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Revista Espírito Livre

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 1 person following this article.
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EUA ameaçam países que ajudarem Snowden

25 de Junho de 2013, 14:22, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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Em artigo publicado ontem no jornal La Jornada, David Brooks diz que “o homem mais procurado do mundo desapareceu como fumaça depois de voar de Hong Kong para Moscou, em um episódio em que vários países ‘aliados’ decidiram desobedecer as ordens de Washington e em que o grande aparato de espionagem estadunidense aparentemente não funcionou para evitar o que é, até o momento, a grande fuga de Edward Snowden.

De acordo com o jornal mexicano, além dos governos de Hong Kong, China, Russia e Equador, há indícios de que outros países poderiam se recusar a entregar Snowden – perseguido por revelar programas de espionagem de comunicações privadas de milhões de civis, dentro e fora dos Estados Unidos.

Em sua primeira referência ao assunto, diz o La Jornada, o presidente Barack Obama respondeu brevemente a perguntas durante uma reunião sobre a reforma migratória, afirmando que todos os canais legais estão sendo acionados e que os EUA estão trabalhando junto a vários países “para assegurar a aplicação da lei”. De acordo com Brooks, o presidente estadunidense se referia a uma intensa pressão diplomática que tem sido frustrada a cada passo, e considerada por analistas e legisladores como “vergonhosa” e um revés para Obama.

A reportagem revela que o secretário de Estado John Kerry disse que Snowden é acusado de três atos graves de espionagem, e que a Rússia deveria entregá-lo aos EUA. Kerry mencionou possíveis “consequências” caso isso não aconteça. Sobre Hong Kong, o secretário afirmou que “seria profundamente preocupante se eles receberam notificaçáo adequada e decidiram ignorar, o que seria desrespeitar as normas”.

Washingto, conta o jornal mexicano, advertiu os países latinoamericanos que não permitam a passagem de Snowden. Fala-se que o aviso foi dirigido a Cuba, Venezuela e Equador. O chancelar do Equador, Ricardo Patiño, revelou que seu país está avaliando um pedido de asilo, o qual diz respeito a “liberdade de expressão e segurança de cadadãos ao redor do mundo”. Patiño leu uma suposta declaração de Snowden, na qual comparava sua situação ao soldado Bradley Manning, que passou documentos secretos ao WikiLeaks e agora está diante de uma corte marcial acusado de “ajudar o inimigo”.

Julian Assange, em uma teleconferência com veículos de comunicação, ontem, afirmou que Snowden “não é um traidor, não é um espião”. É um “whistleblower” — literalmente, alguém que sopra em um apito, referindo-se a pessoas que divulgam ao público informações sobre abusos ou violações de autoria de autoridades. O fundador do WikiLeaks confirmou que está dando apoio legal e financeiro a Snowden e que foi solicitado asilo a vários países, além do Equador. Funcionários da islândia confirmaram que receberam o pedido formal mas que o processo não pode ser iniciado sem que Snowden esteja no país.

para o Equador, analisa o La Jornada, oferecer refúgio a Snowden poderia gerar consequências econômicas se Washington decidir modificar acordos comerciais com Quito. Na semana passada, Cuba e EUA negociavam o reinício do serviço postal direto e marcaram uma reunião sobre migração para meados de julho. Em relação à Venezuela, foi marcado um encontro entre o seecretário de estado Kerry e o chanceles Elías Jaua, para estudar o restabelecimento de representações diplomáticas e envio de embaixadores às respectivas capitais.

Com informações de ARede.



Marco Civil da Internet pode entrar na pauta das manifestações

25 de Junho de 2013, 14:22, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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A aprovação do Marco Civil da Internet pode entrar na pauta de reivindicações das manifestações populares que movimentam o país nas últimas duas semanas. É o que pretendem os organizadores da assembleia popular temática “Democracia na Mídia”, marcada para as 19 horas de terça-feira (25), no vão livre do Masp, em São Paulo.

Sem uma instituição autora definida, a mobilização para o movimento acontece no Facebook e já tem mais de mil confirmações de presença. No cartaz, os debates propostos são de “como enfrentar os monopólios da mídia” e “como garantir a liberdade na internet”. No texto, os organizadores destacam que a cobertura das manifestações “mostrou que a velha mídia está mais caduca do que nunca, mas que ainda tem um grande poder. A mídia tradicional no Brasil é concentrada, nada plural e nada diversa. Muitas vezes ela se comporta como um partido político, tentando dar a pauta e organizar os setores mais conservadores”.

Em outro ponto, os organizadores assinalam que a internet “tem sido o espaço arejado de diálogo e organização, mas o acesso à rede ainda é limitado a 40% das residências, com um serviço péssimo das empresas de telecomunicações, que ainda querem acabar com a neutralidade da rede”. E denunciam que “as grandes corporações que atuam na rede faturam bilhões sobre a violação de privacidade dos usuários, e vários governos usam essas informações para controlar os cidadãos”.

Banda larga
A Casa Civil adiou para julho a reunião que aconteceria nesta terça-feira (25) com os integrantes da campanha “Banda Larga é Um Direito Seu!”, alegando negociações com lideres dos protestos que acontecem em todo o Brasil. As organizações que sustentam a campanha defendem que o serviço de banda larga deve ser prestado em regime público. E alertam que as atuais manifestações, que são convocadas pela internet, poderão ser prejudicadas se as empresas decidirem limitar o tráfego na web, porque não existe ainda garantias de neutralidade de rede, um dos pontos mais polêmicos da proposta do Marco Civil da Internet.

Com informações de Tele.Síntese.



