Ir para o conteúdo
ou

Thin logo

BOCA NO TROMBONE!

Tela cheia
 Feed RSS

BOCA NO TROMBONE!

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Wed, 25 Sep 2013 11:41:55 +0000

25 de Setembro de 2013, 5:41, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Nova publicação em novobloglimpinhoecheiroso

Deputado nazista agride senador com soco no estômago

by bloglimpinhoecheiroso

 

Bolsonaro16_RandolfePsol

O desequilibrado e militar nazista Bolsonoro parte para cima do senador Randolfe Rodrigues. Fotos de Tânia Rêgo/ABr.

Porta-voz da extrema-direita, o deputado Jair Bolsonaro tentou tumultuar a primeira visita autorizada pelo Exército às dependências das antigas instalações do DOI-Codi no Rio de Janeiro, um dos principais centros de tortura e extermínio da ditadura. O PSOL já informou que irá pedir, mais uma vez, a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar. A Comissão de Direitos Humanos do Senado também.

Najla Passos, via Carta Maior

Militar da reserva e porta-voz da extrema-direita no parlamento, o deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) tentou impedir, na segunda-feira, dia 23, que uma comitiva civil visitasse pela primeira vez, desde o fim da ditadura militar, as antigas instalações do DOI-Codi no Rio de Janeiro, um dos principais centros de tortura e extermínio do regime. Forçando a barra para entrar mesmo sabendo que seu nome não estava na lista de pessoas autorizadas, Bolsonaro chegou a agredir com um soco no estômago o senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), vice-presidente da Subcomissão da Verdade do Senado.

“A única intenção do Bolsonaro era de impedir que a visita se concretizasse. Era de tumultuar a visita. Mas mais uma vez o senhor Bolsonaro fracassou. [...] Ele claramente nos agrediu na entrada, covardemente. Eu e o senador João Capiberibe (PSB/AP) tentamos impedir a entrada dele. E aí o mecanismo foi o ataque por baixo [soco na barriga]”, relatou Rodrigues.

Apesar do tumulto, a visita foi concluída. Membros da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro e parlamentares presentes na visita vão solicitar ao Ministério da Defesa que o prédio, onde hoje funciona o 1º Batalhão de Polícia do Exército, seja transformado em centro de memória. “Considero o dia de hoje um dia histórico. Pela primeira vez na democracia, uma comitiva de entidades da sociedade civil e parlamentares de comissões da verdade puderam entrar nas dependências desse local tão macabro”, disse o presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous.

Bolsonaro18_LatuffBolsonaro negou a agressão testemunhada por ativistas políticos e parlamentares. E defendeu a tortura praticada no portão do DOI-Codi. “Tortura é uma arma de guerra. Pratica-se no mundo inteiro. Deve ter havido um tratamento mais enérgico aqui sim. E mereciam, se houve, porque queriam impor aqui o socialismo”, afirmou à Agência Brasil.

Cassação do mandato

O PSOL já informou que irá pedir à cassação do mandato do deputado. “Ele usou de violência contra um senador. O Bolsonaro, mais uma vez, extrapola todos os limites”, afirmou presidente do PSOL e líder do partido na Câmara, deputado Ivan Valente (PSOL/SP), que encaminhará representação ao Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro, com agravante de agressão física a um senador da República.

A Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, por meio da presidente, senadora Ana Rita (PT-ES), também vai representar contra Bolsonaro. A argumentação é que o deputado tentou impedir a realização de uma missão oficial feita pela Subcomissão da Verdade do Senado Federal.

Antecedentes

Em 2011, o mesmo PSOL já havia entrado com outra representação contra Bolsonaro, por ofensa moral a então senadora pelo partido, Marinor Brito. Indignada com os panfletos “antigays” distribuídos pelo deputado, Marinor o criticou em pronunciamento no parlamento. Bolsonaro rebateu nos seus termos: “Já que está difícil ter macho por aí, eu estou me apresentando como macho e ela aloprou. Não pode ver um heterossexual na frente. Ela deu azar duas vezes: uma que sou casado e outra que ela não me interessa. É muito ruim, não me interessa”.

