de "israel" em Washington, gritando Palestina Livre e afirmando que não seria cúmplice do genocídio palestino, merece… pic.twitter.com/x5u8t4zxCf

— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) February 26, 2024

Fonte: https://luizmuller.com/2024/02/27/martir-aaron-bushnell-militar-americano-se-imola-pelo-fogo-contra-o-genocidio-do-povo-palestino/

Novidades