Mozilla planeja melhorar código de software científico
September 26, 2013 1:12 - no comments yetA Mozilla recentemente anunciou que tem a intenção de descobrir se um processo de revisão podeira contribuir para o melhoramento da qualidade de software voltado para a pesquisa científica, utilizado em uma verdadeira miríade de campos na atualidade, desde a ecologia e biologia, passando por química, física, geologia, até ciências sociais. Em um experimento sendo executado pelo Mozilla Science Lab, engenheiros de software revisaram algumas partes selecionadas de código apresentados em artigos científicos voltados para a área de biologia computacional. Os revisores avaliaram trechos de código de no máximo 200 linhas que foram incluídos nos artigos e os escreveram em várias linguagens de programação como R, Python e Perl.
Os engenheiros da Mozilla discutiram seus achados junto aos autores dos artigos analisados, que agora podem escolher o que fazer com as experiências, incluindo a permissão de apresentar os resultados. Porém, alguns pesquisadores disseram que ter seus códigos revisados pode ser um tiro saindo pela culatra. “Uma preocupação que eu tenho é que, com revisões como essa, os cientistas ficarão bem mais desencorajados de publicar seus códigos”, afirmou Roger Peng, um bioestatístico junto a instituição Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, em Baltimore, Maryland. E completou: “Nós precisamos pegar mais código, e não melhorar como ele se apresenta”.
Porém, se a Mozilla quiser continuar a investir nessa linha de atuação, terá muita dor de cabeça. Acredite se quiser: o desenvolvimento de software no meio científico parece visar apenas o lucro. Com o que se anuncia nos artigos científicos, dificilmente se consegue criar um software funcional. E se a ideia possui potencial comercial, os códigos são criados e normalmente normalmente fechados, vendidos por preços exorbitantes (quanto mais exclusivo seu software, o céu é o limite no quesito preço) em licenças temporais (normalmente anual). Assim sendo, nunca seira de interesse desses grupos, de melhorar seus códigos de forma colaborativa. E se você é pesquisador e está descontente com a situação, a única maneira de tentar romper com esse ciclo vicioso seria quebrar de vez esse mercado monopolista, criando software científico de qualidade, livre e aberto. O que acham?
Com informações de Slashdot e Under-Linux.
Mozilla planeja melhorar código de software científico
September 26, 2013 1:12 - no comments yetA Mozilla recentemente anunciou que tem a intenção de descobrir se um processo de revisão podeira contribuir para o melhoramento da qualidade de software voltado para a pesquisa científica, utilizado em uma verdadeira miríade de campos na atualidade, desde a ecologia e biologia, passando por química, física, geologia, até ciências sociais. Em um experimento sendo executado pelo Mozilla Science Lab, engenheiros de software revisaram algumas partes selecionadas de código apresentados em artigos científicos voltados para a área de biologia computacional. Os revisores avaliaram trechos de código de no máximo 200 linhas que foram incluídos nos artigos e os escreveram em várias linguagens de programação como R, Python e Perl.
Os engenheiros da Mozilla discutiram seus achados junto aos autores dos artigos analisados, que agora podem escolher o que fazer com as experiências, incluindo a permissão de apresentar os resultados. Porém, alguns pesquisadores disseram que ter seus códigos revisados pode ser um tiro saindo pela culatra. “Uma preocupação que eu tenho é que, com revisões como essa, os cientistas ficarão bem mais desencorajados de publicar seus códigos”, afirmou Roger Peng, um bioestatístico junto a instituição Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, em Baltimore, Maryland. E completou: “Nós precisamos pegar mais código, e não melhorar como ele se apresenta”.
Porém, se a Mozilla quiser continuar a investir nessa linha de atuação, terá muita dor de cabeça. Acredite se quiser: o desenvolvimento de software no meio científico parece visar apenas o lucro. Com o que se anuncia nos artigos científicos, dificilmente se consegue criar um software funcional. E se a ideia possui potencial comercial, os códigos são criados e normalmente normalmente fechados, vendidos por preços exorbitantes (quanto mais exclusivo seu software, o céu é o limite no quesito preço) em licenças temporais (normalmente anual). Assim sendo, nunca seira de interesse desses grupos, de melhorar seus códigos de forma colaborativa. E se você é pesquisador e está descontente com a situação, a única maneira de tentar romper com esse ciclo vicioso seria quebrar de vez esse mercado monopolista, criando software científico de qualidade, livre e aberto. O que acham?
