Fri, 02 Aug 2013 01:10:27 +0000
1 de Agosto de 2013, 19:10 - sem comentários ainda
O romance-manifestação: “Manual da Destruição”, de Alexandre Dal Farraby alfredomonte |
“… seria melhor o grito. seria melhor não haver as palavras, só o grito, o grito desarticulado, sem lembranças, sem marcas. todas as palavras são marcas que carregam diversas outras coisas além do que elas descrevem agora. as palavras vêm sempre maculadas do que elas já disseram antes, são palavras velhas de merda e se conectam todas com as fotos tiradas posteriormente pelo cérebro. palavras filhas da puta, marcadas pelo passado escroto!seria preciso ficar só no grito, só o grito, o grito, o grito, eu sinto a gosma que reviveu dentro de mim e quer se tornar grito sem palavras…”
(uma versão da resenha abaixo foi publicada em A TRIBUNA de Santos, em 30 de julho de 2013)
A ficção brasileira atravessa um momento de efervescência qualitativa. As ruas do nosso país também viveram recentemente um estimulante sopro de insurreição. Talvez o romance com maior vocação de ficar como o registro arquetípico desse período turbulento e prenhe de possibilidades seja Manual da Destruição[1].
Testemunhei a reação de certos leitores à estreia do ator e dramaturgo paulista Alexandre Dal Farra no gênero[2]: um horror ao uso contínuo, quase que frase a frase, do “palavrão” (exemplo: “as pessoas abrem as bocas e soltam as palavras pelo ar, não ficam quietas, bando de gente filha da puta e barulhenta do caralho! todas as pessoas são filhas da puta. ao lado das fileiras de cadeiras há as lixeiras com as tampas metálicas. o menino atirou os restos do sorvete dentro da lixeira. moleque de merda. a tampa balança como um pêndulo e some com os restos do moleque imbecil. e o menino filho da puta continua caminhando como se não tivesse acontecido merda nenhuma! os restos foram engolidos e sumiram debaixo da tampa automaticamente, e o menino não entrou em contato com o lixo escroto que ele produziu… ele não entrou em contato com o lixo que o seu corpo criou, que é a única merda que ele deixa para o mundo…”). Considero descabida tal rejeição (um pouco como a dos que vinculam manifestações de rua com baderna e vandalismo), agarrando-se a hierarquias de uma linguagem mais ou menos “nobre” e desconsiderando que existe não só uma verbalização maciça (e muito presente em nossas vidas) nesse sentido, uma espécie de mantra, de linguagem que beira o interjeitivo e fornece válvula de escape ao tropel emocional inarticulado, como também um fluxo de consciência das pessoas estruturado dessa forma, pois esse recurso ao dito “palavrão” (escroto, filho da puta, caralho, merda, porra, puta que o pariu, e por aí vai) é uma forma de reação instintiva ao contato nu e cru com o mundo, e não tem nada a ver com escolaridade ou educação.
Nesse sentido Manual da Destruição pode ser tomado como uma realização notável e exemplar, pois praticamente enciclopediza essa feição psicolingüística (perdoem-me o pedantismo) ao fazer dela a instância verbal predominante, radicalmente utilizada, de atrito entre seu narrador e a realidade à sua volta[3].
O livro é dividido em duas partes: na primeira, o protagonista regressa de uma viagem e narra sua reacomodação ao cotidiano, mantendo-nos no campo de visão de cada instante de uma forma opressiva, minando o sentido de tudo (há passagens que beiram o alucinatório, bem na tradição de um Graciliano Ramos, em Angústia, e de um Rosário Fusco, em O Agressor, duas apreensões extremas —e raras na nossa ficção— do mal estar de viver numa sociedade injusta e discriminatória, e ao mesmo tempo de não encontrarmos em nós estofo muito diferente das outras pessoas que sustentam tal status quo). Pois que ser razoável poderia achar que viver é isto: “eram dezenas de coreanos imitando coreanos, ouvindo músicas e vendo filmes, comendo e vendendo coisas fake ao longo do dia naquele buraco de fórmica… e me dirigi à lan house de merda. entrei na lan house empurrando a porta de plástico transparente que disparou um alarmezinho irritante para avisar que alguém tinha entrado…”?
