Senadores apoiam decisão de Dilma de adiar viagem, mas cobram investimentos em segurança eletrônica
September 18, 2013 13:01 - Pas de commentaireA decisão da presidenta Dilma Rousseff de adiar a viagem aos Estados Unidos foi apoiada por governistas e oposicionistas no Senado. Os casos de espionagem do governo americano, denunciados no Brasil pelo jornalista Glenn Greenwald e a falta de explicações sobre eles foram qualificadas como desrespeito à soberania do Brasil.
Os senadores, no entanto, apontaram a falta de investimentos em segurança cibernética como um dos fatores que propiciaram os casos de espionagem. “A não ida é uma afirmativa do Brasil. A posição dela [Dilma] está baseada em informações que não foram prestadas por eles. Por isso, é uma postura em defesa da soberania nacional”, disse o senador Walter Pinheiro (PT-BA). “Mas é importante dar outros passos, como em relação à defesa do país, já que a vulnerabilidade do Brasil está além fronteiras”, completou.
O oposicionista Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que o adiamento da viagem “era o mínimo a ser feito”, uma vez que o governo americano não apresentou explicações sobre os casos de espionagem que atingiram a própria presidenta Dilma e a Petrobras. Randolfe ressaltou que é preciso mais investimentos no setor de segurança eletrônica e lembrou que o Brasil está vulnerável por falta desses investimentos. “Nós estamos pagando o preço dos erros cometidos na década de 1990 quando leiloamos nosso satélite, quando leiloamos nossas telecomunicações. O preço é a vulnerabilidade”, ressaltou.
Para o líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), a presidenta deveria ir aos Estados Unidos para cobrar pessoalmente os esclarecimentos e uma retratação sobre os fatos reportados. “Ela tem toda a nossa solidariedade no repúdio à espionagem dos Estados Unidos e de qualquer outro país. Agora, acho que ela deveria ir para dizer na lata, no Salão Oval [gabinete do presidente dos EUA na Casa Branca], que o Brasil não aceita esse tipo de coisa”, disse o líder tucano. Ele também acha que o Brasil “se deixou espionar”.
Com informações da Agência Brasil.
Free Software Foundation se posiciona a respeito do iPhone 5S
September 18, 2013 13:01 - Pas de commentaireNão demorou quase nada na verdade. Assim que a Apple apresentou o iPhone 5S e sua função Touch ID, o sensor de impressão digital que adiciona mais uma camada de segurança além da senha, surgiram comentários dizendo que a NSA teria acesso às digitais do usuário, apesar da empresa jurar de pés juntos que os dados só ficam armazenados localmente, o que na prática não faria tanta diferença assim.
A Free Software Foundation, organização fundada por Richard Stallman, por sua vez, se posicionou a respeito, desta vez através do diretor executivo John Sullivan. Abaixo o texto na íntegra:
“Telefones celulares são os dispositivos mais amplamente usados e os mais pessoais. Com todos os e-mail, mensagens de texto, fotos e vídeos gerenciados por eles, é essencial que o software que eles rodam seja completamente controlado por seus usuários. Ao invés disso, a Apple entrega um novo hardware com as mesmas restrições de sempre, permitindo apenas software aprovado por ela, deixando seus usuários – e seus dados, sua privacidade e sua liberdade de expressão – à mercê de programas cujas operações são secretas e demonstram desconfiança. Nós não podemos imaginar um movimento mais hostil à onda de ameaças à privacidade que o mundo sofre agora do que a Apple apresentar um scanner de impressões digitais proprietário como seu novo ‘feature’.
Pelo fato de tantas pessoas andarem com seus computadores em seus bolsos, e eles poderem ser rastreados e transmitir onde você esteve, com quem você se comunica, quais são seus interesses, o que você vê ou ouve em determinado momento, qualquer futuro suportável depene da liberdade de software. Softwares livres dão o poder aos usuários para substituir qualquer ameaça a seus interesses.”
E Sullivan dá sua sugestão:
“O primeiro passo é rejeitar as restrições da Apple.”
Fonte: Meio Bit, FSF via The Register.
Dilma adia viagem oficial aos Estados Unidos
September 18, 2013 13:01 - Pas de commentaireA presidenta Dilma Rousseff anunciou, por meio de nota, o adiamento da visita de Estado que faria aos Estados Unidos em outubro. De acordo com o texto, “tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington – e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação – não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada”.
Segundo a nota oficial, a decisão foi tomada pelos dois presidentes – Dilma Rousseff e Barack Obama. “Dessa forma, os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada”, acrescentou a nota, entregue pelo porta-voz da Presidência, Thomas Traumann.
“O governo brasileiro confia em que, uma vez resolvida a questão de maneira adequada, a visita de Estado ocorra no mais breve prazo possível, impulsionando a construção de nossa parceria estratégica e patamares ainda mais altos”, diz o texto.
