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Papo sobre filmes

Verdade ou mentira?: Papo sobre filmes

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Verdade ou mentira?: papo sobre filmes

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Espaço para postar textos de análises de filme, debater sobre diversos filmes e mostrar como não há nada de inocente nos filmes. Livre para qualquer um que tiver tais desejos. Blog pertencente a comunidade Verdade ou mentira?: papo sobre filmes e ao blog blogoosfera.cc/verdadeoumentira de conteúdo muito mais variado.

A caixa – 1 milhão vale uma vida?

14 de Abril de 2015, 12:33, por Rafael Pisani Ribeiro

[1]Norma Lewis (Cameron Diaz) é uma professora casada com Arthur (James Marsden), um engenheiro que trabalha para a NASA. Eles têm um filho e levam uma vida tranquila no subúrbio. Um dia surge um misterioso homem, que lhes propõe a posse de uma caixa com um botão. Caso seu dono aperte o botão, ele ficará milionário, mas ao mesmo tempo alguém desconhecido morrerá. Norma e Arthur têm 24 horas para decidir se ficarão ou não com a caixa. (link para assistir ao filme http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-caixa-dublado-online.html    abaixo o filme será descrito, portanto é aconselhável vê-lo antes.)

Para tudo isso ocorrer, existem condições. 1-Os empregadores e responsáveis não podem ser revelados. 2- Não se pode falar sobre o feito, exceto com a família. 3- A decisão deve ser tomada 24 horas após a visita.  E para constar, a vítima de seu aperto não tem contato algum com você, nunca teve e nunca terá. Uma pergunta aparece: uma vida vale dinheiro? Quais aspectos estão ao redor da decisão de apertar?

Primeiro, só de pensar na possibilidade já se dá um valor econômico a vida. Caso contrário, ela tem outro tipo de valor. Agora, partindo da decisão de apertar. Quais aspectos residem? Melhorar sua situação financeira, dar segurança a família, cuidar de sua saúde, tudo isso justifica a morte de um desconhecido? Aliás, como definir conhecer? E pior, quem pode ser a pessoa a morrer? Pode ser um pai de família, uma criança, ou alguém já em estado vegetativo. Mas, se o sujeito cogita a possibilidade de apertar, tudo isso importa? Ou pior, será que sequer vai pensar em considerar tudo isso? É válido repetir: Qual o significado de simplesmente cogitar a possibilidade? Mas, suponhamos, o botão foi apertado. O dinheiro foi recebido rapidamente. Qual sensação isso gera? Porque certamente alguém morreu. Por trás da decisão há toda uma condição social de necessidades.

Aliás, será certeza a ideia de1 milhão resolverem sua vida, ou te fazer feliz? Vale pensar em como saber se o botão foi apertado. Há espiões por ai? Sobre a própria morte da vítima. Será rápida e indolor ou dolorosa e demorada? Qual efeito vai gerar na vida dela e nas pessoas ao redor?  Talvez alguns nem chegassem a essas questões éticas. De resto uma questão tecnológica. Uma frase se destaca: “Nenhuma tecnologia é suficiente para distinguir a verdade da magia”. Aparecem grandes tecnologias muito avançadas, portanto, próximas a mágica. No fim, o botão era um teste alienígena para julgar o merecimento da sobrevivência da humanidade. É preciso questionar qual o valor e o que é o ser humano, quando a maioria cogita a possibilidade de apertar, uma minoria não cogita, e uma minoria menor ainda não pressiona o botão.

No caso da negação, a vida tem valor inestimável. Caso contrário tem valor econômico. No caso da hipótese cogitada a maioria simplesmente aperta, sem olhar o lado ético da decisão. Uma minoria analisa essas questões e aperta. Uma minoria menor ainda questiona a ética da decisão e não aperta. Ou seja, em geral a vida tem valor econômico, e não inestimável. No fim a humanidade foi exterminada. Uma última pergunta sobre apertar ou não o botão. E se você fosse um estranho a morrer por ele?

