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Sociedade

28 de Fevereiro de 2014, 13:45 , por Blogoosfero - | No one following this article yet.

Os imbecis não perdoam nada, nem ninguém

18 de Junho de 2015, 21:00, por Eduardo Freitas

A "legião de imbecis" que, segundo Umberto Eco, ganhou voz com a internet, não perdoa nada, não respeita ninguém.

Eu estava lendo agora a notícia da morte da historiadora Maria Lúcia Streck, que, infelizmente, faleceu hoje pela manhã.

Nos últimos dias houve uma grande mobilização em torno de Maria Lúcia, que em função do seu grave estado de saúde havia manifestado a vontade de passar os últimos momentos em casa, ao lado de suas gatas.

Para isso os amigos organizaram brechós e um show, a fim de angariar fundos para manter o serviço de homecare (em torno de R$ 350 por dia), possibilitando assim à Maria Lúcia o conforto de ficar em sua casa no fim da vida.

Enfim, é no mínimo uma história que merece alguma consideração, que merece o mínimo de respeito que se espera de seres humanos em relação a outros seres humanos nessa altura da civilização.

Eis que para minha supresa a caixa de comentários da Zero Hora, infelizmente indo além das esperadas manifestações de amigos e pessoas sensibilizadas com o ocorrido, descambou para o velho chorume de todos os dias.

Descambou para a falsa oposição entre os direitos das pessoas e os direitos dos animais: "A pobre mulher acaba de falecer, a família e os amigos estão arrasados e tu estás preocupada com os gatos??? É sério isso???", "É o fim da picada se preocupar mais com animais do que com seres humanos. Por isso o planeta está na m* que se encontra... Bem, cada um com suas prioridades. A minha são os seres humanos.",

E descambou também para a crítica absolutamente despolitizada ao governo "comunista facista": "Foi como qualquer mortal comum.... são milhares todos os anos... que vá em paz!!! Ela morreu por doença, mas em média, MORREM MAIS DE 200 PESSOAS POR DIA ASSASSINADA NO BRASIL... NOS ULTIMOS 13 ANOS FORAM MAIS DE MEIO MILHAO DE PESSOAS POR CONTA DA POLITICA COMUNISTA FACISTA IMPOSTA PELA ESQUERDALHA", "(...) enquanto morre uma pessoa assim,que nem precisa de comentários,um lula,um dirceu da vida,estão aí,bem vivinhos e roubando nosso dinheiro...e aquela praga ainda teve câncer e se curou,como a Dilma...isso põe em dúvida a tal existência do senhor Deus...porque não morrer um lula corrupto,uma Dilma e sim a Maria Lúcia?".

Todo esse lixo - a garganta silenciosa dos imbecis funcionando a pleno vapor, os dedos nervosos trazendo "justiça" ao mundo através da internet - tudo isso nos comentários da notícia de uma pessoa que acaba de morrer. É assustador. Desanima. A ignorância campeia e parece ter cada vez mais voz. Não se respeita nada mais. É a barbárie.

 



A polêmica entre Wilson Batista e Noel Rosa: o malandro e o mocinho da vila

31 de Maio de 2015, 2:47, por Eduardo Freitas

Eis um dos momentos mais inspirados e inspiradores da música brasileira em todos os tempos: a histórica polêmica entre Noel Rosa e Wilson Batista ocorrida na década de 30, mais precisamente em um período de três anos, entre 1934 e 1936.

Tudo começou quando, em 1934, um sambista ainda desconhecido - Wilson Batista - compôs um samba, de certa forma ousado, chamado "Lenço no pescoço", no qual fazia a apologia da malandragem. O já famoso Noel Rosa parece ter ficado muito incomodado com a exaltação da figura do malandro e compôs como resposta o samba "Rapaz folgado", onde ridiculariza não somente o samba de Batista, como a malandragem e o autor:

"Malandro é palavra derrotista...
Que só serve pra tirar
Todo o valor do sambista.
Proponho ao povo civilizado
Não te chamar de malandro
E sim de rapaz folgado"

Pronto, a polêmica estava lançada e renderia ainda outros 7 sambas, alguns famosos até hoje como "Feitiço da vila" e "Palpite infeliz", ambos de Noel - de fato um compositor maior que Wilson Batista. Aliás, este último acabou por ganhar notoriedade mesmo devido à polêmica na qual se envolveu com Noel.