A nota oficial ressalta a importância e diversidade do relacionamento entre os dois países, fundado no respeito e na confiança mútua. “Temos trabalhado conjuntamente para promover o crescimento econômico e fomentar a geração de emprego e renda. Nossas relações compreendem a cooperação em áreas tão diversas como ciência e tecnologia, educação, energia, comércio e finanças, envolvendo governos, empresas e cidadãos dos dois países”.
No entanto, pondera que as práticas de espionagem não condizem com a relação de amizade entre Brasil e Estados Unidos. “As práticas ilegais de interceptação das comunicações e cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos”.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou ontem (16) para a presidenta da República, Dilma Rousseff, para tratar da viagem.
Desde a divulgação de denúncias de que os Estados Unidos espionaram dados da presidenta, e depois da Petrobras, o governo passou a cogitar o adiamento da visita. A presidenta se reuniu ontem (16) com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, para discutir o retorno dado pelo governo norte-americano aos questionamentos do Brasil sobre as denúncias.
Figueiredo esteve em Washington na semana passada para tratar do assunto com a conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice. Há dez dias, durante a Cúpula do G20, na Rússia, o presidente Barack Obama se comprometeu com a presidenta Dilma a responder aos questionamentos do governo brasileiro em uma semana, prazo que expirou.
Com informações da Agência Brasil.
Embaixada russa promete intermediar contato de parlamentares com Edward Snowden
September 18, 2013 13:01 - Pas de commentaireDeputados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional estiveram hoje (17) com o embaixador russo no Brasil, Sergey Akopov, para tratar de uma possível ida de missão parlamentar brasileira a Moscou para contatar o ex-técnico terceirizado da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, Edward Snowden, que está asilado na Rússia.
De acordo com o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), o embaixador lhes informou que fará contato com a chancelaria de seu país para saber o paradeiro do ex-agente norte-americano, que denunciou espionagem dos Estados Unidos sobre governos e autoridades, inclusive do Brasil. Sergey Akopov prometeu uma resposta para a semana que vem, inclusive quanto à disponibilidade de Snowden para receber os parlamentares brasileiros.
A ida da missão brasileira vai depender da resposta do embaixador russo, de acordo com o deputado. Ele acredita, contudo, que Snowden deve ter interesse em divulgar as denúncias de espionagem, “até porque quanto mais o mundo souber de sua situação, mais ele se sentirá seguro”.
Também participaram da audiência os deputados Nelson Pelegrino (PT-BA), presidente da comissão na Câmara, e Jaqueline Roriz (PMN-DF).
Com informações da Agência Brasil.
Dilma adia viagem oficial aos Estados Unidos
September 18, 2013 13:01 - Pas de commentaireA presidenta Dilma Rousseff anunciou, por meio de nota, o adiamento da visita de Estado que faria aos Estados Unidos em outubro. De acordo com o texto, “tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington – e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação – não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada”.
Segundo a nota oficial, a decisão foi tomada pelos dois presidentes – Dilma Rousseff e Barack Obama. “Dessa forma, os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada”, acrescentou a nota, entregue pelo porta-voz da Presidência, Thomas Traumann.
“O governo brasileiro confia em que, uma vez resolvida a questão de maneira adequada, a visita de Estado ocorra no mais breve prazo possível, impulsionando a construção de nossa parceria estratégica e patamares ainda mais altos”, diz o texto.
A nota oficial ressalta a importância e diversidade do relacionamento entre os dois países, fundado no respeito e na confiança mútua. “Temos trabalhado conjuntamente para promover o crescimento econômico e fomentar a geração de emprego e renda. Nossas relações compreendem a cooperação em áreas tão diversas como ciência e tecnologia, educação, energia, comércio e finanças, envolvendo governos, empresas e cidadãos dos dois países”.
No entanto, pondera que as práticas de espionagem não condizem com a relação de amizade entre Brasil e Estados Unidos. “As práticas ilegais de interceptação das comunicações e cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos”.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou ontem (16) para a presidenta da República, Dilma Rousseff, para tratar da viagem.
Desde a divulgação de denúncias de que os Estados Unidos espionaram dados da presidenta, e depois da Petrobras, o governo passou a cogitar o adiamento da visita. A presidenta se reuniu ontem (16) com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, para discutir o retorno dado pelo governo norte-americano aos questionamentos do Brasil sobre as denúncias.
Figueiredo esteve em Washington na semana passada para tratar do assunto com a conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice. Há dez dias, durante a Cúpula do G20, na Rússia, o presidente Barack Obama se comprometeu com a presidenta Dilma a responder aos questionamentos do governo brasileiro em uma semana, prazo que expirou.
Com informações da Agência Brasil.