Europa lança novas regras para dados perdidos ou roubados na internet

25 de Junho de 2013, 14:22, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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A Comissão Europeia divulgou hoje novas regras para operadoras de telecomunicações e provedores de serviços de internet (ISPs) sobre o que devem fazer caso os dados de seus clientes sejam perdidos, roubados ou comprometidos. Esta é a primeira resposta da Europa após a denúncia de que a agência de segurança estadunidense mantinha um sistema que quebrava os dados de todos os usuários de internet.

As operadoras e os provedores terão que manter um banco de dados de seus clientes, com nome, endereço, detalhes sobre conta bancária além das informações sobre ligações e websites visitados. As empresas terão que informar às autoridades competentes de cada país no prazo de 24 horas quando detectarem a invasão dos dados e maximizar o seu confinamento. Se não conseguirem nesse período, devem fornecer um número mínimo de informações e como vão resolver o problema. Deverão manter formatos padrões e estimuladas a usar dados encriptados.

Com informações de Tele.Síntese.



Preferência open source é anulada no guia de Governo do Reino Unido

25 de Junho de 2013, 14:22, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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O governo do Reino Unido eliminou sua preferência por código aberto no seu documento “Government Service Design Manual“, publicado em março deste ano de 2013. As alterações foram feitas silenciosamente no manual, removendo uma declaração dizendo que o código aberto era uma escolha preferencial de sistemas operacionais, software de rede, servidores web, bancos de dados e linguagens de programação, substituindo tudo isso por uma nova seção: “Level playing field“. Nesta seção lê-se:

“Com o crescimento do software livre/de código aberto, muitos produtos de alta qualidade (banco de dados, sistemas operacionais, linguagens de programação, ferramentas de desenvolvimento, etc) estão livremente disponíveis para o governo a seus fornecedores para uso e melhoria. Porém, um grande mercado ainda existe para produtos de software comercial, e a disponibilidade do software de código aberto não significa automaticamente que você não pode escolher uma tecnologia proprietária se a mesma se encaixa em suas necessidades”.

Liam Maxwell, CTO do governo, contou a Computer Weekly que a mudança foi feita para refletir uma revisão das prioridades que move a criação de mercados competitivos à tona. A única concessão ao código aberto dada no documento está no parágrafo que se segue, onde se diz que haverá uma preferência para o código aberto quando um software com funcionalidade idêntica esteja sendo comparado. Esse é um mero eco da política do passado que foi facilmente usada por fornecedores de software proprietário introduzindo diferenciações cosméticas.

A mudança fez com que seja muito menos provável que o uso extensivo do código aberto já em andamento no site web Gov.uk refletirá em outros projetos de TI do governo, onde existe menor uso de código aberto e onde tem sido descrito como uma “oligarquia” de grandes fornecedores proprietários de TI que dominam esses setores. Se as diretrizes do governo com relação aos padrões abertos sobreviverão ao lobyy dessas “oligarquias”, isto ainda precisa ser analisado.

Com informações de The H Online.



Zero por cento de segurança

24 de Junho de 2013, 14:16, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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“Não é possível ter, ao mesmo tempo, 100% de segurança e 100% de privacidade com inconveniência zero.”

Com essa frase, digna do cinismo mais patético, o presidente Barack Obama tentou justificar o fato de seu país ter se transformado em um verdadeiro ciber-Estado policial.

Graças à imprensa, descobrimos que o governo norte-americano usa o dinheiro dos contribuintes para espionar suas próprias vidas, por meio do monitoramento contínuo de ligações telefônicas e atividades na internet. Mas eles podem ficar tranquilo, pois, como disse Barack, “não vemos o conteúdo das ligações, só a duração e os números”. Esta é a sua maneira de glosar o slogan preferido de Bill Clinton: “Fumei, mas não traguei”.

Julian Assange, o mais conhecido preso político das ditas democracias liberais, já havia advertido: “A internet, nossa maior ferramenta de emancipação, está sendo transformada no mais perigoso facilitador do totalitaris- mo que já vimos”.

Com a invenção do fantasma da ameaça terrorista permanente, os Estados democráticos encontraram, enfim, uma justificativa para agirem, de fato, como Estados totalitários, fazendo a Stasi [polícia secreta da antiga Alemanha Oriental], com suas técnicas grosseiras de vigilância, parecer uma brincadeira de criança.

Submissão voluntária

Ninguém precisa grampear seu telefone ou colocar um espião na sua cola quando tudo o que você escreve alegremente no Facebook acaba, necessariamente, nas mãos de um iluminado da Agência de Segurança Nacional (NSA).

Eu mesmo tenho uma ideia: por que não colocar câmeras de observação nas televisões, em vez de só se focar nos telefones e na internet? George Orwell já demonstrou como essa técnica pode ser eficaz.

Mas a boa questão levantada pela frase de Obama é a seguinte: afinal, de onde veio a ideia demente de que precisamos de 100% de segurança?

Nunca nos livraremos de jovens desajustados que montam bombas caseiras ou fanáticos empunhando machadinha. Não há absolutamente nada que possamos fazer para evitar isso. Podemos minorar a letalidade dessas pessoas controlando a circulação de armas, e só.

O verdadeiro problema é termos chegado à situação de todo um país entrar em pânico quando se associa um crime comum à palavra “terrorismo”. Pois, ao tentar realizar o sonho dos 100% de segurança, como se nossa utopia social fosse um paraíso de condomínio fechado, acabamos por acordar no pesadelo de um Estado que vira, ele sim, a fonte da pior das inseguranças.

A insegurança da submissão voluntária ao controle contínuo de alguém que reforça sua autoridade alimentando-se de nossos medos. A insegurança do fim da vida privada.

Com informações de Observatório da Imprensa.