Na segunda parte, ele está no aeroporto, com viagem marcada para Belém do Pará e além do que vê ao seu redor (com cenas geniais, como aquela em que é interpelado por uma indignada cidadã, ao jogar papel no chão ou aquela em que defronte ao espelho ele ataca violentamente a si mesmo), é acossado por memórias não-desejadas, contudo coercitivas (“as lembranças do passado de merda ficam nas nossas cabeças e não servem para porra nenhuma. eu fico lembrando das coisas, e acho isso uma merda, principalmente se as coisas que eu lembro têm a ver com a porra da rachadura na parede da casa da minha avó…”; a certa altura lemos: “tenho raiva desse mecanismo do meu cérebro,e tenho raiva particularmente da maneira como ele liga as memórias entre si, criando tramas infinitas em que eu me enredo e fico fora do lugar onde estou!(…) estou sentado na frente do meu portão de embarque onde há os animais escrotos esperando para ir viajar, e decidi lembrar de alguma merda, não importa o quê. estou me esforçando para lembrar de algo que não venha da minha relação orgânica com a vida, que não emerja da merda da situação de agora que me remete às outras merdas…”).
Portanto, temos um mesmo sentimento de revolta e insatisfação, de sensação de panela de pressão ou granada prestes a explodir, que deram azo às manifestações de junho, vazados numa linguagem poderosa e sem concessões, onde as relações “humanas”, as trocas e contatos diários em meio à falida infraestrutura urbana[4], são esquadrinhadas, maceradas e reduzidas a um diagnóstico não muito distante do “Eclesiastes”, mas sem nenhuma possibilidade de transcendência: “todos os seres humanos são filhos da puta, mesmo que eles não sejam”.
Pena que, se é agudíssimo e acurado em sua ferocidade na maior parte do seu texto, Dal Farra cometa o erro de terminar tanto ambas as partes com situações melodramáticas (um acidente de trânsito e um espancamento)[5], totalmente desnecessárias e fora do espírito da sua narrativa. Mesmo com essas soluções infelizes e discutíveis, Manual da Destruição já é um dos livros da década.
TRECHO SELECIONADO
“estou sozinho dentro do banheiro do aeroporto de merda. caminho até encostar a cintura na pia e vejo a minha cara estúpida no espelho, e ela não tem nada a ver com nenhuma das lembranças de merda nem com nada do que existe dentro da minha cabeça. é só uma cara idiota, igual ao que ela já era antes. vejo no espelho como o meu rosto é o mesmo, o mesmo rosto que eu já vi outras vezes nos espelhos de merda. sempre a mesma imagem refletida. mas o meu rosto não é sempre o mesmo. percebo isso por dentro. o rosto filha da puta finge que é o mesmo por fora, quando está na frente do espelho de merda, mas de dentro eu sei que ele não é o mesmo. sinto as mudanças na carne, pelo lado de dentro, retiro os meus óculos e olho para a minha cara monótona no espelho. ligo a torneira de merda e enfio as mãos embaixo da água (…) gostaria que a água passasse da pele e entrasse por dentro da minha cara. gostaria de jogar água por dentro, diretamente no meu cérebro. gostaria de poder resfriar os órgãos todos por dentro. enfio os dedos molhados dentro dos olhos e procuro enfiar água em todos os buracos do rosto (…) vejo pelo reflexo o velho. o velho entrou no banheiro de pulôver marrom. ele procurou não olhar muito para mim pelo espelho (…) eu estava olhando para mim mesmo com ódio. o velho viu isso. disfarcei e apertei ainda mais os dentes, e dou um jeito de me machucar um pouco enquanto o velho está dentro do compartimento de fórmica. enfio dois socos no meu próprio estômago, e torço para o velho ser surdo. ele se enfiou em um compartimento de merda e eu aproveito para socar meu próprio estômago. sinto a minha mão fechada socar a minha barriga, sinto a dor e dou mais [no livro impresso está “mas”] sete socos no um estômago com toda a força possível, apesar da posição, até que o meu braço fica um pouco cansado. enfio ainda mais três socos com toda a força possível no mesmo ponto que já estava doendo. sinto o estômago quase rasgar com os socos que eu enfiei em mim com toda força e sem nenhum prazer. enfio os meus óculos de volta na cara…”
[1] Dou-me conta de que a afirmação no texto acima pode dar a indicação equivocada de que o livro se destinaria a ficar “datado”. Embora seja o livro adequado, perfeito e obrigatório para este nosso Zeitgeist em polvorosa, é evidente que o livro possui as qualidades suficientes para sobreviver a ele.
[2] Não é ocioso lembrar que na Grã-Bretanha dos anos 1950 apareceram os “angry young men”: oriundos especialmente dos meios cênicos. Dal Farra, que está com 31 anos, nessa linha de pensamento pode ser considerado um “angry young man”, inclusive por seus objetivos estéticos. Acho que os “angry young men” estavam fazendo falta num panorama literário dominado por jogos metalinguísticos e uma sensação de anomia irritantes. Ainda bem que na edição da GRANTA dos jovens escritores brasileiros, tivemos alguns exemplos nessa linha mais “angry”, como Vinicius Jatobá, Christiano Aguiar e Javier Arancibia Contreras (pelo menos, na amostra ali publicada), ainda bem que temos um Diego Moraes, um Roberto Menezes e, em certos aspectos da sua obra, Ricardo Lísias (mesmo na sua recente “autoficção”).