Um fato interessante é que, à época, quase ninguém tomou conhecimento da disputa criativa entre os dois sambistas. Somente em 1956, em produção da gravadora Odeon, é que a polêmica se tornou um sucesso, ao virar disco, com Roberto Paiva e Francisco Egydio fazendo as vezes de Noel e Wilson defendendo seus gloriosos sambas.

Desde então a polêmica vem sendo recriada, por iniciativas como as do Instituto Moreira Salles que em 2012 realizou espetáculo, com Monarco e Nelson Sargento, em homenagem a este acontecimento saboroso da história do samba e também em 2013 com os cantores Criolo e BNegão.



Polícia, crime da bagatela e questões atuais

15 de Maio de 2015, 0:01, por Pedro Alem Santinho

A definição de crime de bagatela está no Glossário Juridico do Supremo Tribunal Federal, mais conhecido como STF, vejamos o que ela diz:

"Descrição do Verbete: o princípio da insignificância tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, ou seja, não considera o ato praticado como um crime, por isso, sua aplicação resulta na absolvição do réu e não apenas na diminuição e substituição da pena ou não sua não aplicação. Para ser utilizado, faz-se necessária a presença de certos requisitos, tais como: (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada (exemplo: o furto de algo de baixo valor). Sua aplicação decorre no sentido de que o direito penal não se deve ocupar de condutas que produzam resultado cujo desvalor - por não importar em lesão significativa a bens jurídicos relevantes - não represente, por isso mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem social." (veja aqui.)

Acho que esta definição deve ser muito conhecida de quem fez bacharel em direito, isto é, quem estudou direito, mesmo àqueles que não são advogados, quero dizer principalmente dos delegados. Digo isso pois assim como outros me emocionei ao ler em matéria publicada pelo site O Globo o que fizeram alguns policiais em relação a este crime praticado por um pai de família. (vejam aqui materia completa)

Mas não quero apenas contar isso. Queria dizer que por ser um matéria do jornal O Globo me peguei pensando e repensando quais o objetivos desta publicação.

Algumas questões basicas iniciais:

  1. É sabido a desconfiança da população em relação a polícia, inumeras pesquisa nos mostram isso. Salvo a Polícia Federal o cidadão medico brasileiro não confia na polícia.
  2. É sabido também que pesquisas ja indicam que mesmo dentro da corporação militar existe parte significativa que é contra a manunteção do status militar da polícia. Isto é, muitos dentro das PM's querem a desmilitarização da PM.
  3. É sabido que ainda se guarda memória das atrocidades que os "militares" fizeram contra os cidadãos brasileiros e mesmo com a econômia, mesmo que alguns achem que ouve algum miligra, o qual sabemos que não houve. Por isso ainda é enorme a desconfiaça;

A Polícia brasileira é das que mais matam no mundo.De acordo com materia publicado no Jornal Folha de São Paulo a PM brasileira matou 6 pessoas por dia durante 5 anos. (veja)

E também é preciso dizer que por matar a Polícia também bebe de seu remédio. Isto é, a PM brasileira é das que mais é morta do mundo. No entando vejamos com detalhe, morrem mais fora de serviço, o que indica que devem estar de um maneira ou outra envolvido em questões criminais e corrupção, ou mesmo que prestão serviços relacionados a segurança fora de serviço, para dizer o mínimo.

Por isso penso o seguinte.

Este policiais fizeram o certo. Ao mesmo tempo precisamos dizer que o delegado, este que estudou direito, deveria ter lido mais e aplicado o principio da bagatela. Pois não houve crime, deveria ter se dado ao trabalho e soltado o pobre. E inclusive exigir fiança foi até piada.

E mais, podemos parabenizar estes políciais que mostrarem de humanidade, mas ao jornal o Globo que parece querem transformar em heróis uma corporação falida e assassina, isto, não podemos tolerar.

Pois isso está em muito relacionado as questões politicas atuais. Mobilizações apoiadas pela Globo pedindo a volta dos militares, militantes da Direito defendendo o inimaginável..... as questões são atuais.

O caminho da diminuição da violência na cidade passe pela diminuição da desigualdade social, crescimento da renda e sua distribuição, mas se encerra apenas na produção e reprodução de um sociedade que não seja baseada na exploração do trabalho pelos detentores dos meios privados de produção, circulação e reprodução



A caixa – 1 milhão vale uma vida?

