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Por que Capitais do “Agro” rico também são Capitais da Pobreza

7 de Novembro de 2024, 9:47 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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Com Informações da Agencia Brasil e Climax Now

Contrariando as expectativas positivas que provém do alto lucro do agronegócio – na safra 2022/2023, o Brasil produziu cerca de 323 milhões de toneladas de grãos, volume 18% maior do que no ciclo anterior – as capitais dos três maiores estados produtores apresentam indicadores sociais que contrastam com a abundância econômica do setor: Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Cuiabá ( Mato Grosso) e Goiânia (Goiás) têm PIB per capita abaixo do indicador nacional (R$50.193,72).

Atualmente nenhuma das três capitais atingiu a universalização do esgotamento sanitário, além de estarem longe de liderar os índices de escolarização e de ter as menores taxas de mortalidade infantil, conforme dados da plataforma Cidades e Estados do Brasil, mantida pelo IBGE.

Campo Grande, a 17ª cidade brasileira mais populosa, ocupa o 3.412º lugar em salário médio entre 5.570 localidades. Cuiabá, a 31ª cidade com maior população no país, está no 4.692º lugar na escolarização das pessoas da faixa etária correspondente ao ensino fundamental. Enquanto Goiânia tem cerca de um quarto dos seus domicílios sem esgoto sanitário e a taxa de mortalidade (10,17 em mil nascidos vivos) é pior do que a de mais de 2,5 mil cidades brasileiras.

“São cidades ricas no sentido de terem recursos e capacidade para estruturarem serviços. Muito maior do que a quase totalidade das cidades brasileiras”, pontua o coordenador-geral do Programa Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão.

Essas cidades reproduzem o modelo de outras no país, onde a estrutura se volta para a indústria gerar lucro, o que não necessariamente traz benefícios para a população local.

Os dados mostram também a baixa capacidade de gestão de riscos e prevenção aos eventos climáticos nas três capitais: nenhuma alcança a metade de estratégias recomendadas para planejamento e gerenciamento de riscos como de desastres decorrentes de enchentes, inundações graduais, enxurradas, inundações bruscas, escorregamentos ou deslizamento de encostas.

Com informações da Agência Brasil


Fonte: https://luizmuller.com/2024/11/07/por-que-capitais-do-agro-rico-tambem-sao-capitais-da-pobreza/

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