É bom que ainda se escreva raivosamente trechos como aquele em que o narrador está ouvindo o primo, que o levou até a fábrica de tubos onde trabalhara: “…ele fingia que se portava como um trabalhador orgulhoso da sua produção, mas era só um fodido estropiado do caralho, que só se deu mal na vida e cuja energia toda tinha sido arrancada em função dos canos e principalmente da riqueza que os canos geravam, e isso era terrível demais para o meu primo perceber. as palavras que saíam da boca escrota do meu primo, do meio dos seus dentes meio podres (…) todas as merdas que ele expleia com o seu bafo podre não tinham significado nenhum e eram tristemente inócuas e nulas frente ao tamanho do cano, ao seu movimento lento e contínuo, e ao leve calor que ele exalava. senti o cheiro de borracha queimada e vi a fumaça que o cano expelia quando saía de dentro da máquina. as palavras mortas da boca podre do meu primo de segundo grau estavam maculadas pelo bafo da inutilidade do seu ser, e da sua pequenez frente ao cano. as palavras do filho da puta não significavam absolutamente nada porque ele não conseguia encarar o seu não pertencimento à bosta toda e não era capaz de sentir o ódio e o desespero que lhe seriam adequados. o seu corpo não suportava…”
[3] Quando uso o termo “enciclopediza”, é porque tenho uma visão do romance como forma enciclopédica da realidade humana: sua vocação mais autêntica é mapear e absorver,mesmo na sua condição “pós-moderna”, mais fragmentária e avessa à totalidade.
[4] “… o garçom ficava feliz de ser simpático com as pessoas que tinham cartões de crédito. supostamente todos os filhos da puta sentados no bar de merdas tinham cartão de crédito, ele se aproximava das pessoas e ficava orgulhoso de lidar com os cartões delas, ele lidava de maneira eficiente com os cartões de crédito e por isso se orgulhava de ser um garçom de merda, o filho da puta!(…) me levantei da frente da mesa de madeira e recebi o cartão das mãos do garçom filho da puta e simpático, ele entregou a merda do cartão para mim o mais rápido possível e não fez nenhum comentário estúpido, o garçom eficiente e simpático percebeu que só lhe restava me dar logo a merda do cartão e se resignar a ter sido só um bosta de um garçom mesmo, que cobrou a porra da minha conta, ele não foi nada mais do que o garçom da merda do bar e eu fui a porra de um cliente, que merda! nós finalizamos a nossa relação como uma relação de troca, e nada mais. não se estabeleceu nenhum vínculo de merda entre dois seres humanos, nenhum vínculo de bosta entre seres humanos. não, o que houve entre mim e o garçom foi só o dinheiro que eu paguei pelo naco de carne, por meio do cartão de crédito. fiquei satisfeito por não ter estabelecido nenhum vínculo com o filho da puta do garçom, e por ter entregado a merda do meu cartão e feito ele tirar o dinheiro do meu crédito, e cobrar o que eu devia pelo pedaço de carne, sem que por isso se estabelecesse qualquer cumplicidade do caralho entre mim e ele…”
[5] Eu também não estou convencido de que todo o teor do material das lembranças e/ou onírico (há passagens em que as reminiscência confluem com imagens oníricas, como aquela evocação de dezessete cavalos espalhados mortos pelo chão num cenário interiorano) seja satisfatoriamente trabalhado. Além disso, tem a abolição completamente desnecessária da maiúscula, que não redunda em nenhum efeito particularmente novo, e fica parecendo apenas modismo (se era para radicalizar, que fossem abolidos os marcadores convencionais do discurso). E a revisão por parte da editora Hedra (diga-se de passagem, a capa escolhida para Manual da Destruição é de lascar!, completamente infeliz) deixou a desejar em alguns trechos (e o leitor percebe que se trata de uma questão de revisão, já que Alexandre Dal Farra demonstra à farta que escreve muito bem), por exemplo:
–na página 97: “a minha cintura está há [sic] menos de um metro do filho da puta”; na verdade, “a minha cintura está a menos de um metro do filho da puta”
- na página 177, o mesmo erro de colocação: “eu, há [sic] trinta metros das duzentas pessoas…”; na verdade, “eu, a trinta metros das duzentas pessoas…”
Fri, 02 Aug 2013 01:05:41 +0000
1 de Agosto de 2013, 19:05 - sem comentários ainda
Benjamin Steinbruch: “Xô, pessimismo”by luizmullerpt |
Pescado do Blog do Zé
Recomendo a todos a leitura de mais um artigo do empresário Benjamin Steinbruch, publicado na Folha de S.Paulo de hoje. Ele vai direto ao ponto: “Se levarmos a sério discursos de alguns analistas, o país estaria à beira de uma hecatombe econômica e política”.
