O início do segundo mandato do governador Beto Richa e da nova Assembleia Legislativa do Estado do Paraná não poderia ser mais insólito.
Os cortes de direitos de professores e demais servidores públicos são o lado mais perverso dos projetos de lei enviados pelo governador Beto Richa à Assembleia Legislativa do Paraná.
Junto a outras medidas, esse pacote é desastroso para a educação e demais serviços públicos essenciais.
Ao invés de propor medidas para valorização dos profissionais e para propiciar estrutura adequada ao desenvolvimento da educação pública, já em situação difícil, o governo propõe justamente o contrário: medidas que desvalorizam os profissionais e precarizam as condições da educação e demais serviços públicos.
Além de ser inaceitável a falência financeira do Estado apresentada pelo governador, os cortes já feitos e os novos revelam também uma escolha inaceitável do governador.
A educação, saúde e outros serviços públicos essenciais deveriam ser a prioridade de investimentos e não de cortes.
Mas isso não deveria causar surpresa, posto que a falência e o desmonte do Estado constituem a essência da política neoliberal (pró-capital), que permanece como plataforma política dos governos tucanos.
Fortalecido pela reeleição em primeiro turno e com o crescimento da base de apoio na assembleia, Beto Richa entrou de sola no segundo mandato. E deixou escancarado dramaticamente o que sempre foi sua plataforma política: o mesmo neoliberalismo da era Lerner-FHC.
A consequência é que 2015 deve ser um ano de intensos embates políticos tendo de um lado a política de "austeridade" do governo do Estado e do outro servidores públicos, suas entidades representativas e a população.
E a única forma de impedir a continuidade de medidas desastrosas para os serviços públicos do Estado é com organização e mobilização, demonstrando publicamente, especialmente aos deputados, a rejeição popular aos cortes do governador.
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo