Em meio a uma multidão, o PT registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República nas eleições de outubro. O vice da chapa é o ex-ministro Fernando Haddad.
O ato de inscrição no TSE foi precedido pela chegada de uma marcha que se juntou a uma manifestação com 10 mil pessoas.
A ida ao tribunal foi marcado por um grande ato, com a presença de Haddad, Gleisi Hoffmann, Manuela D’Ávila e Dilma Rousseff, entre outros nomes do PT. Os governadores Wellingon Silva, do Piauí, Rui Costa, da Bahia, Camilo Santana, do Ceará, Fernando Pimentel, de Minas Gerais, e Flavio Dino, do Maranhão, também estiveram presentes.
Em carta lida por Haddad, Lula afirmou que o juiz Sergio Moro tinha até esta quarta-feira para apresentar uma prova contra ele. Como, segundo o petista, o magistrado não conseguiu, ele vai “brigar até o final” para obter o registro de sua candidatura ao Planalto.
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde 7 de abril em função da condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na ação penal do caso do triplex do Guarujá (SP).
O pedido de registro e a possível inelegibilidade precisam ser analisados pelo TSE. O pedido funciona como o primeiro passo para que a Justiça Eleitoral analise o caso.
Rito
O pedido de registro de candidatura, cujo prazo para apresentação no TSE termina às 19h, não garante automaticamente ao candidato o direito de disputar o pleito.
Com fim do prazo, o tribunal vai publicar um edital para dar publicidade aos registros. Após a publicação, o Ministério Público Eleitoral (MPE), partidos e coligações poderão impugnar as candidaturas, alegando que candidato não poderá disputar as eleições em função de alguma inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa.
Após o eventual pedido de impugnação, o ministro-relator do pedido vai decidir se o registro será aceito ou não. O prazo para decisão é 17 de setembro.
*Com Agência Brasil
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