Steinbruch faz uma análise serena dos indicadores e aponta o que acredita serem falhas. “Temos efetivamente problemas com inflação, atividade econômica, contas públicas, contas externas, corrupção e em muitas outras áreas. Mas só pessoas impregnadas por pessimismo doentio ou mal intencionadas podem considerar esses problemas como insuperáveis.”
Sobre as manifestações de junho, ele lembra que “foi possível observar a ausência de cartazes sobre deficit público, inflação, desaquecimento e desemprego”.
Steinbruch acrescenta o mundo está em crise desde 2008, mas o Brasil criou 9,9 milhões de empregos desde então. “Imagino, portanto, que as ruas estão pedindo um novo salto de qualidade ao país. Beneficiadas pelos avanços das últimas duas décadas, reclamam por infraestrutura, educação, saúde e combate à corrupção.”
Xô, pessimismo
A pior coisa que pode acontecer a uma pessoa, a uma empresa ou a um país é se deixar levar por ondas de pessimismo. E o Brasil corre esse risco neste momento.
Se levarmos a sério discursos de alguns analistas, o país estaria à beira de uma hecatombe econômica e política.
A inflação estaria perigosamente descontrolada; a atividade econômica, no caminho inevitável da recessão; as contas públicas, totalmente desarrumadas; as contas externas, no rumo do default; a corrupção, em ritmo desenfreado em todas as esferas públicas e privadas.
Temos efetivamente problemas com inflação, atividade econômica, contas públicas, contas externas, corrupção e em muitas outras áreas. Mas só pessoas impregnadas por pessimismo doentio ou mal intencionadas podem considerar esses problemas como insuperáveis.
A inflação de fato subiu, ultrapassou a teto da meta de 6,5% ao ano. Foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos, impulso que já passou. O último dado do IPCA-15 mostrou que estamos próximos da inflação zero, com possibilidade até de deflação no índice oficial de julho, agora sob influência da queda dos custos de alimentos e transportes.
Isso não significa que acabaram as preocupações com a inflação, até porque os preços dos serviços continuam em alta e o efeito câmbio pode impactar preços neste segundo semestre.
Mas também não é o caso de propagar a ideia de que está de volta o velho dragão dos tempos da hiperinflação.
A atividade econômica está fraca, muito aquém do desejável. A indústria, principalmente, muito prejudicada pela concorrência das importações, reduziu investimentos. Mas o país não segue a rota inevitável da recessão.
Em artigo recente, o economista Francisco Lopes mostrou que os dados trimestrais do IBC-Br do Banco Central indicam uma aceleração da economia, em ritmo anual de crescimento próximo de 4%.
Os gastos do governo preocupam, especialmente porque eles são pouco direcionados para investimentos. Mas o deficit está longe da calamidade pública. O deficit nominal, indicador usado em todo o mundo, é inferior a 3% do PIB, índice que daria ao Brasil uma condecoração se estivesse na União Europeia.
Na área externa, o déficit nas transações correntes cresceu para US$ 43 bilhões no primeiro semestre, nível muito acima dos US$ 25 bilhões do mesmo período do ano passado. Mas o ingresso de investimentos diretos, que havia caído, voltou a aumentar e atingiu US$ 7,17 bilhões em junho. E o país tem gordas reservas de US$ 370 bilhões para qualquer eventualidade.
A corrupção é uma epidemia no país há muito tempo. Eu era menino quando surgiu Jânio Quadros com o jingle “varre, varre vassourinha/ varre, varre a bandalheira/ que o povo está cansado de sofrer dessa maneira”. O fato é que a corrupção nunca foi varrida e certamente hoje é maior que na época do Jânio.
Varrer a corrupção é talvez uma das mais importantes razões pelas quais as massas foram às ruas em junho. Não quero ter a pretensão de interpretar a voz dos manifestantes, algo que os sociólogos podem fazer muito melhor. Mas foi possível observar a ausência de cartazes sobre deficit público, inflação, desaquecimento e desemprego.
Eis um ponto importantíssimo. O mundo está em crise profunda desde 2008, há desemprego por toda a parte e, nesses cinco anos, o Brasil criou 9,9 milhões de empregos formais. No mês passado, foram mais 124 mil vagas, informação que o pessimismo conseguiu divulgar de forma negativa. Para o ano, a previsão é de 1,4 milhão de novas vagas.
Imagino, portanto, que as ruas estão pedindo um novo salto de qualidade ao país. Beneficiadas pelos avanços das últimas duas décadas, reclamam por infraestrutura, educação, saúde e combate à corrupção.