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Escrito por: Rafael Pisani

 

[1]Fonte da sinopse:  http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-caixa-dublado-online.html


Referências:

Disponível em: http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-caixa-dublado-online.html Filmes Online Grátis/ http://www.filmesonlinegratis.net . Data de acesso: 30 de Agosto de 201



Quem roubou a água?

2 de Fevereiro de 2015, 16:51, por Rafael Pisani Ribeiro

   

    Há um clima de tensão pela falta de água em São Paulo e as notícias midiáticas tradicionais tendenciosas. Por isso o tema do mês de Fevereiro será: “Cadê a água?”.

    É preciso analisar a estrutura política democrática. O Brasil possui 26 estados, cada um com seus Municípios. Em termos hierárquicos, o Presidente representa o país, o Governador o Estado, o Prefeito o Município. Nas instâncias de poder existe o1legislativo, executivo e Judiciário. O primeiro cria as leis, o segundo as executa e o terceiro fiscaliza sua execução. Os Deputados Federais, Estaduais e Vereadores representam o legislativo. Portanto, em tese o sistema é perfeito. Leis são criadas, executadas, podendo ser revistas em ato e necessidade.

    Em função disso, o presidente não pode cuidar de tudo. São as esferas federal, estadual e municipal. O presidente sempre tem participação no todo, mas em um estado ou município, governador ou prefeito são os principais responsáveis. O presidente só é o responsável se algo ocorrer no todo mais ou menos simultaneamente ou com intervalos de tempo curtos. O único modelo político em que uma única pessoa é responsável pelo todo é a ditadura, que possui um ditador. Ainda assim na democracia existem jogos de poder criados pelos elementos, mas sua estrutura se mantém. O que se conclui disso?

    Nem tudo é culpa dos partidos unicamente, quaisquer que sejam. Eles são os elementos que disputam o poder, mas não derrubam a lógica da Democracia. E a questão da água? São Paulo2 foi o primeio Estado a ter falta dela. Portanto a responsabilidade (não culpa) é principalmente do Governador, com seu respectivo partido. Só se o problema fosse simultâneo em todo o país seria questão do Presidente e seu respectivo partido. O objetivo não é defender ou criticar partidos específicos, mas analisar a estrutura política. No fim eles podem não ter sido de fato culpados, quem sabe meros participantes.

    Evidentemente uma crise não se apresenta sem antes dar avisos. Mas a necessidade de consumo,3 lucratividade e movimentação da economia impede qualquer tentativa de pensar em uma resolução. Só é problema quando afeta o lucro. E então?

   Ninguém roubou a água, talvez tenha sido uma ideologia que o fez.Chega dessa de sempre culpar o Presidente. Se informe para ter opinião!

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

Referências:

Disponível em: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/vestibular/noticia/2013/07/conheca-as-funcoes-dos-poderes-legislativo-executivo-e-judiciario-e-a-quem-cabe-questoes-que-estao-em-pauta-4194553.html Diário Catarinense/ http://diariocatarinense.clicrbs.com.br Data de acesso: 30 de janeiro de 2015

Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/12/sao-paulo-sofreu-pior-crise-de-agua-de-sua-historia-em-2014 Fernanda Cruz/: http://www.ebc.com.br Data de acesso: 28 de janeiro de 2015

Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2014/11/05/a-crise-hidrica-em-sao-paulo-e-no-sao-francisco-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/ redação/ http://www.ecodebate.com.br Data de acesso: 28 de janeiro de 2015

 

1  Para mais detalhes sobre os três poderes:  http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/vestibular/noticia/2013/07/conheca-as-funcoes-dos-poderes-legislativo-executivo-e-judiciario-e-a-quem-cabe-questoes-que-estao-em-pauta-4194553.html

2Fonte:  http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/12/sao-paulo-sofreu-pior-crise-de-agua-de-sua-historia-em-2014

3Sobre a falta de água e o lucro:  http://www.ecodebate.com.br/2014/11/05/a-crise-hidrica-em-sao-paulo-e-no-sao-francisco-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/



À Procura de uma Identidade Nacional

26 de Junho de 2014, 13:27, por Thiago - 0sem comentários ainda

Brasileiro é como todos os outros povos: é plural. É abuso de representatividade achar que está representando 200 milhões com uma copa do mundo. Deve haver bastante, mas dificilmente a maioria, de brasileiros que não se identificam com o estereótipo de brasileiro que prefere investir em futebol em vez de outras coisas, e não as mesmas de sempre, mas de áreas que estão sempre à margem dos interesses político-econômicos e midiátivos.