O mesmo documento também o denunciava também por racismo, em função de entrevista concedida ao programa CQC, da TV Bandeirantes, em 28/3/2011, no qual o deputado, questionado pela cantora Preta Gil sobre o que faria se descobrisse que seu filho estava apaixonado por uma negra, respondeu: “Ô Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro este risco. E meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o seu”.

Apesar da virulência das provas, o processo foi arquivado. O relator, deputado Sérgio Brito (PSD-BA), apresentou parecer pela admissibilidade da denúncia, mas a maioria acompanhou parecer independente do deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS), que entendia o contrário. Mas o caso ainda tramita na Justiça, pelo menos no que diz respeito ao racismo. O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito contra o parlamentar.

Processos na corregedoria

Atualmente, dois processos contra Bolsonaro correm na Corregedoria da Câmara, ambos em sigilo. Um deles resulta da denúncia encaminhada no mês passado por mais de 20 entidades de defesa dos direitos humanos, encabeçadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A motivação foi os vídeos divulgados na sua página na internet em que Bolsonaro editou falas de participantes das audiências públicas na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, presidida pelo seu parceiro, Marcos Feliciano (PSC/SP), para acusá-los de “pedofilia” ou de “incitação da homossexualidade infantil”.




Wed, 25 Sep 2013 11:40:54 +0000

25 de Setembro de 2013, 5:40, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Celso de Mello: Massacrado por cumprir a lei

by bloglimpinhoecheiroso

 

Celso_Mello07_AP470

Celso de Mello foi cercado e intimidado pela “grande mídia”.

O que ocorreu no julgamento de quarta-feira, dia 18, e que a mídia podre e canalha não explicou (e não explica) para a população foi o seguinte: nenhum dos cinco votos contrários revelou que sabia da discussão que houve no Congresso Nacional em 1998 sobre a revogação dos embargos infringentes no regimento interno do STF.

Luiz Flávio Gomes, via Carta maior

Todos os canalhas parasitas e corruptos devem ser condenados, independentemente de ser rico ou pobre, preto ou branco, petista, peessedebista ou qualquer outra coisa. A ética condena duramente todos aqueles crápulas que se valem do poder para nele se perpetuar de forma ilícita e desonesta (sobretudo comprando votos de outros parasitas para garantir a governabilidade ou a reeleição). Mas “nada é mais terrível de se ver do que a ignorância [midiática] em ação.” (Johann Wolfgang von Goethe, escritor alemão)

Por mais chocante que tenha sido, a verdade é que Celso de Mello apenas cumpriu a lei e nenhum juiz em nenhum lugar do mundo pode deixar de fazer isso (sob pena de rapidamente se destruir o país). Nos julgamentos judiciais, “soberana não é a massa, sim a lei”, dizia Aristóteles.

A população hiperinflamada – e, com razão, profundamente indignada com a aberrante e secular impunidade das classes dominantes parasitas e corruptas – tem dificuldade de entender tudo isso. Mas é o que ocorreu. Essa dificuldade aumenta quando o País tem a falta de sorte de contar com uma mídia descaradamente mentirosa, envenenada e ignorante (de pontos relevantes da questão), que só sabe jogar lenha na fogueira do obscurantismo medieval.

Que falta nos faz conhecer os poemas de Lucrécio, que revolucionaram a Europa com o Renascentismo de Leonardo da Vinci, Michelângelo, Camões, Cervantes, Descartes, Montaigne etc. Não foi por acaso que tais poemas ficaram escondidos por mais de mil anos!

Se Celso de Mello, como juiz, votou de acordo com a lei, perguntam indignadamente vários internautas, então isso significa que os outros cinco ministros que negavam os embargos foram imbecis ou desonestos ou ignorantes? Nada disso.

Para os que não estão familiarizados com a área, saibam que o Direito não é matemática. Muitas vezes há espaço para duas ou mais interpretações (todas razoáveis). O que ocorreu no julgamento de quarta-feira, dia 18/9, e que a mídia podre e canalha não explicou (e não explica) para a população foi o seguinte: nenhum dos cinco votos contrários revelou que sabia da discussão que houve no Congresso Nacional em 1998 sobre a revogação dos embargos infringentes no regimento interno do STF. Nenhum dos cinco votos contrários ao recurso mencionou essa questão. Ignorou-a completamente. Talvez não soubessem disso. E quiçá até mudariam o voto se tivessem conhecimento desse detalhe (relevantíssimo).