14 de Abril de 2015, 12:33, por Rafael Pisani Ribeiro

[1]Norma Lewis (Cameron Diaz) é uma professora casada com Arthur (James Marsden), um engenheiro que trabalha para a NASA. Eles têm um filho e levam uma vida tranquila no subúrbio. Um dia surge um misterioso homem, que lhes propõe a posse de uma caixa com um botão. Caso seu dono aperte o botão, ele ficará milionário, mas ao mesmo tempo alguém desconhecido morrerá. Norma e Arthur têm 24 horas para decidir se ficarão ou não com a caixa. (link para assistir ao filme http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-caixa-dublado-online.html    abaixo o filme será descrito, portanto é aconselhável vê-lo antes.)

Para tudo isso ocorrer, existem condições. 1-Os empregadores e responsáveis não podem ser revelados. 2- Não se pode falar sobre o feito, exceto com a família. 3- A decisão deve ser tomada 24 horas após a visita.  E para constar, a vítima de seu aperto não tem contato algum com você, nunca teve e nunca terá. Uma pergunta aparece: uma vida vale dinheiro? Quais aspectos estão ao redor da decisão de apertar?

Primeiro, só de pensar na possibilidade já se dá um valor econômico a vida. Caso contrário, ela tem outro tipo de valor. Agora, partindo da decisão de apertar. Quais aspectos residem? Melhorar sua situação financeira, dar segurança a família, cuidar de sua saúde, tudo isso justifica a morte de um desconhecido? Aliás, como definir conhecer? E pior, quem pode ser a pessoa a morrer? Pode ser um pai de família, uma criança, ou alguém já em estado vegetativo. Mas, se o sujeito cogita a possibilidade de apertar, tudo isso importa? Ou pior, será que sequer vai pensar em considerar tudo isso? É válido repetir: Qual o significado de simplesmente cogitar a possibilidade? Mas, suponhamos, o botão foi apertado. O dinheiro foi recebido rapidamente. Qual sensação isso gera? Porque certamente alguém morreu. Por trás da decisão há toda uma condição social de necessidades.

Aliás, será certeza a ideia de1 milhão resolverem sua vida, ou te fazer feliz? Vale pensar em como saber se o botão foi apertado. Há espiões por ai? Sobre a própria morte da vítima. Será rápida e indolor ou dolorosa e demorada? Qual efeito vai gerar na vida dela e nas pessoas ao redor?  Talvez alguns nem chegassem a essas questões éticas. De resto uma questão tecnológica. Uma frase se destaca: “Nenhuma tecnologia é suficiente para distinguir a verdade da magia”. Aparecem grandes tecnologias muito avançadas, portanto, próximas a mágica. No fim, o botão era um teste alienígena para julgar o merecimento da sobrevivência da humanidade. É preciso questionar qual o valor e o que é o ser humano, quando a maioria cogita a possibilidade de apertar, uma minoria não cogita, e uma minoria menor ainda não pressiona o botão.

No caso da negação, a vida tem valor inestimável. Caso contrário tem valor econômico. No caso da hipótese cogitada a maioria simplesmente aperta, sem olhar o lado ético da decisão. Uma minoria analisa essas questões e aperta. Uma minoria menor ainda questiona a ética da decisão e não aperta. Ou seja, em geral a vida tem valor econômico, e não inestimável. No fim a humanidade foi exterminada. Uma última pergunta sobre apertar ou não o botão. E se você fosse um estranho a morrer por ele?

Lembrem- se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

[1]Fonte da sinopse:  http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-caixa-dublado-online.html

Referências:

Disponível em: http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-caixa-dublado-online.html Filmes Online Grátis/ http://www.filmesonlinegratis.net . Data de acesso: 30 de Agosto de 201



O camelo e o camelô

9 de Março de 2015, 20:38, por Rafael Pisani Ribeiro

     Sempre que passo no centro vejo um sujeito com uma barraca e nela há pedaços de bolo e garrafas de café. Em todas as vezes que passei, o vi entregando um copo de café e um pedaço de bolo, apenas uma vez. Não vi entrega de dinheiro e suponho que tenha visto só a parte final da troca comercial. De qualquer forma, convivemos diariamente com os ditos camelôs. Tornou-se tão normal no cotidiano, que nem mesmo pensamos sobre essa profissão, se é que assim pode ser chamada.  Assim como no “amolo-faca-tesoura-e-alicate”, a história parece ser muito mais complexa.

     Enquanto ando na rua e observo a movimentação, também observo o modo em como às pessoas andam. Todas apressadas, aparentemente inseguras e ignorando o mundo à sua volta, exceto aquilo que pode afetá-las negativamente.  É como se criassem uma bolha ao redor de si com a função de filtrar diversos estímulos, exceto os perigosos.  A frase “Ado, ado cada um no seu quadrado” parece descrever isso muito bem.