Sediar uma Copa do Mundo deveria ter sido bom para o Brasil, mas a FIFA é uma sanguessuga, além dos outros sanguessugas das atenções. Os meios de comunicação distraem o povo em entretenimento vazio. Espero que esta seja uma Copa que torne o brasileiro menos admirado pelo Futebol Assistido. É ótimo que tenha gente gostando de futebol para assistir, eu mesmo curto, mas é realmente maçante ver que nosso país não encontra outra Identidade Nacional para descentralizarmos nossas atenções.

Parece que, se continuarmos distraídos pelo que querem que a gente goste, jamais poderíamos crescer e pegar gosto de outras coisas, como uma nação, como um país. E há muito para termos o que curtir e tirar um pouco as atenções do futebol.

Precisamos de mais algo(s) para atrair a atenção do que besteróis e entretenimento tosco que abala a inteligência do brasileiro. Podemos, sim, continuar a gostar de futebol, mas é tosquíssimo induzir o país a uma "Identidade Nacional" que várias pessoas não se identificam.



Saiba onde encontrar o conteúdo desejado

19 de Maio de 2014, 19:47, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

Semana de inicio 18/05/2014. 

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Mídia e análise de filmes

  1. “Análise de filme: A onda”  Mês de postagem: Abril (April) Página: 4
  2. “Análise de filme: As sessões” Mês de postagem: Abril (April) Página: 6
  3. “Análise de filme: Mulheres perfeitas e o modelo tradicional feminino” Mês de postagem: Abril (April) Página: 7
  4. “Analise filme: jogos vorazes” Mês de postagem: Abril (April) Página: 7
  5. “Análise de filme: Jogos vorazes em chamas” Mês de postagem: Abril (April) Página: 4
  6. A procura da felicidade: a injustiça capitalistaMês de postagem: Março  (March) Página:
  7. “O poder da televisão” Mês de postagem: Março (March)  Página: 3      
  8. “O show das viagens de Truman ” Mês de postagem: Março (March) Página: 2
  9. “Robôs: uma relação Marxista e sociológica” Mês de postagem: Janeiro (January)  Página: 2
  10. “Análise do filme: colegas- a ironia da vida e a visão distorcida da mídia” Mês de postagem: Maio (May) Página: 1    
  11. “Análise de filme- Rango: identidade social do sujeito, água e poder.”  Mês de postagem: Maio (May) Página: 1    


Análise de filme- Rango: identidade social do sujeito, água e poder

19 de Maio de 2014, 8:27, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

O filme inicia com um lagarto preso dentro de um aquário cheio de figuras que o lagarto considerava como amigos, dando a cada um deles um significado apesar de serem simplesmente um peixe, um torso de boneca e uma barata morta, ou seja, objetos. Até que o carro em que se localiza o aquário passa em um asno e o vidro se quebra, dando vazão a um novo mundo.  O filme segue mostrando a autodescoberta do personagem em torno de si mesmo e ao conhecer o mundo. Apesar de ser classificado como um filme infantil possui diálogos complexos inclusive para adultos, passando muitas mensagens importantes. ( Link para assistir ao filme caso não tenha assistido http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-filme-rango-dublado-online.html  caso leia, isso irá aumentar a curiosidade em assistir o filme.)

 

O personagem passa por 4 fases existenciais durante o filme: a vida no aquário, o caminho até a sociedade, a inserção na sociedade e sua libertação.

Fase 1- a vida no aquário: Durante a conversa com o asno ele assim define seu mundo“...tinha armado uma rede social intercomplexa  de amigos muito sofisticados, eu era muito popular”, ou seja, apesar de não ter convivido com nenhum ser vivo até aquele momento produziu um ambiente que o agradasse e desse sentido a vida, mas que aos poucos foi perdendo seu poder e é quando começa a se questionar quem é, que pode ser de um dançarino a um garanhão, e que para ser herói precisa de um evento inusitado e transformador. Nessa hora seu aquário quebra, dando vazão a um novo mundo onde o primeiro contato mostra a falta de água, que era abundante no aquário.  

 

Fase 2- o caminho até a sociedade: O primeiro contato que tem com esse mundo é a falta de água, logo após se encontra com um asno que ao tentar atravessar a estrada teve seu corpo virado pelo carro onde estava o aquário. O Asno é como uma referência de onde ao fim o lagarto vai chegar e  afirma “O caminho do autoconhecimento é cheio de obstáculos”, sendo que mesmo na dificuldade e tendo voltado ao normal o Asno não desiste de atravessar a estrada, ou melhor, chegar ao outro lado. O lagarto é um animal totalmente domesticado e na batalha do Lagarto e o sapo contra a águia a ideia de individualmente somos fracos, mas juntos somos fortes aparece claramente. Essa fase termina quando ele encontra com a primeira pessoa civilizada, Feijão e uma água que seca rapidamente no deserto.

 

Fase 3- a inserção na sociedade: Se inicia com o encontro com Feijão. Ela pergunta retóricamente a ele “quem é você?” e ele ainda não tem resposta alguma, ou seja, falta de identidade. Ele aos poucos vai inventando fatos para se definir, dito que não tinha experiência alguma para tal. O fato de um porco guiar a carroça mostra também o uso de animais na sociedade, nada diferente da nossa não? Já na cidade começa a criar uma identidade imitando o andar de outras pessoas e dá uma forma nela quando cria uma série de histórias e se denomina Rango, nome encontrado na marca  do suco de cacto, porque até esse momento não tinha identidade alguma, em outras palavras, seu nome é o de uma marca. Coincidentemente as histórias que conta vão se tornando verdade e a partir desse ponto se torna xerife  e consegue descobrir uma extensa rede de corrupção e poder, afetando o povo, representada pelo prefeito. O bar está cheio de cidadãos afogando suas mágoas, havendo inclusive a cobrança de hipoteca por terras. A cena no banco mostra uma mãe pobre tendo pouco para dar de estudo aos filhos, a falta de água no banco, enfim temos na cidade o prefeito representando oficialmente a lei e a corrupção por trás com seus comparsas, Jake cascavel o bandido, a águia o herói/vilão temido, Rango o herói social, o espírito do Oeste deus e a civilização, a quadrilha como os marginalizados, Feijão o símbolo da reforma agrária, mas principalmente a água como o bem social maior.

 

Fase 4- a libertação: Aqui ele reconhece quem é, sabe como ir atrás de seu objetivo e como alcançá-lo. Desarma a corrupção do prefeito, descobre  que a falta de água para a sociedade é por ela estar sendo usada na agricultura e que com a ajuda do espírito da civilização, ou melhor o espírito do oeste é que descobriu isso. Existe também uma referencia aos antigos nativos americanos representado pelo velho índio da cidade. A conclusão sobre a água ao fim não é só que é importante para a saúde, mas que representa poder e em algum momento ela irá tomar esse papel em nossa sociedade. Curiosamente quando a água aparece a cidade muda o nome de “poeira” para “lama”, porque será?