As ruas estão certas e as manifestações, excluídas naturalmente as que descambam para o vandalismo e a violência, devem ser objeto de comemoração. Não podem ser usadas para alimentar pessimismo que espalha desânimo, inibe investimentos empresariais e crescimento da economia.
Nem otimismo ingênuo, nem pessimismo doentio. Essa seria uma boa norma de conduta para todos os que torcem pelo Brasil e batalham pela melhoria de vida dos brasileiros.
Benjamin Steinbruch é empresário, diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, presidente do conselho de administração e 1º vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Escreve às terças, a cada duas semanas, no caderno ‘Mercado’ da Folha.
Governo federal lançou o Programa Mais Médicos e em São Paulo existe o “Maus Médicos”
1 de Agosto de 2013, 19:03 - sem comentários ainda
Governo federal lançou o Programa Mais Médicos e em São Paulo existe o “Maus Médicos” |
Em São Paulo, médicos entram, batem o ponto e vão embora. É o dedo de silicone presencial.
Fernando Brito, via Tijolaço
O repórter Fábio Brilhante, do SBT, e sua equipe montaram uma “campana” à porta da maternidade pública Leonor Mendes de Barros, na zona leste de São Paulo e mantida pelo governo do estado, durante alguns dias. E flagraram diversos médicos que entram, batem o ponto eletrônico e, menos de 15 minutos depois, embarcam em seus carros e vão embora.
A cena foi gravada em diversos dias, sempre da mesma forma. Abordados, os médicos gaguejaram desculpas como estarem indo tomar um café ou terem vindo ver um paciente. Repetem, de maneira presencial, o caso dos dedos de silicone usados para bater o ponto em uma unidade de saúde em Conselheiro Ferraz.
Entende-se que, agindo dessa maneira, estes doutores sejam inimigos mortais de um programa de contratação de médicos para as periferias e municípios do interior.
Repugnante. Assista.
40 cursos universitários gratuitos com início em Agosto
1 de Agosto de 2013, 19:02 - sem comentários ainda40 cursos universitários gratuitos com início em Agosto
Olá leitores do Canal do Ensino!
Se quisermos aprender através de diferentes plataformas educacionais, é bom sempre ficarmos atento e poder avaliar as propostas que estão aparecendo.
Segue novas opções de cursos online e gratuitos, tanto com iniciativas universitárias como outras propostas interessantes que estamos sempre atentos para incluirmos em nossa lista. Todos os cursos sugeridos contam com um link para consultar todos os dados pertinentes nas plataformas correspondentes para nos informarmos de todos os requisitos para inscrevermos a tempo.
Encontramos interessantes opções em espanhol:
Ser mais criativo (UNAM) Através de diferentes dinâmicas nos ajudará a desenvolver e potenciar nossa criatividade em diferentes âmbitos.
O ABC do empreendimento (Tecnológico de Monterrey) Tem como objetivo mostrar aos estudantes o processo que leva a um empreendimento de sucesso.
Matemática e movimento (Tecnológico de Monterrey) Interessante curso tanto para quem pensa seguir uma carreira universitária, como para quem deseja experimentar a matemática de forma amena.
Outras propostas em espanhol:
A arte de empreender desde a América Latina (Acámica) Interessante proposta onde se analisa desde a visão de grandes referentes ao mundo das startups, todas as arestas a levar em conta no momento de pensar e desenvolver um modelo de negócio.
Criar aplicativos móveis para BlackBerry 10 Cascades (Acámica) Em seis unidades se analisam os conceitos básicos e os passos a seguir para aqueles que desejam se iniciar na programação de aplicativos para BlackBerry 10.
Em Inglês
Educação
Foundations of Teaching for Learning 1: Introduction (Commonwealth Education Trust) Uma interessante proposta para quem exerce o ensino e não receberam capacitação formal.
First Year Teaching (Elementary Grades) – Success from the Start (New Teacher Center) Como criar um ambiente de ensino produtivo e ameno nos primeiros anos educativos.
First Year Teaching (Secondary Grades) – Success from the Start (New Teacher Center) Segue a mesma dinâmica que o curso anterior, porém, aplicado a aulas de 6 a 12 anos.
Outros cursos similares: Risk Management in Higher Education: Student Issues (Canvas), Statistics in Education for Mere Mortals (Canvas), Task-based Language Teaching with Digital Tools (Canvas)
Ciência da Computação
Learn to Program: The Fundamentals (Universidad de Toronto) Ideal para quem deseja se iniciar na programação do zero, já que fará um passeio pelos conceitos básicos até a gestão de Python.
Information Security and Risk Management in Context (Universidade de Washington) Analisa as ameaças comuns que podem vulnerar a segurança de uma empresa, e as técnicas a aplicar.