Com informações de Slashdot e Under-Linux.
Presidente do Brasil critica os EUA e propõe marco civil para a internet na ONU
September 25, 2013 13:12 - no comments yetA presidenta Dilma Rousseff propôs hoje, ao abrir a 68ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet na proteção de dados. Segundo ela, a espionagem dos Estados Unidos – a cidadãos, ao governo e a empresas brasileiras – transcende o relacionamento entre os países, afeta a comunidade internacional e exige uma resposta.
“As tecnologias de telecomunicação e informação não podem ser um novo campo de batalha entre os Estados. Este é o momento de criarmos as condições para evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra o sistema e infraestrutura de outros países”, disse Dilma. “A ONU deve desempenhar um papel de liderança no esforço de regular o comportamento dos Estados ante essas tecnologias e a importância da internet para a construção da democracia no mundo.”
Dilma disse que a revelações das atividades de espionagem provocaram indignação e repúdio na opinião pública mundial, com destaque para o Brasil, que foi alvo, incluindo informações empresariais de alto valor econômico estratégico. Dilma ressaltou que uma soberania não se pode firmar em detrimento de outra. “Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos e fundamentais dos cidadãos de outro país. Pior ainda quando empresas privadas estão sustentando essa espionagem”, disse. Segundo ela, os argumentos de que a interceptação ilegal de informações e dados destinam-se a proteger as nações contra o terrorismo não se sustentam.
Antes do início da sessão, Dilma se reuniu com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ele e John Ashe, presidente desta sessão da Assembleia Geral da ONU, abriram o evento antes do discurso de Dilma. A tradição de o primeiro orador na Assembleia Geral da ONU ser um brasileiro surgiu a partir de Oswaldo Aranha, então chefe da delegação do Brasil, que abriu a primeira sessão especial em 1947.
Dilma chegou ontem às 6h55 a Nova York. À noite, ela teve duas reuniões no hotel onde está hospedada. Uma com o ex-presidente norte-americano Bill Clinton e outra com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner.
Dilma ainda participa da primeira reunião do Fórum de Alto Nível de Desenvolvimento Sustentável, que reunirá, a partir desta sessão, ministros de Meio Ambiente anualmente e chefes de Estado a cada quadriênio. A meta é implementar as metas estabelecidas no documento final da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, intitulado ‘O Futuro Que Queremos’. Os países se comprometeram, durante a conferência do Rio de janeiro, em 2012, a definir objetivos concretos e mensuráveis para a eliminação da pobreza e da fome no mundo com desenvolvimento sustentável.
Com informações de Adital.
O sistema de Internet dos Brics poderia pôr fim a uma Rede dominada pelos EUA
September 25, 2013 13:12 - no comments yetChama-se Brics Cable e se apresenta como uma infraestrutura alternativa em um mundo que se encontra em meio a importantes desafios econômicos. Pois, atualmente, os países Brics estão conectados entre si através de centros de telecomunicações situados na Europa e nos Estados Unidos, o que supõe custos elevados.
Trata-se de um sistema formado por cabos de fibra ótica de 34.000 quilômetros de longitude, com uma capacidade de 12,8 terabits por segundo, que unirá a Rússia, a China, a Índia, a África do Sul e o Brasil (ou seja, os Brics), com os EUA. Sua finalidade será garantir a milhões de pessoas um acesso a Internet fácil e barato.
Oferecerá também acesso imediato dos países do bloco a 21 países africanos e permitirá que essas nações tenham acesso às economias dos Brics.
As etapas de planejamento e factibilidade começaram em março de 2011, poucos meses depois da admissão da África do Sul no bloco econômico; e se estima que o sistema entrará em funcionamento a partir do segundo semestre de 2014.
“O público em geral não conhece boa parte do plano dos Brics. No entanto, é muito real e extremamente eficaz”, afirma a página web Planet Infowars, que afirma que investidores de todo o mundo já demonstraram interesse nesse projeto sem precedentes.
Após a divulgação de que a NSA (EUA) interceptou comunicações de latino-americanos, espionou a petroleira brasileira Petrobras e aos cidadãos que confiaram seus dados pessoais a companhias como Facebook e Google, a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, ordenou uma série de medidas para combater a espionagem dos EUA. Iniciativas que se somariam a dessa nova infraestrutura.
