Evento: UEADSL2013.1
June 15, 2013 21:00 - Pas de commentaireInicia amanhã o UEADSL2013.1, ao qual solicitamos ampla divulgação. Sua participação é fundamental para o sucesso do evento.
Para participar, acesse a página da programação a partir da página inicial do ueadsl (http://ueadsl.textolivre.pro.br), escolha as propostas do dia que deseja acompanhar e siga para o blog pelo link disponível na programação: toda a interação é feita no blog, com comentários.
As propostas ficam em foco durante dois dias. Cada bloco de dois dias possui um editorial com sínteses dos artigos do bloco: sua leitura poderá facilitar a escolha dentre tantos trabalhos aprovados. Não deixe de acessar as conferências de encerramento, dos palestrantes convidados, já disponíveis para debate.
Na página inicial do evento você também tem acesso a notícias, à página para votação pública do melhor trabalho do evento, a um tutorial de participação e ao chat da secretaria, no qual estaremos aguardando para ajudá-lo no que for preciso.
Em cada dia do evento será dado destaque aos melhores trabalhos, segundo a Comissão Científica, e aos mais visitados de cada dia. A divulgação dos resultados é publicada diariamente em https://under-linux.org/blog.php?u=38255.
A inscrição no UEADSL2013.1 é gratuita e todos os participantes com pelo menos 3 comentários em palestras diferentes receberão certificados de participação. Para outros detalhes sobre a participação, clique aqui.
O UEADSL é promovido pelo grupo Texto Livre e tem apoio da Faculdade de Letras da UFMG.
Palestra Técnica do CISL: Debian 7.0 – o que há de novo?
June 15, 2013 21:00 - Pas de commentaireO Comitê Técnico de Implementação de Software Livre do Governo Federal, convida você a participar da palestra Debian 7.0 – o que há de novo?, que será realizada no dia 18 de junho de 2013.
Descrição da palestra:
Um breve passeio passando pelas novidades do Debian 7.0. Das arquiteturas e do novo sistema multiarch até os pacotes mais importantes e sua “debianização”, tudo o que você precisa saber sobre a novíssima versão do Sistema Operacional Universal.
Horário: 14h ás 16h
Local: Auditório do Serpro – Porto Alegre
Palestrante: Pablo Lorenzzoni
Pablo é sócio-fundador da Associação Software Livre.Org e integra o Comitê Organizador do Fórum Internacional Software Livre. É desenvolvedor do projeto Debian, sendo também membro-fundador do grupo de usuários Debian do Rio Grande do Sul. Também é sócio-diretor da Propus Informática Ltda. Nas horas vagas Pablo é médico especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Colégio Brasileiro de Radiologia na Santa Casa de Porto Alegre, é casado com Brenda e pai do Marcelo.
Transmissão:
A atividade será transmitida via internet pelo serviço Assiste – Vídeo Streaming Livre do Serpro.
Para acompanhar, acesse: assiste.serpro.gov.br/cisl/
Para encaminhar perguntas durante a palestra, enviem para o e-mail CISL cisl@serpro.gov.br, twitter @CISLGovBR ou facebook www.facebook.com/cislgovbr
A internet e o (ainda) mito da mídia independente
June 15, 2013 21:00 - Pas de commentaireMuito se discute sobre mídias alternativas e a democratização dos meios de comunicação. Com a chegada da mídia interativa, a internet, fichas foram apostadas que essa seria a plataforma ideal para alavancar de uma vez por todas veículos independentes e paralelos que pudessem dar aos leitores e usuários uma visão diferente sobre determinados assuntos, uma visão que não era abordada até então pelos tradicionais meios de comunicação. Na teoria, a ideia é linda, mas na prática não estamos vendo isso.
Primeiro de tudo que essa democratização para muitos não significa, necessariamente, a criação de veículos no mesmo patamar de qualidade e abrangência de uma Rede Globo ou de um Estado de S.Paulo. Para muitos, a democratização da mídia passa, necessariamente, pelo aniquilamento dos grandes veículos existentes no país, a extinção da chamada mídia conservadora.
A ideia é tão simplória que até mesmo outros veículos a possuem. No caso da Record, por exemplo, há um certo nível de paranoia e obsessão em ser a mídia número um do Brasil. O motivo não seria ser a mídia número um, mas o de apenas tirar da Globo esse patamar por décadas mantido. O lema empregado pela emissora já perdeu o real sentido há algum tempo e faz com que pensemos que a briga não é mercadológica, mas puramente – e novamente – uma questão de filosofia religiosa.