Diziam que tinha havido revogação tácita do regimento interno em 1990 (JB, Fux etc.). Como pode ter havido revogação tácita de um dispositivo que o Congresso Nacional discutiu abundantemente em 1998, a partir de um projeto do governo FHC, recusando-o explicitamente, mantendo o texto como estava?

Qualquer um é capaz de perceber, com essas informações, o quanto foi descomunal, bestial e cafajeste o massacre de alguns setores midiáticos contra o voto de um juiz que apenas cumpriu a lei.

Que falta nos faz estudar o filósofo grego Epicuro, um dos pais remotos do Renascentismo, também ele acusado de depravação sexual, vida desregrada, comilão etc., só porque dizia que temos direito como seres humanos de ter prazeres módicos e éticos nesta vida! A mídia podre e canalha, ao contrário, quer nos convencer de que deveríamos viver de forma irresponsável, imoral e aética! Como pode isso?

Luiz Flávio Gomes é jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil (www. institutoavantebrasil.com.br).

***




Wed, 25 Sep 2013 11:40:03 +0000

25 de Setembro de 2013, 5:40, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

As diferenças de Dilma e Obama na ONU

by luizmullerpt

 

Pescado do Blog do Miro
 
dilma na onuO discurso de Dilma Rousseff na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (24), que tradicionalmente cabe ao Brasil, foi o pronunciamento de uma estadista consciente de seu papel de dirigente de uma nação cuja influência cresce no mundo por ser portadora da defesa da paz, da diplomacia, da convivência pacífica entre os povos do mundo.

 

Foi um discurso firme; uma reprimenda severa com palavras precisas, ao governo dos Estados Unidos pela espionagem criminosa feita pela Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americana. Falou de igual para igual aos governos do mundo. E ao presidente estadunidense Barack Obama, em particular, cujo governo ela acusou de violar os direitos humanos, em nome dos quais hipocritamente o imperialismo estadunidense promove intervenções militares e guerras. A espionagem foi uma dupla violação, disse Dilma: da soberania brasileira e dos demais países onde ocorreu; foi também um atentado contra os direitos humanos.

Ela afronta, disse a presidenta brasileira, o direito internacional e “os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas”. Uma soberania não pode firmar-se em detrimento de outra, afirmou. “Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos e civis fundamentais dos cidadãos de outro país”.

Sendo um país democrático que convive pacificamente com seus vizinhos há mais de 140 anos (desde o fim da Guerra do Paraguai, que terminou em 1870), o Brasil, disse ela, rejeita o uso desse tipo de recurso mesmo na luta contra o terrorismo.

Para resistir a esse tipo de intervenção criminosa de um país contra outro, ela garantiu que seu governo fará tudo pela proteção dos direitos humanos dos brasileiros e “de todos os cidadãos do mundo”, e para proteger “os frutos da engenhosidade de nossos trabalhadores e de nossas empresas”. Nesse sentido, defendeu a criação de regras multilaterais para regular o uso da internet e garantir a “efetiva proteção dos dados que por ela trafegam”, preservando a liberdade de expressão, a privacidade dos indivíduos e o respeito aos direitos humanos e a neutralidade da rede, sem “restrições por motivos políticos, comerciais, religiosos ou de qualquer outra natureza”.

Dilma Rousseff também tratou de outros temas, alguns de interesse mundial. Referiu-se às manifestações de junho, no Brasil, como parte do avanço democrático ao qual os governos populares e democráticos da última década não são estranhos. “Nós viemos das ruas”, disse; fomos formados “no cotidiano das grandes lutas do Brasil”, e concluiu com ênfase: “a rua é o nosso chão, a nossa base”. Defendeu o desenvolvimento econômico e lembrou o empenho de seu governo pela conquista de padrões de bem-estar mais elevados para os brasileiros. Condenou qualquer saída militar ou armada para a crise da Síria; para ela, a “única solução é a negociação, o diálogo, o entendimento”. Reiterou a defesa da criação do Estado Palestino independente e soberano. E, principalmente, defendeu a urgente reforma da ONU e a ampliação do Conselho de Segurança que estão desatualizados e defasados em relação à realidade mundial atual. Será uma “derrota coletiva” se o mundo “chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje”.