Outros cursos similares: Designing and Executing Information Security Strategies (Universidade de Washington), Building an Information Risk Management Toolkit (Universidad de Washington), Computational Investing, Part I (Instituto Tecnológico de Georgia), Linear Circuits (Instituto Tecnológico de Georgia), CS191x: Quantum Mechanics and Quantum Computation(Berkeley),CS169.2x: Software as a Service (Berkeley), M101JS: MongoDB for Node.js Developers (10gen)
Saúde
Virology I: How Viruses Work (Universidad de Columbia) Ideal para quem deseja se iniciar na virologia, estudando a estrutura e a evolução do vírus.
Introductory Human Physiology (Universidad de Duke) Este curso requer conhecimento prévio básico para se introduzir na fisiologia humana.
Opções de cursos similares: Instructional Methods in Health Professions Education (Universidade de Michigan), Practical tips to improve Asian American participation in cancer clinical trials (Stanford),Caries Management by Risk Assessment (UCSF), Disaster Preparedness (Universidade de Pittsburgh),Enhancing Patient Safety through Interprofessional Collaborative Practice (Universidade do Texas )
Economia e Finanças
Microeconomics Principles (Illinois) Há 3 versões deste curso, que vão desde 4 a 16 semanas, e que podemos escolher o currículo que se adapte a nossas necessidades
Introduction to Computational Finance and Financial Econometrics (Universidade de Washington) Analisa como as ferramentas estatísticas podem nos ajudar a avaliar os modelos financeiros.
Humanidade
A Brief History of Humankind (Universidad Hebrea de Jerusalén) Analisa desde diferentes critérios do comportamento da humanidade desde seu início.
Social Psychology (Wesleyan University) Através da investigação psicológica serão analizados diferentes tipos de comportamento.
Think Again: How to Reason and Argue (Duke) Tal como indica o título, o curso nos ajuda a analisar diferentes tipos de argumentos para chegar a um raciocínio lógico e sólido.
Fairy Tales: Origins and Evolution of Princess Stories (Universidad del Sur de Florida) Um passeio pela origem e história dos contos de princesas.
Outros
The Global Business of Sports (Universidade da Pensilvania) Analisa as estratégias de negócio no mundo dos esportes.
Climate Change (Universidad de Melbourne) Um passeio pelos diferentes fatores que intervêm na mudança climática.
Animal Behaviour (Universidade de Melbourne) Desde um ponto de vista evolutivo, será analizado o comportamento dos animais.
Calculus One (Ohio State University) Introdução ao Cálculo Diferencial e Integral
Survey of Music Technology (Instituto Tecnológico de Georgia) Uma análise pelas diferentes matizes do áudio digital, a criação da música através do software, entre outros.
Preparation for Introductory Biology: DNA to Organisms (Irvine) Uma introdução à Biologia de nível universitário.
Introduction to Sustainability (Illinois) Se introduz nos conceitos básicos da sustentabilidade.
Outras propostas: Data-Driven Journalism: The Basics (Centro Knight), Sustainable Product Development and Manufacturing (Stanford), Accounting Cycle: The Foundation of Business Measurement and Reporting (Universidad Estatal de Utah), U.S. Criminal Law (Flat World Knowledge), Exploring Chemistry (McHenry County College), Algorithms, Part I (Universidad de Princeton)
Aproveite esta oportunidade!
Fonte: wwwhatsnew.com
Os óculos que fizeram história
1 de Agosto de 2013, 18:58 - sem comentários aindaOs óculos que fizeram história
Posted: 31 Jul 2013 08:00 PM PDT
Eis que apresento meu grande desafio do dia: como escrever um texto sobre óculos sem cair no manjado: “qual tipo de óculos combina com meu rosto/estilo?”. Nada contra este tipo de artigo. Só que já existem dezenas deles e escritos por gente mais gabaritada do que eu sobre este assunto específico.
A maioria dos presentes aqui sabe que tenho como meta principal sempre trazer informações que sejam úteis e, de alguma maneira, novas. Aliando isto ao fato, também já conhecido, do meu pequeno vício por listas, chegamos ao resultado dos estudos do dia.
Obs: aos queridos xiitas, vamos lá, um pouco de diversão e descompromisso também são necessários a uma boa vida!
Sem mais delongas….
Os 5 Óculos mais marcantes da (minha) história do cinema
1. Um dia de fúria
Sim, muito antes deste tipo de armação ser algo considerado bacana (arrisco dizer que este filme foi um dos impulsos), Michael Douglas começava a criar um mito por detrás dessas lentes.