 

Conclusão

 

Dada a análise anterior, mais como uma apresentação do filme do que como conclusão muitas coisas se tornam claras. É óbvio que se você não assistiu ao filme muitas coisas não estão claras, ainda assim vamos à frente. Temos na fase da vida no aquário um sujeito sem identidade e referência alguma para tê-la que por um evento inusitado cai em um mundo novo, onde “tem de chegar ao outro lado”, encontrando um primeiro objetivo que é achar água, mas que passa pela sociedade e é um sujeito que se sente guiado pelo espírito do oeste, ou melhor, o espírito da civilização. Lá ele se torna o herói do cidadão, mesmo que simultaneamente engane a si mesmo e a outros com a pura coincidência de tudo dar certo. Já na cidade temos várias representações sociais, entre elas o prefeito representando oficialmente a lei e a corrupção por trás com seus comparsas, Jake cascavel o bandido, a águia o herói/vilão temido, Rango o herói social, o espírito do Oeste deus e a civilização, a quadrilha como os marginalizados, Feijão o símbolo da reforma agrária, mas principalmente a água como o bem social maior.

 Nesse âmbito de relações há vários conflitos, isto é, o prefeito aparece oficialmente como um bem feitor pela visão dos cidadãos, mas por outro lado é quase um causador dos problemas dos cidadãos, e por meio de seus capangas cobra hipoteca das terras que antes eram de outros e foram “vendidas” a ele, ou seja, no fim é um corrupto e bandido. Seu caminho é sempre atrapalhado por Feijão que representa o movimento da reforma agrária e é a única a resistir a vender seu terreno apesar das dificuldades, junto a Jake cascavel que representa o bandido visto através da visão oficial e curiosamente é uma cobra. Rango que apesar de não intencionalmente descobre toda a farsa e o desmascara, tornando Jake Cascavel quase um herói já que ao final ele o salvou da morte pela arma do prefeito.

 

Existem também os marginalizados, que roubam o banco e causam grande confusão, possuindo uma população infinitamente maior que a da cidade, ou seja, os moradores das favelas. Tudo isso por trás de um tema: onde está a água? A resposta vem e é impressionante, as árvores passam a andar, a natureza a se comunicar e mostram a Rango onde ela está. Ela é a responsável por dar a fonte do ritual da quarta feira aos cidadãos e o prefeito por ser o chefe do ritual. Ao mesmo tempo Rango e Jake cascavel se tornam lendas, e lendas são naturalmente exageradas, tanto é que Jake poderia ter matado Rango facilmente, mas a imagem que ele criou não o permitiu. Jake matar o velho nativo americano pode significar o fim daquela cultura. Não dá para esquecer do velho Asno, que representa onde Rango deveria chegar, enfim toda essa relação gerou um grande mal estar social a qual uma boa educação poderia evitar, mas com um povo sem conhecimento o resultado é exatamente esse. O outro lado onde o Asno queria chegar era onde a água se encontrava,  ou seja, conhecimento.

 

Para finalizar o filme faz jus a fala inicial do asno “Conhecimento, não somos nada sem isso” e a fala inicial do prefeito “Quem controla água, controla qualquer coisa”. O poder na sociedade do filme veio da água, todos os conflitos e problemas se originaram pela sua falta, o que gerou o fato de a água ser moeda de troca. Onde a água foi parar? Na civilização, e foi justamente encontrada com a ajuda do espírito do oeste, representante da civilização. Apesar das tentativas do filme de mostrar tais cenas de forma cômica e ser um filme de classificação infantil cheio de diálogos complexos nele não há nada de infantil, simplesmente que há algo errado com essa suposta falta de água no mundo, o que tal falta pode causar e como a falta de conhecimento pode afetar a população. Até o nome “Rango” veio de uma marca, mostrando até que ponto as marcas nos influenciam. O diálogo com o Espírito do Oeste diz a Rango “Hoje em dia se inventa nome para tudo, são as ações que fazem o homem” e “Ninguém pode fugir da sua própria história”. Quem é o espírito do Oeste? Simplesmente  um homem com um carrinho de Golfe e vários troféus. Basicamente, o filme diz que ao seguirmos a civilização vamos chegar a falta de água, ou melhor, distribuição injusta. De infantil de fato não há nada nesse filme.

 

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 Escrito por: Rafael Pisani