Um vídeo (em inglês) publicado na página web de Brics Cable explica detalhadamente esse novo sistema.
Com informações de Adital.
Guerra cibernética e soberania
September 25, 2013 13:12 - no comments yetA guerra cibernética é a “guerra do futuro”, como bem alertou o ministro da Defesa, Celso Amorim. Pode-se dizer, aliás, que é a guerra do presente – basta lembrar que hackers de Estados Unidos, China, Rússia, Israel e Irã, entre outros, já há algum tempo travam batalhas virtuais, sabotando sistemas e gerando danos para a economia de seus antagonistas. Por essa razão, Amorim acredita que o Brasil tenha de se preparar para esse desafio – mas, como costuma acontecer nos governos lulopetistas, a iniciativa é tardia e insuficiente, definindo-se menos pelos interesses nacionais e mais por motivações eleitorais e ideológicas.
Não se pode aceitar que a definição de estratégias de defesa seja submetida, por princípio, a interesses de terceiros países. No entanto, Amorim acredita ser necessário sujeitar as diretrizes brasileiras na guerra cibernética aos objetivos dos parceiros na América do Sul – começando pela Argentina, que costuma ignorar o Brasil quando toma suas decisões. Pois o ministro esteve recentemente na Argentina para, em suas palavras, estabelecer alguma forma de “cooperação”, termo vago o suficiente para nele caberem significados que não deveriam interessar ao Brasil.
Amorim falou até mesmo em uma “doutrina” sul-americana de defesa cibernética, criando uma instância supranacional que obviamente fere a soberania brasileira na determinação de suas políticas de segurança. Além disso, a título de combater as supostas ameaças representadas pelos Estados Unidos e seus abrangentes serviços de espionagem, a presidente Dilma Rousseff pediu urgência na aprovação do Marco Civil da Internet – projeto que, no entanto, nada tem a ver com a arapongagem americana, pois seu único objetivo é garantir o livre trânsito de informação e a neutralidade da rede.
“Diretrizes próprias”
Para justificar as iniciativas do governo, Amorim recorreu aos conhecidos argumentos bolivarianos: “Alguém me dizia hoje que o Brasil e a Argentina respondem por 40% do mercado da soja mundial, e as reservas de água doce dos aquíferos. Nós nunca seremos capazes de defender esses recursos se não fizermos uma adequada defesa cibernética.” Ou seja, para o nosso ministro da Defesa, o mundo (leia-se EUA) trama para tomar as riquezas do Brasil e da América Latina por meio de golpes de bits e bytes.
É a versão atualizada da velha cantilena segundo a qual os americanos cobiçam nossos recursos e conspiram para roubá-los. A presidente Dilma, disse Amorim, ficou particularmente preocupada com a proteção da reserva do pré-sal, ante a suspeita de que os americanos estariam espionando a Petrobrás, e “recomendou interesse redobrado nas questões de defesa e projetos estratégicos”.
Segundo Amorim, a única solução para o problema é desenvolver um software nacional de defesa. “Não adianta achar que vamos proteger nossas vulnerabilidades comprando software de outros países”, disse o ministro. No entanto, segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicado em julho, a capacidade das empresas nacionais para esse fim ainda é muito pequena, de modo que será preciso fazer pesados investimentos.
O problema é que o Brasil gastou neste ano menos de 10% do orçamento previsto para a defesa cibernética, e grande parte desse valor foi usada para comprar itens que nada têm a ver com segurança virtual, como jipes e equipamentos físicos de segurança para o prédio do Centro de Inteligência do Exército, em Brasília. Há, portanto, um descompasso entre a verborragia oficial e a realidade.
É evidente que o Brasil precisa desenvolver um sistema de defesa cibernética à altura de sua importância econômica e política. Mas, a depender do atual governo, a infraestrutura de rede no Brasil continuará a estar, conforme diagnóstico do Ipea, entre “as mais vulneráveis e desprotegidas do mundo”. O estudo do Ipea adverte ainda que até hoje o Brasil não tem um documento que “estabeleça as diretrizes próprias de uma estratégia nacional para a defesa cibernética”. Em tema tão relevante, trata-se de uma situação inadmissível.
Com informações do Observatório da Imprensa.