Ensandecido, cabelo “Dunga 94” e no mais americano dos trajes (camisa manga curta branca com gravata), nosso camarada Michael imortalizou o tiozinho americano típico (antes que todos eles virassem obesos, claro) e explodiu Los Angeles inteira.
Minha parcela de inveja fica com esta cena (dublada no puro estilo):
2. O Profissional
Filme “Topo da Estante”, não bastava ter o melhor vilão e a melhor mocinha da história do cinema, tinha que ter também o assassino número um da França.
Jean Reno e seu caminhão de carisma estão no auge aqui, mas não se enganem. O Francês pode parecer ter uma cara amarrada, mas o que realmente dá o tom e o transforma em um assassino frio, sanguinário e implacável são os impagáveis óclinhos redondos!
Não tem erro, senhores. Você tem cara de bonzinho? Coloque um óculos pequeno redondinho e se prepare para se tornar insano!
Duvida? Faça o teste, garanto que você irá lembrar muito mais o Mickey do Assassinos por Natureza do que o “paz na terra”, John Lennon.
3. Clube da Luta
Sim senhor, assim como você, eu também queria ser o Tyler Durden.
Mas como dizem, o Senhor tem caminhos misteriosos e me fez ser um estilista ao invés de ter uma organização clandestina contra o Sistema. Acredito que você também tenha se tornado algo um pouco mais convencional do que um fabricante de sabão insano.
E estão lá aqueles óculos gigantes que, até então, eu achava que só minha avó usava. Subvertendo a lógica da época (óculos pequenos, negros e estilo surf 90′), Tyler fez com que um estilo de óculos largado e do sexo oposto voltasse com tudo que a contracultura da virada do século poderia nos oferecer.
Se você tem 20 e poucos anos, posso te garantir, quando você colocou um óculos gigante redondo de lentes vermelhas e não se sentiu a Robertona do Minhocão, a culpa foi toda deste filme! (Nada contra a Robertona do Minhocão, foi só pra contextualizar mesmo)
4. Drácula de Bram Stoker
Há tempos distantes, numa época em que vampiros se mantinham apaixonados sem cintilar ao sol, em um filme com peitos a mostra e sangue jorrando podia ganhar Oscars, existiu o saudoso Conde Vlad, que botava pra quebrar sofrendo de amor no puro estilo vitoriano do mal.
Sim, antes mesmo que eu pudesse escrever você já notou, não é mesmo? O querido Conde, um cara tranquilão e de bem com a vida, está usando o quê?
É claro que os Óclinhos Pequenos Redondos Insanos, o que mais seria? Indo mais além, duvido que alguém encontre um personagem com estes óculos que tenha se dado bem na história do cinema.
5. Matrix
Por último, apresento o filme com mais pessoas de óculos de toda a cinematografia mundial, Com vocês, a luta máxima entre humanos e Raios UV:
Matrix!
Cara, porque diabos todo mundo tá de óculos neste filme? Tudo bem, no ápice do meu raciocínio penso que o diretor deu um óculos pro Agente Smith para que ele não aparecesse piscando em cena, afinal, ele é uma máquina. Mas confesso que será um prazer sem fim se algum dos leitores tiver algum tipo de pensamento que justifique a cambada toda botando pra quebrar de lentes!
E lá está Morpheus pimpão, terminando bem, é nessa hora que você pensa que a tese do óclinhos foi por água abaixo, não é mesmo? Pois não cante vitória antes da hora: o Morpheus morre logo depois do filme, no jogo continuação: Matrix Online (!)
Menção Honrosa:
Exterminador do Futuro 1: disparada a lupa mais presença do Terminator!
Stallone Cobra: o filme que todo mundo conhece e ninguém nunca viu tem até frase clássica: “Você é a Doença e eu sou a Cura.”
E a cura vem de lente espelhada, porque não basta ser boladão, tem que refletir! (e um único detalhe: o filme chama-se Cobra, só Cobra mesmo. O “Stallone” era porque o nome do ator vinha na chamada do pôster em cima do nome do filme. Mais um prova que ninguém nunca viu este filme).
Os 5 Óculos mais marcantes da história da música
1. Kurt Cobain
Kurt não precisava usar óculos, porém, calhou de usá-los em um clipe e gostar da ideia, até o momento em que sua mãe disse que ele parecia o próprio pai quando estava com eles. No momento seguinte, nada mais de usar este tipão de armação clássica (da esquerda).
Acredito que foi buscando se distanciar ao máximo desta semelhança, mas ainda gostando da ideia de usar óculos, que ele passou a adotar o modelo mais diferente possível, no caso, o da direita na foto acima, no melhor estilo “Vó Moderna”.
2. Ozzy
O hoje boa praça e vovô do rock do capeta, Ozzy não abandona seu óculos redondo “insano” quase nunca. Pesquisando mais, só encontrei fotos dele usando este tipo de óculos depois do filme do Drácula (sim, o que citei no começo do texto!), ou seja, eles não têm só a imortalidade em comum!