Mas o ponto magnético do discurso de Dilma Rousseff, que atraiu a atenção mundial, foi a denúncia, feita em termos enérgicos, da espionagem dos EUA.

Obama fez um discurso xoxo e constrangido. Repetiu alegações anacrônicas e necrosadas da ideologia dominante nos EUA. Titubeou ante as acusações feitas por Dilma Rousseff sobre a espionagem. Manteve ameaças à Síria e ao Irã. Defendeu o uso da “inteligência” (isto é, da espionagem), alegando a busca de equilíbrio entre segurança nacional e privacidade. Fez uma observação temerária e pouco crível a respeito da situação do mundo ao alegar que, em “resultado desse trabalho e em cooperação com os nossos aliados, o mundo está mais estável do que estava há cinco anos”. Estável onde, neste momento em as ações agressivas do imperialismo dos EUA constituem a principal ameaça à paz mundial?

Sobretudo, Barack Obama repisou argumentos da lenda anacrônica do “destino manifesto”, uma ideologia da classe dominante dos EUA que disfarça a defesa de seus interesses com o biombo da promoção e difusão da democracia e da “civilização” no mundo.

Em nome deste “destino manifesto” os EUA semearam, desde o século 19, agressões contra a independência e a soberania de povos e nações. Vestindo a maltrapilha sotaina do direito divino que inspira toda teocracia, Barack Obama reafirmou o “dever” que os EUA teriam (por missão divina?) de policiar o mundo; defendeu toda intervenção militar alegando que fazem parte do combate a “atrocidades em massa”. Intervenções que, autorizadas por aquele “destino manifesto”, podem ser feitas, supõe ele, ao arrepio do direito internacional. “A soberania não pode ser um escudo para tiranos cometerem um assassinato, ou uma desculpa para a comunidade internacional não agir”, disse.

Este embate indica a absoluta pertinência de uma das advertências feitas por Dilma Rousseff: o unilateralismo foi a causa das guerras e é, ainda, fonte de insegurança para os povos e nações.

Fora dois discursos antagônicos. Dilma, representando uma nação cuja influência mundial cresce justamente devido à busca da paz e da convivência pacífica e harmônica entre os povos, falou como a estadista que é.

Obama, dirigente de uma nação de poder ainda imenso mas em declínio, falou como o chefe da nação que é hoje a principal ameaça à paz no mundo.




Wed, 25 Sep 2013 11:39:07 +0000

25 de Setembro de 2013, 5:39, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A Rede de Marina: Uma nova política ou uma nova direita?

by bloglimpinhoecheiroso

 

Marina_HeloisaHelena02

Heloísa Helena e Marina Silva, elas se merecem.

Nem de direita, nem de esquerda, nem de centro. A Rede se traveste de uma “nova política”, mas parece que o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, começou esta prática antes de Marina Silva.

Eric Gil, via Pragmatismo Político

As jornadas de junho mudaram totalmente a conjuntura política do Brasil. A reeleição de Dilma Rousseff, que já era dada como certa, ficou em xeque com a queda de sua popularidade, que segundo pesquisa da Datafolha caiu de 65%, em março deste ano, para 36% em agosto. Até já circula pelos meios políticos um suposto “Volta Lula!”.

Mas o privilégio não foi apenas da atual presidente. Ocorreu uma queda quase que sincronizada de todos os governadores e prefeitos dos principais estados e cidades, além disto, o congresso nacional também assistiu sua avaliação (já não muito) positiva cair de 21%, em março, para 13% em agosto.

No entanto, um nome despontou junto a este período conturbado, o da ex-senadora Marina Silva. Na pesquisa da Datafolha, Marina foi a única pré-candidata à Presidência que permaneceu em ascendência nas pesquisas, passando de 14% em março para 22% em agosto (maior pontuação entre a oposição).

