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Luiz Muller Blog

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Não à censura e ao Estado teocrático (por Célio Golin)

8 de Outubro de 2019, 16:58 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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Célio Golin (*)

Em tempos onde as sombras do obscurantismos rondam nossas vidas e invadem as políticas deste desgoverno onde a falsa moral encontra seu significado mais profundo, vamos nós, resistindo. O atual governo vai ter que se explicar frente ao Supremo Tribunal Federal, STF, em decorrência de sua posição em vetar nos documentos da ONU, as questões de gênero. A Associação Brasileira LGBTI, ABGLT, entrou com denúncia pedindo que a chancelaria brasileira suspenda a posição do governo brasileiro junto aos documentos da ONU.

Para piorar o quadro, o atual diretor da ANCINE, também investe na área da cultura entregando teatros para grupos religiosos administrarem, além do Ministro Osmar Terra, indicar pessoas sem qualificação técnica, ocasionando mais uma ação questionando estas indicações.

Os ditos “cidadãos do bem”, estão ai governando o país, eliminando pessoas, pregando a morte como solução para os conflitos sociais, vestindo a camisa da CBF e entregando tudo para os capitalistas estrangeiros, os mesmos que os desprezam. Realidade esta, muito bem exposta no filme Bacurau, onde dois brancos do sul do Brasil, que se acham europeus, se vendem para os gringos dos Estados Unidos, para fazer o serviço sujo. Na cena, os gringos, depois de usá-los, tripudiam a pretensão dos bosominios, de se acharem iguais e os metralham como abjetos.

O Nuances, com o apoio da Rede Nacional de Advogados Populares, Renap, está entrando com representação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público, denunciando Augusto Aras por suas posições referentes ao temas LGBT. Antes de assumir o cargo, Aras foi a favor do projeto da “cura gay”. A atual indicado para a Procuradoria Geral da República, PGR Aras vai na mesma linha do presidente nos temas morais. Usa o discurso bíblico, como ferramenta de trabalho e esquece sua função pública, e de que a constituição brasileira é clara na separação do estado e religião.

O presidente, amigo de milicianos, vai para a Marcha de Jesus, aponta arma e insiste em usar deus como bode expiatório para seu projeto de poder. Nada é mais absurdo que o slogan deste governo, que diz “Deus Acima de Tudo”. Uma afronta aos cristãos que não transformaram a religião em empresa capitalista. Um governo, junto com uma elite entreguista, que fica de joelhos pro capital internacional, que os despreza, e vai descarta-los assim que seus projetos de ganância econômica forem realizados.

Outro fato grave é a interferência nos editais e da política da Caixa Econômica Federal, um banco público que vem sofrendo o assédio deste governo e proibindo apoio a projetos e peças com temas de gênero, principalmente onde se debate questões envolvendo a população LGBT.

O Nuances através do Ministério Público Federal, esttou com ação contra o Banco do Brasil, que recebeu ordem do presidente e retirou do ar campanha com personagens LGBT, o que demonstra que esta é a política da perseguição e da desinformação.

(*) Coordenador geral do Nuances


Fonte: https://luizmuller.com/2019/10/08/80089/

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