Aparentemente, é a primeira vez que um filme influencia tanto um rockstar a ponto de ele se tornar quase o próprio personagem do filme. Sinceramente, nunca tinha visto isso acontecer!
Caso algum grande fã do diabão esteja lendo, ficaria grato se pudesse comprovar essa tese. Aliás, se comprovado, esta é uma informação e tanto pra você puxar conversa com aquela gata maligna do seu clã.
3. Lennon/Gallagher
Os redondinhos de novo! Se Somente uma pessoa não fica parecendo insana ao usar esta armação, esta pessoa é ele, John Lennon. E se você pensava que ele usava os óculos só pra dar um grau (infame, desculpe), você se enganou.
John Lennon era mesmo um pouco cegueta. Mesmo nos Beatles, ao sair do palco, ele já colocava seus óculos. No começo dos Beatles ele não os usava tanto em público, afinal, quebrava o estilo do grupo. Aliás, os parceiros de banda adoravam sacaneá-lo e indicar pra ele a porta de saída errada no fim dos shows.
Liam Gallagher? Um paga-pau sem fim, embora um ótimo paga-pau. Hoje ele não usa mais a “homenagem”.
4. Kanye West
Os que me acompanham aqui sabem que evito ao máximo usar meus textos para fazer críticas, mas o rapper/estilista/poser/pegador Kanye clama por uma exceção.
Explico.
É claro que lançaram óculos bem mais feios ao longo dos anos, mas sempre de maneira esporádica e nunca abrangente. Até este modelo chamado “Venetian Blind” não é inédito, ele tem origem nos óculos de esquimós. Foi também usado nos anos 50 e estava muito bem sepultado nos anos oitenta, quando o queridão aqui resolveu não só fazer um clipe com ele, como também relançá-los industrialmente.
O que aconteceu?
2007 foi a febre dos descolados fazendo clipes sem enxergar nada, modelos fotografando editoriais de moda sem saber o que estava acontecendo ao redor, e claro, avulsos fazendo a mesma coisa em festas muito erradas.
Opinião pessoal irrelevante: Puta cara mala.
5. Bono
Você leitor, assim como todos os brasileiros, faz parte de uma dos 3 Partidos do Bono:
- Aquele que não conhecia U2, viu o show que ele pegou a Catchuska e, de repente, sempre gostou de U2.
- Aquele que não conhecia U2, viu o show que ele pegou a Catchuska e, de repente, sempre odiou U2.
- E por último, aquele que não viu o show, mas que acha “Sunday Bloody Sunday” maior legal.
Vamos ao que interessa. Fala-se muito do porque do Bono nunca tirar os óculos, inclusive, nem quando encontra em um ambiente fechado com o ex-cool Presidente Obama.
Li e procurei bastante sobre isso, mas confesso que não estava preparado para o que estava por vir. A verdade por trás de todo este mistério foi a descoberta mais surpreendente que já fiz na minha breve carreira jornalística: Bono, na verdade… é o Robin Williams!
Tal qual não foi minha surpresa quando vi que minhas crenças de que um óculos não poderia ser usado como disfarce caíram por terra. Como um Clark Kent do mundo real, aqui está o senhor Bono mostrando a verdadeira face.
Foi então que comecei a ligar os pontos, o momento em que o Bono decidiu salvar não só a Irlanda, mas o mundo todo, coincide exatamente com o momento em que Ele, Robin Williams, começava também a fazer o mesmo em Patch Adams e os Homens Bicentenários da vida. Confesso que estou rendido a este mestre dos disfarces.
As 5 Mulheres de Óculos que mais machucaram meu coração
Pra azeitar o artigo, e alegrar minha vida, eis aqui, algumas garotas que roubaram minha atenção durante as pesquisas deste texto:
1. Desafio ver outra garota fazendo isso com a boca e ainda soado sexy.
2. Loiras Angelicais, porque nunca nos encontramos?
3. Penélope, do nome gostoso de dizer até o queixo um pouquinho pra frente, como não prender a atenção?
E, fazendo um observação bem de mulherzinha, “orra! Mas quanto cabelo hein!”.
4. Mônica. Porque ela… até de snorkel.
Confesso, até se esta fosse uma matéria sobre bonés eu tentaria dar um jeito de colocá-la aqui. A única vez que consegui definir volúpia (sem me sentir besta usando esta palavra).
5. A Rachel Weiz, usando óculos, fica com a parte “boludinha” do nariz ainda mais aparente, e o pequeno calombo só a deixa mais interessante. Esta que, pra mim, tem o olhar mais acolhedor de todo o cinema.