Marina Silva conta com a construção de uma nova estrutura partidária para a disputa eleitoral do próximo ano, a Rede Sustentabilidade. O novo partido ainda está em fase de legalização, e já conta, segundo seu site oficial, com 859 mil assinaturas de eleitores brasileiros, número que contrasta com o que os cartórios registraram como aptos a serem considerados legais, que está muito abaixo das 500 mil assinaturas necessárias, problema que está emperrando o registro do seu partido, mas que provavelmente não será problema até outubro.

Nem de direita, nem de esquerda, nem de centro

A Rede se traveste de uma “nova política”, mas parece que o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, começou esta prática antes da “ambientalista”, ao dizer, enquanto legalizava seu partido, o PSD, que “não será de direita, não será de esquerda, nem de centro”. Marina acrescentou mais um elemento em seu discurso: “nem situação, nem oposição”.

Ela pega carona no que o dramaturgo alemão, Bertolt Brecht, chamaria de “tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada” para convencer seus eleitores de que não há mais diferença entre esquerda e direita, praticamente mais uma alusão ao fim da história, como Fukuyama já havia feito pós-queda do muro de Berlim.

Apesar da tentativa de se colocar acima do bem e do mal, o que não falta são contradições entre a sua política e o seu discurso.

Quem não se lembra da campanha de 2010? Ao ser questionada sobre uma das principais pautas dos movimentos ambientalistas internacionais – a construção de Belo Monte –, a ex-Partido Verde se colocou em cima do muro ao dizer: “Não sou contra e nem a favor. O projeto deve ser objetivo. Do ponto de vista cultural, social e ambiental, o empreendimento deve ser ético e respeitar a diversas culturas da região”.

Outro ponto é a diversidade, que a pré-candidata afirma ser uma das características do seu novo partido. Mas e a defesa ao principal símbolo de intolerância – seja homofobia, racismo ou machismo – da atual política nacional, o pastor Marco Feliciano (PSC)? Marina declarou, em maio deste ano, no auge do debate sobre a presidência da comissão de direitos humanos, que o parlamentar estava sendo hostilizado “mais por ser evangélico do que por suas posições políticas equivocadas”, tentando blindá-lo das críticas.

E a transparência? Segundo reportagem do Estadão, o processo de legalização do partido já consumiu R$800 mil, e até o prazo final a estimativa dos gastos é que aumente ainda mais 15%. E quem paga esta conta? Sobre isto, a REDE apenas declarou ao mesmo jornal que “são centenas de doadores financeiros que contribuíram com os gastos até o momento e milhares de pessoas que doaram seu tempo, em coleta de assinaturas, em processamento e relação com cartórios”. Mas entre eles estão nomes ligados às maiores empresas do País, como Neca Setúbal, herdeira do banco Itaú, e o bilionário Guilherme Leal, um dos donos da Natura, que foi candidato à vice na chapa de Marina, pelo PV, nas eleições presidenciais de 2010.

Como já diria um ditado popular, “quem paga, escolhe a música!”, e na política não é diferente. Este é o padrão já seguido por outras grandes candidaturas, principalmente o PSDB e o PT na empreitada à presidência da república, que são bancados pelas maiores empresas do país, como o Bradesco e o Itaú, que investem milhões nas suas campanhas.

O que esperar, então, de um partido que já nasce com tantas contradições? Eu apostaria em mais do mesmo! Talvez pior do que isto, pois segue a tendência criada, neste país, pelo PMDB, e que agora é seguida pelo PSD, onde se constrói a imagem de que está todo mundo junto e misturado, não existe esquerda, nem existe direita, somos todos brasileiros prontos para ajudar o nosso glorioso país!

Eric Gil é economista formado pela Universidade Federal da Paraíba, mestrando no Programa de Pós-graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Paraná. Escreve quinzenalmente para Pragmatismo Político.

***




PASSEIO DE HOJE, QUARTA…

25 de Setembro de 2013, 5:24, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
thorjuninhoárvore ao solmanhãjuninhothor

PASSEIO DE HOJE, QUARTA…, um álbum no Flickr.




Tags deste artigo: política saúde dia a dia literatura cinema culinária etc