Internet cresce mais entre pobres
21 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários aindaO avanço da renda, do emprego e da escolaridade nos últimos anos proporcionou um salto no acesso à internet entre os brasileiros mais pobres. Habitantes de Norte e Nordeste e famílias com renda per capita inferior a um quarto do salário mínimo experimentaram acelerada inclusão digital entre 2005 e 2011, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2011, do IBGE. Nessa faixa de renda, um em cada cinco lares já tem acesso à rede. O número de alunos da rede pública conectados subiu 156%, atingindo dois terços do grupo. Mas essa população permanece maioria entre os excluídos digitais.
O acesso à internet no Brasil subiu de 20,9% a 46,5% no período entre a população com mais de 10 anos, chegando a 77,7 milhões. Mas foi no Norte e no Nordeste que ele mais avançou, superando um terço da população pela primeira vez. No Nordeste, a fatia de internautas subiu de 11,9% para 34%. No Norte, cresceu de 11,7% para 35,4%. O Sudeste lidera com 54,4%, contra 26,2% em 2005.
Entre os estados, o maior destaque foi Alagoas, que quintuplicou seus internautas, para 903 mil. Mas a penetração lá é só de 34,3%, a quinta menor. Roraima expandiu em 346%, saindo da 20ª para a nona posição, com 48,1% da população incluída. Mas estados dessas regiões continuam na lanterna, sendo os piores Piauí (24,2%) e Maranhão (24,1%). Outro problema é a qualidade da conexão.
– Acesso à internet é uma coisa, qualidade é outra. As empresas oferecem às vezes apenas 20% da banda larga que o cliente contrata, o que impede o brasileiro de fazer um uso melhor da rede. Fica difícil, por exemplo, frequentar cursos à distância e acessar conteúdos mais sofisticados – observou José Carlos Cavalcanti, professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Rodrigo Baggio, do Comitê para Democratização da Informática (CDI), lembrou que é preciso dar um outro passo:
– O crescimento foi importante, mas não mensura o que o brasileiro acessa. Só daremos um salto mesmo quando os internautas começarem a usar o meio para disseminar conteúdo relevante.
No ensino médio, um terço excluído
Entre estudantes da rede pública, a penetração da internet saltou de menos de um quarto, em 2005, para 65,8% em 2011. Foram 11,7 milhões de estudantes incluídos. No Grande Rio, a taxa é maior: 78,7% desses alunos são internautas.
Aluna da Escola Estadual Erich Walter Hein, em Santa Cruz, Ana Beatriz Sant’anna se tornou internauta quando ganhou seu primeiro computador, em 2007. Antes, só acessava ocasionalmente, quando o avô a levava a lan houses.
– Hoje eu fico conectada o tempo todo, tenho laptop e iPhone – conta Ana Beatriz, que tem 15 anos.
Prova de que inclusão digital acompanha renda, entre alunos da rede privada o acesso é universal, atingindo 96,2%.
A rede se popularizou com força também entre aqueles com menos de quatro anos de estudo, com a taxa saindo de 2,5% e atingindo 11,8%. Os que mais acessam têm diploma de nível médio, com 90,2%. Apesar disso, 28,5% dos que estão no ensino médio ou o deixaram incompleto não navegam na rede.
– Isso diz muito sobre a qualidade do ensino – afirmou Cimar Azeredo, um dos coordenadores do IBGE.
Os pobres são os que menos acessam a rede, mas a adesão entre eles cresce rápido. Nos domicílios com renda mensal per capita abaixo de um quarto do salário mínimo, a inclusão cresceu de 3,8% para 21,4%.
Os mais velhos também estão cada vez mais conectados. O acesso daqueles com mais de 50 anos saltou de 7,3% para 18,4%. A aposentada Maria dos Anjos estreou na rede esta semana, aos 66 anos. A viúva, que se viu sozinha quando a filha se casou, busca na rede uma companhia. Uma vizinha recomendou curso de alfabetização digital do Proderj:
– Já entrei no Google. Mas ainda cato milho e não me entendo com o mouse!
