Tue, 06 Aug 2013 01:58:14 +0000
5 de Agosto de 2013, 19:58 - sem comentários aindaTue, 06 Aug 2013 01:54:13 +0000
5 de Agosto de 2013, 19:54 - sem comentários aindaDelação premiada a executivos da Siemens emudece tucanos
A manchete do Estadão de hoje é de deixar os tucanos mudos.
Os advogados de seis executivos da Siemens teriam ouvido dos promotores do Ministério Público de São Paulo, que não é o de Roberto Gurgel, a proposta de um acordo de delação premiada para que entregassem todo o esquema montado para fraudar as licitações do Metrô e dos trens paulistas.
Não se sabe se neste grupo está Adilson Primo,presidente da multi alemã despedido há dois anos, depois de descoberta uma conta dele e de três sócios, em Luxemburgo, paraíso fiscal europeu.
A matéria diz que os seis serão ouvidos para descrever o esquema de composição do cartel e, espera-se, para saber quem eram os que aceitaram o sobrepreço no Governo do Estado.
Não vai ser fácil fazer este caso voltar para a penumbra onde o mantêm há anos, desde que estouraram as denúncias de pagamento de propinas por uma das líderes do grupo, a Alston. Para entender melhor o caso, leia a matéria do Diário do Centro do Mundo.
Alston e Siemens, de acordo com o mapa de contratos publicado pelo Estadão, reproduzido aí ao lado (basta clicar nele para ampliar), foram as únicas empresas a participarem de todos os contratos.
O do Distrito Federal, é bom que se esclareça, começou com Joaquim Roriz e seguiu com seu pupilo e depois desafeto José Roberto “Panetone” Arruda.
Embora ainda se esteja preservando as administrações tucanas, é óbvio que licitações deste porte têm toda uma preparação de pesquisa e se sabe exatamente o preço que é cobrado por trens e suas estruturas operacionais.
Um sobrepreço de até 30% não tem como passar despercebido.
Os bicos de quem se beneficiou deles eram grandes, muito grandes.
AR
Tue, 06 Aug 2013 01:42:53 +0000
5 de Agosto de 2013, 19:42 - sem comentários aindaMais brucutus tucanos, agora na economia
Como a gente mostrou aqui outro dia, a distribuição de mentiras contra Lula e Dilma na internet anda a todo vapor.
E todas as que nos chegarem serão checadas e desmentidas com informação.
Desta vez é um “meme” de Facebook que, além da fotomontagem grosseira, usa um texto de um portal lá do Mato Grosso do Sul. o I9, para espalhar que Lula e Dilma teriam mais que dobrado a dívida brasileira.
O texto, para começar, é de um senhor chamado Valdir Serafim,coordenador da campanha do tucano Wilson Santos ao Governo do Mato Grosso.
Fonte preciosa, não é?
Vamos, porém, aos fatos.
Primeiro, é uma heresia comparar valores nominais em reais com um intervalo de dez, doze anos.
Segundo, o tamanho do endividamento é, óbvio, medido pelo tamanho da atividade econômica da qual ele se origina.
Uma pessoa que movimenta cinco mil reais por mês e deve 200 está menos endividada do que uma que movimenta mil reais e deve 100, embora em valores nominais só deva a metade.
Por isso, publico lá em cima o tamanho do endividamento brasileiro, interno e externo, num quadro montado pelo economista Ricardo Bergamini, professor da Universidade Federal de Santa Catarina, a partir dos dados oficiais do Ministério da Fazenda.
Ali, os números são claros: a soma das dívidas brasileiras, interna e externa, caiu de 74,7% para 65,4% do Produto Interno Bruto Brasileiro, entre 2002 e 2012.
Nestes totais, é bom que se lembre, estão incluídos os valores de títulos fora do mercado, entesourados no Banco Central.
É bom lembrar que essa dívida é remunerada, em sua maior parte, pela taxa de juros pública, essa mesmo que a mídia vive querendo que suba, e que é muito maior do que qualquer crescimento do PIB, mesmo que tivéssemos uma taxa de crescimento econômico padrão China.
Neste outro gráfico, publicado em maio, pela Folha, você pode ver que o endividamento externo brasileiro que aumentou – e apenas nominalmente – não foi o público, mas a dívida privada, pelas empresas que fizeram captações no exterior, aproveitando, sobretudo, a queda da taxa de juros no mundo.
A dívida brasileira é alta, sim. Mas o nosso problema nem é esse, porque nosso nível de endividamento comparado ao de outras economias ainda é baixo.
O nosso problema é que nossa dívida é cara, absurdamente cara, porque os nossos juros são altos.
Juros altos os quais a turma tucana, que anda distribuindo isso, quer que aumentem ainda mais.
A cara-de-pau desta gente não tem limites.