Talvez, para alguns, não seja o momento adequado para críticas. Estamos vivendo tempos difíceis, mas vou relevar as possíveis críticas e encarar meus posicionamentos como reflexão. Por tanto não entendam que falo contra um projeto, porque sou responsável também por este projeto. Pautei a minha forma de ver e entender o mundo sobre os princípios socialistas. Nunca consegui ver justiça no mérito se as oportunidades de acessos à educação, cultura, saúde e alimentação eram visivelmente desiguais.
Nesses últimos tempos vi claramente que a universidade mudou de cara. Antes branca e sisuda, hoje é quilombola, indígena, feminista, lgbt e trabalhadora. Carrega nos debates de sala de aula a diversidade pertinente a sociedade brasileira, com seus avanços e suas dívidas históricas.
Hoje vejo vários colegas de trabalho preocupados com os financiamentos das suas casas e do seus carros. E pensar que alguns atrás o grande debate era como pagar o aluguel, um dinheiro jogado fora que só alimentava uma burguesia que vive de explorar o mercado imobiliário.
Também não dá para sermos cegos, sim de um ano para cá o orçamento está mais apertado, algumas regalias tiveram que se cortadas. Entretanto eu questiono se a crise de fato existe ou é fabricada pelo capital com a finalidade de enfraquecer o Brasil, criar uma crise política para daqui alguns meses apresentar nas suas revistas de economia, volta do crescimento e confiabilidade no mercado brasileiro.
Por enquanto minha analise se resumiu em reafirmar que reconheço os avanços e a mudança que vejo claramente na sociedade, principalmente nos acessos aos bens de consumo. E daí entra o meu grande questionamento.
No meu humilde entendimento de professora da educação básica, não houve uma reflexão acerca do consumo. Principalmente entre a dita, classe média. E vivemos em tempos nunca até então vivenciados em nosso país, o dólar ficou por alguns anos compatível ao real. E assim famílias realizaram o sonho de ir para Disney, o delivery se tornou habitual, as compras online corriqueiras e até os perfumes, cosméticos e outros regalos passaram a fazer parte do hábito da família de classe média brasileira.
E são justamente essas pessoas, a classe média, que hoje estão no cerco do furacão ideológico entre esquerda e direita. Nunca lhes foi dito que o socialismo defende que a humanidade goze das coisas boas. Comunista não quer viver no passado, quer acesso e oportunidades. E isso lhes foi oferecido, porém foi optado por não dar o nome as coisas. Por outro lado, a esquerda brasileira nunca teve maioria política, sempre tivemos um projeto em disputa onde pequenas coisas eram altamente sofridas de serem implantadas. E assim não avançamos nem um milímetro na disputa ideológica, que perpassa a disputa pelos meios de comunicação.
Hoje sentimos o reflexo da secundarização do debate sobre a democratização da comunicação. Temos é claro a internet que torna menos injusto o debate, entretanto reproduzimos os conteúdos em ferramentas que não são as nossas, isso nos torna mais uma vez refém. Porque necessitamos de grandes grupos corporativos, que dominam o mercado das redes sociais para divulgarmos os nossos pensamentos.
Este é o grande debate que devemos pautar, a distribuição de renda foi um fator primordial, porém foi um começo. Em tempos de crise e tentativas de ferir a democracia devemos reafirmar nosso conceito de democracia. A democracia onde todas as vozes possam ser ouvidas, na televisão, nos jornais, nas revistas produzindo e criando instrumentos de formação e debate.
Talvez, para alguns, não seja o momento adequado para críticas. Estamos vivendo tempos difíceis, mas vou relevar as possíveis críticas e encarar meus posicionamentos como reflexão. Por tanto não entendam que falo contra um projeto, porque sou responsável também por este projeto. Pautei a minha forma de ver e entender o mundo sobre os princípios socialistas. Nunca consegui ver justiça no mérito se as oportunidades de acessos à educação, cultura, saúde e alimentação eram visivelmente desiguais.
Nesses últimos tempos vi claramente que a universidade mudou de cara. Antes branca e sisuda, hoje é quilombola, indígena, feminista, lgbt e trabalhadora. Carrega nos debates de sala de aula a diversidade pertinente a sociedade brasileira, com seus avanços e suas dívidas históricas.
Hoje vejo vários colegas de trabalho preocupados com os financiamentos das suas casas e do seus carros. E pensar que alguns atrás o grande debate era como pagar o aluguel, um dinheiro jogado fora que só alimentava uma burguesia que vive de explorar o mercado imobiliário.
Também não dá para sermos cegos, sim de um ano para cá o orçamento está mais apertado, algumas regalias tiveram que se cortadas. Entretanto eu questiono se a crise de fato existe ou é fabricada pelo capital com a finalidade de enfraquecer o Brasil, criar uma crise política para daqui alguns meses apresentar nas suas revistas de economia, volta do crescimento e confiabilidade no mercado brasileiro.
Por enquanto minha analise se resumiu em reafirmar que reconheço os avanços e a mudança que vejo claramente na sociedade, principalmente nos acessos aos bens de consumo. E daí entra o meu grande questionamento.
No meu humilde entendimento de professora da educação básica, não houve uma reflexão acerca do consumo. Principalmente entre a dita, classe média. E vivemos em tempos nunca até então vivenciados em nosso país, o dólar ficou por alguns anos compatível ao real. E assim famílias realizaram o sonho de ir para Disney, o delivery se tornou habitual, as compras online corriqueiras e até os perfumes, cosméticos e outros regalos passaram a fazer parte do hábito da família de classe média brasileira.
E são justamente essas pessoas, a classe média, que hoje estão no cerco do furacão ideológico entre esquerda e direita. Nunca lhes foi dito que o socialismo defende que a humanidade goze das coisas boas. Comunista não quer viver no passado, quer acesso e oportunidades. E isso lhes foi oferecido, porém foi optado por não dar o nome as coisas. Por outro lado, a esquerda brasileira nunca teve maioria política, sempre tivemos um projeto em disputa onde pequenas coisas eram altamente sofridas de serem implantadas. E assim não avançamos nem um milímetro na disputa ideológica, que perpassa a disputa pelos meios de comunicação.
Hoje sentimos o reflexo da secundarização do debate sobre a democratização da comunicação. Temos é claro a internet que torna menos injusto o debate, entretanto reproduzimos os conteúdos em ferramentas que não são as nossas, isso nos torna mais uma vez refém. Porque necessitamos de grandes grupos corporativos, que dominam o mercado das redes sociais para divulgarmos os nossos pensamentos.
Este é o grande debate que devemos pautar, a distribuição de renda foi um fator primordial, porém foi um começo. Em tempos de crise e tentativas de ferir a democracia devemos reafirmar nosso conceito de democracia. A democracia onde todas as vozes possam ser ouvidas, na televisão, nos jornais, nas revistas produzindo e criando instrumentos de formação e debate.