Mas os jovens dominam: o grupo com maior inserção é de 15 a 17 anos (74,1%).
O estudo descobriu que, em 2011, pela primeira vez o percentual de mulheres que tinham celular passou o de homens: 69,5% delas possuíam o aparelho, contra 68,7% dos homens.
Com informações do Observatório de Imprensa.
STJ entende que cabe indenização de provedor ao manter material plagiado na internet
21 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários aindaProvedor de conteúdo que não retira material plagiado do ar imediatamente após ser notificado do fato também responde pelos danos causados por violação a direitos autorais. O entendimento foi confirmado pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento do pedido da empresa Google Brasil para que fosse reconhecida a ausência de seu dever de indenizar.
No caso em questão, a Sette Informações Educacionais Ltda. identificou que material didático de sua propriedade estava sendo utilizado sem autorização em blogs hospedados no serviço oferecido pela Google e notificou o provedor, pedindo que o conteúdo fosse retirado do ar. Porém, a exclusão só aconteceu após a intimação judicial.
A ação de indenização foi julgada procedente pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e a empresa recorreu da decisão ao STJ, alegando que não pode ser responsabilizada por atos de usuários da internet e solicitando a redução do valor da indenização determinada na decisão mineira, de R$ 12 mil.
Solidariedade
O relator, ministro Sidnei Beneti, em decisão monocrática, negou seguimento ao recurso. Citou precedentes da Corte, nos quais está claro que “o provedor não responde objetivamente pelo conteúdo inserido pelo usuário em sítio eletrônico, por não se tratar de risco inerente à sua atividade. Está obrigado, no entanto, a retirar imediatamente o conteúdo moralmente ofensivo, sob pena de responder solidariamente com o autor direto do dano”.
Segundo o ministro, para que o acórdão do TJMG fosse desconstituído, seria necessária uma nova análise das provas, o que é vedado pela Súmula 7. Quanto à redução da indenização, o STJ só discutirá o pedido “quando o valor for teratológico, isto é, de tal forma elevado que se considere ostensivamente exorbitante, ou a tal ponto ínfimo que, em si, objetivamente deponha contra a dignidade do ofendido”. O que não é o caso, entendeu o relator.
A empresa tentou reverter a decisão do relator por meio de agravo regimental, mas a Terceira Turma acompanhou o entendimento do ministro Beneti e manteve a indenização determinada pelo TJMG. A Google entrou com embargos de declaração, que ainda serão analisados.
Com informações de Tele.Síntese.
Prefeitura de SP fecha 31 telecentros por irregularidades
21 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários aindaA prefeitura de São Paulo encerrou as atividades de 31 telecentros desde janeiro. Segundo representantes da Coordenadoria de Inclusão Digital (CID), ligada à Secretaria de Serviços, havia irregularidades na prestação de contas e na documentação.
“Existe uma legislação dentro do município que diz quais são os documentos necessários para o telecentro funcionar, e que tem que ter prestação de contas mensal. Se deixar de apresentar um documento, então mandamos para a assessoria jurídica, que faz uma análise. Quando julgam por bem, concedem 30 dias de prazo para regularização. Os telecentros, não conseguindo atender as exigências, são desligados”, diz Elaine Cristina de Souza Rocha, coordenadora da CID.
Segundo a CID, ao contrário do que informou nesta segunda-feira (20) o jornal O Estado de S. Paulo, não foi identificado neste ano nenhum telecentro fantasma. Identificou-se, sim, uma organização que matinha dois telecentros funcionando regularmente em um mesmo endereço.
A coordenadoria afirma também que o Idort não faz repasses financeiros aos telecentros conveniados, diferentemente do que escreve o periódico. “O papel da empresa é de capacitação dos gestores e monitores”, afirma Elaine. Hoje existem em São Paulo 334 telecentros, geridos por 157 organizações conveniadas à prefeitura, que faz os repasses de R$ 15 mil para reforma e de R$ 1560 mensais diretamente às organizações responsáveis pelas unidades.