    A bolha fica tão forte, mas tão forte que essas pessoas, ou até mesmo eu, ignoram a presença dos camelôs. Em todo grau, sua percepção nega percebê-los e é quase como se não existissem, como se estivessem em um universo diferente. Isso é pior ainda para os moradores de rua. Esses só existem quando pedem dinheiro ou estão no chão a frente deles, e é preciso desviar. Talvez Gabriel o pensador esteja certo quando diz na música “O resto do mundo”: “A minha sina é suportar viver abaixo do chão...” Ele ainda consegue resumir na mesma música o ato de pedir esmola:

“Eu tô com fome,
Tenho que me alimentar”.
Eu posso num ter nome, mas o estômago tá lá,
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau,
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal...”.

De toda forma, esses parecem não existirem socialmente. Os noticiários têm culpa pela criação dessa bolha, mas as pessoas são responsáveis por permitir que esta seja criada. Além disso, como ficam os camelôs?

    Não sei a origem da palavra camelô, mas ela me lembra de camelo. Sim, aquele animal chamado camelo que é usado como meio de transporte no deserto. Esse animal possui diversas vantagens. Ele pode carregar pessoas e mercadorias por longos dias, apesar de ser um animal seu custo pode não ser tão alto. Além disso, é usado para longas movimentações, necessitando de comida e pouca água. Por esses fatores, é possível andar com muitos camelos no deserto. E os camelôs com isso?

    O princípio é quase o mesmo. Estão por toda parte e podem estar em qualquer lugar, possui uma característica nômade. Necessitam de poucos recursos para iniciar, pois seu produto é extremamente barato, e, portanto de baixo custo. Podem estar reunidos em um só local, ou cada um no seu canto. Na primeira, parecem passar mais “confiança”, no segundo parece mais estranho. Vendem desde produtos alimentícios à produtos eletrônicos. Mas tanta vantagem tem um problema.

    Enquanto o sujeito do amolo-faca-tesoura-e-alicate parece ganhar pouco, porém sem risco de perda, esses podem ganhar muito, mas com risco de perda total.  Nunca vi, mas sabe-se que quando não há licença para vender nas ruas, é permitido ao estado confiscar os produtos. Essa é uma questão complexa. Já cheguei a ver um pipoqueiro ser abordado por tal razão, e foi ruim vivenciar, pois o sujeito parecia extremamente pressionado. Em um ato desses perde-se todo o “investimento”. Talvez o pouco que tinha. O estado nem deve ter o que fazer com a mercadoria, talvez até a utilize. Tudo em prol das grandes empresas e seus direitos, autorais ou não! Mas a questão não é tomar as mercadorias. É tomar as esperanças de uma vida, quem sabe até uma vida!

    Como dito no amolo-faca-tesoura-e-alicate, a aposentadoria não é suficiente para viver com qualidade, assim como o salário mínimo. E muito menos há espaço para todos no mercado de trabalho formal.  Talvez seja essa uma razão para se tornar camelô.  Como o produto é muito barato, seu custo é, portanto muito baixo. Se um CD é cinco reais, seu custo deve ter sido de R$ 1,50. É violência sobre violência!  Disso não se deve esperar tanta qualidade, mas não significa necessariamente baixa qualidade. Deve ser muito ansiolítico trabalhar em um meio onde de uma hora para outra você pode perder todo seu investimento e produtos. Quem dirá saber o tempo de trabalho e quanto ganham ao mês!

    Ademais, parece ser diferente comprar em um camelô isolado ou um junto a vários outros, ainda que seja o mesmo camelô. Por outro lado, parecem ser extremante necessários para o consumo. Apesar da lei, ninguém, ou uma minoria tem condições de comprar só produtos originais. As grandes empresas tentam afirmar que é justo elas controlarem o mercado!

   Muitos dos “donos” de camelôs não tiveram acesso ao mercado de trabalho formam, e acharam essa saída. O consumo seria extremamente reduzido sem eles.  O que seria dos comerciantes, consumidores e do próprio camelô sem suas corcovas?

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

Referências:

Disponível em: http://blogoosfero.cc/verdadeoumentira/verdade-ou-mentira/amolo-faca-tesoura-e-alicate Rafael Pisani Ribeiro/ http://blogoosfero.cc/verdadeoumentiraData de acesso: 09 de Março de 2015

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/o-resto-do-mundo.html Gabriel o Pensador/ http://www.vagalume.com.br Data de acesso: 09 de Março de 2015

 



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