Mina de Serra Verde (Reprodução)
O Brasil possui uma mina estratégica de terras raras chamada Serra Verde, localizada em Minaçu, Goiás. Essa mina é a única produtora ativa fora da China que extrai terras raras pesadas de argila iônica, um tipo de depósito mais fácil de processar do que rocha dura. Esses minerais são essenciais para a fabricação de ímãs permanentes, usados em veículos elétricos e turbinas eólicas.
Ao contrário de muitos depósitos explorados por outros produtores de ETR, os depósitos de argila iônica desta Mina são particularmente atraentes, permitindo o emprego de técnicas de mineração a céu aberto, de baixo risco e a utilização de tecnologia de processamento padronizada, desenvolvida “in house”, que dispensa o uso de explosivos, reagentes químicos ácidos e outros produtos perigosos. Como resultado, os impactos ambientais e os riscos à saúde e segurança da população são menores em comparação com as demais operações de mineração de terras raras hoje existentes no mundo. Ainda sob o ponto de vista das vantagens socioambientais, vale ressaltar que a empresa utilizará fontes de energia elétrica renováveis para atender mais de 90% de suas necessidades operacionais.
Embora a Mina tenha tido investimento de mais de US$ 150 milhões a partir de Capital Americano, Toda a produção atual no entanto, já está contratualmente comprometida com a China, que domina o processamento desses elementos.
Isto reflete a hegemonia chinesa no setor, já que o país não apenas lidera a extração, mas também monopoliza o refino dos 17 elementos de terras raras, fundamentais para indústrias como a automotiva, aeroespacial e eletrônica.
Se o Brasil tem as Terras e os Chineses tem as tecnologias de Extração e Processamento, hora de fazer parceria com eles em troca do repasse das tecnologias, como esta acontecendo também em outras áreas.
O Brasil tem um enorme potencial para se tornar um líder global na exploração de terras raras, especialmente considerando a crescente demanda por esses minerais no mercado internacional. No entanto, para competir de forma independente, o país precisaria investir em infraestrutura e tecnologia de processamento, reduzindo sua dependência da China.
Se bem gerida, a exploração de terras raras pode impulsionar a economia brasileira e posicionar o país como um fornecedor estratégico para nações que buscam alternativas ao monopólio chinês. Mas ainda há desafios a serem superados para que o Brasil aproveite ao máximo esse recurso valioso.
Hoje a China domina não apenas a extração, mas especialmente o processamento dos 17 elementos de terras raras conhecidos, essenciais para as indústrias automotiva, aeroespacial, eletrônica e militar. Esta supremacia Chinesa se deve ao fato de que o capitalismo ocidental durante décadas relegou essa tarefa à China, que em tempos de Guerra econômica e pela hegemonia política, a China aproveita muito bem.