Com informações de ARede.
Senado norte-americano acusa Apple de sonegar impostos. CEO da empresa nega
21 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários aindaO Senado norte-americano, por intermédio da subcomissão Permanente de Investigações, divulgou nesta segunda (20) um relatório acusando a maior fabricante norte-americana, a Apple, de sonegar bilhões de dólares em impostos, com a abertura de filiais em diferentes países, principalmente na Irlanda de maneira irregular, para não recolher os impostos devidos ao governo norte-americano. Hoje, o CEO da Apple, Tim Cook, depôs na mesma comissão e negou que a empresa se utilize de filias externas para sonegar impostos. “A Apple tornou-se a maior pagadora de imposto de renda nos Estados Unidos. Pagamos todos os impostos. Cada dólar”. Nós não escondemos dinheiro no Caribe”, afirmou.
A denúncia
Segundo o relatório do Senado, a Apple criou pelo menos três subsidiárias estrangerias “não residentes”, em uma rede complexa de entidades não sujeitas à regulamentação de qualquer nação, para evitar o pagamento dos impostos. Empresas conhecidas como “empresas de fachada”. Uma das subsidiárias montadas pela Apple não pagou nenhum imposto sobre rendimento corporativo para país algum nos últimos cinco anos, apesar de ter informado 30 bilhões de dólares em rendimento líquido de 2009 a 2012, segundo o relatório. Outra subsidiária pagou uma taxa de imposto para a Irlanda correspondente a um décimo de 1% ou menos do que isso em 2009, 2010 e 2011, muito abaixo da taxa para impostos corporativos na Irlanda de 12%, de acordo com o documento do subcomitê. (Da redação, com agências internacionais).
Com informações de Tele.Síntese.
Arduino lança placa WiFi e plataforma robótica prontas para uso
21 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários aindaA Arduino anunciou no último final de semana uma nova família de placas de desenvolvimento, bem como a primeira plataforma robótica completa, durante o evento “Maker Faire Bay Area”, na Califórnia. O Arduino Yún é o primeiro lançamento de uma nova linha de placas de habilitadas para WiFi e é baseado no Arduino Leonardo juntamente com uma placa WiFi embutida executando uma variante MIPS do Linux. O Arduino Robot é a primeira plataforma robótica da empresa, totalmente funcional e que consiste de duas placas conectadas por um cabo e equipadas com motores, rodas e sensores em um design circular que é uma reminiscência do Roomba. O projeto também possui uma tela LCD a cores, slot para cartão microSD, uma bússola, LEDs e elementos de controle.
O Arduino Robot ostenta cerca de 19 cm de diâmetro por 10 cm de altura e possui um processador em cada uma das duas placas. A placa inferior controla motores da plataforma, enquanto a metade superior é responsável pelo processamento de informações do sensor e pela direção do robô. Ambas as placas são baseadas no chip ATmega32u4 da Atmel. O dispositivo pode ser programado através de uma interface USB, similar ao Arduino Leonardo. O sistema foi desenvolvido em colaboração com os fabricantes de robótica Complubot e estava à venda na Maker Faire por 275 dólares americanos; estará disponível para o público em geral através de distribuidores Arduino no início de julho.
O Arduino Yún usa a mesma plataforma ATmega32u4 que o Robot, basicamente um clássico Arduino Leonardo, mas o combina com um sistema em chip Atheros AR9331 executando Linino, uma versão customizada do OpenWRT. O sistema em chip construído em WiFi é totalmente suportado no Linino, que também implementa um pacote de assinatura para autenticar os pacotes instalados no sistema. Desenvolvido em conjunto com a empresa de automação Dog Hunter, o Yún pode ser programado através de uma interface USB ou via WiFi. A parceria da Arduino com a Temboo permite que os usuários do dispositivo acessem mais de 100 APIs para serviços como Twitter, Facebook, PayPal e FedEx através de uma única interface baseada em nuvem. A placa estará disponível por 69 dólares americanos (mais impostos) a partir do final de junho.
Com informações de The H Online