Pensamento reacionário
Nos Estados Unidos, comumente observamos pequenas cidades com três ou quatro emissoras de TV e três ou quatro jornais impressos, fora emissoras de rádio, portais, sites e até blogs independentes. No Brasil não há como negar que possuir apenas uma emissora de TV, como a Globo, e três ou quatro jornais nacionais é muito nocivo. Esses números deveriam ser a realidade de cada município ou região de municípios do Brasil. Entretanto, não observamos projetos concretos por parte da mídia alternativa em propor ideias realmente eficientes. Quando propõem, os grandes veículos barram. É um contexto amarrado onde quem perde é o brasileiro, mais uma vez.
Esse sistema preso gera como consequência dois danos bem específicos. Um deles seria o de exibir apenas um lado do cenário, ou seja, grandes veículos de comunicação adotam certas posições políticas e mercadológicas que impedem que determinadas visões sejam exploradas em seus canais, seja portal, TV ou revista. Isso impede que uma legião de brasileiros tenha total e ampla noção de uma específica fonte, já que muitas vezes a ideologia de uns prevalece em meio aos caos informacional.
Por outro lado, temos quem defende a mídia alternativa propondo dos mais básicos aos mais absurdos projetos de democratização do setor. Como comentei lá no começo, para muitos segmentos essa democratização significa a extinção dos grandes meios ou, pelo menos, fazer com que os mesmos percam força e relevância. É um pensamento tão reacionário que faz com que o Brasil figure em dezenas de pesquisas, relatórios e levantamentos internacionais como um dos países onde a liberdade de imprensa e de expressão apresenta perigosas tendências de sufocamento.
Plataformas digitais
Qual seria, então, o cenário ideal? Em um cenário quase utópico poderíamos imaginar um país com centenas de impressos relevantes e algumas dezenas a nível nacional. Emissoras de TV pipocariam e teríamos a valorização de contextos regionais, do norte ao sul, onde o Brasil poderia conhecer e reconhecer todos os “países” que aqui existem. Grandes emissoras de rádio, portais e sites e blogs independentes figurariam como mídias paralelas que trariam visões diferenciadas sobre determinados assuntos, enriquecendo o poder de crítica da sociedade.
Tudo isso é utópico porque ainda não soubemos aproveitar as ferramentas disponíveis. Muito se critica a qualidade da Globo e a sua possível má influência para com os brasileiros. A verdade é que a emissora consegue fazer grande parte do país literalmente parar quando exibe a final de uma novela ou episódios do reality Big Brother Brasil. Quem para para ver? Tanto quem defende a mídia independente como quem é contra. É uma espécie de contradição a nível nacional. Se a Globo realmente fosse tão ruim e prejudicial ao país, a TV Cultura jamais estaria abandonada do jeito que está. Temos uma BBC só nossa e não aproveitamos.
E isso acontece também com a internet. Em vez de se aproveitar o espaço para realizar um jornalismo mais independente, livre das amarras do mercado, o que vemos é a banalização das plataformas digitais em prol de filosofias baratas e um proselitismo arcaico. No lugar de se construírem sites e blogs como canais de informação paralelos, o que vemos são sites e blogs com fortes ligações partidárias que têm o único intuito de atacar classes sociais específicas (alta e baixa) ou criticar determinados veículos. Onde está a contribuição para com o país? É para isso que uma mídia independente existe? Seja direita ou esquerda, a mídia independente precisa atuar em prol não dela mesma, não de partidos políticos, não de crenças religiosas e muito menos de personalidades públicas. A mídia independente precisa atuar em prol do Brasil, tenha ela a visão que tiver. Todos nós agradecemos.
Por Cleyton Carlos Torres é jornalista, blogueiro e editor do Mídia8!
Com informações de Observatório da Imprensa.
Advogado alerta que usuários da internet estão sujeitos às leis dos Estados Unidos
June 15, 2013 21:00 - Pas de commentaireNo universo da internet, estamos todos sujeitos às leis dos Estados Unidos. Essa é a conclusão do perito forense e advogado especializado em tecnologia da informação José Antônio Milagre sobre as denúncias de que órgãos de segurança norte-americanos têm acesso aos servidores de empresas de telefonia e de internet sediadas no país.
Para o especialista, se as denúncias forem confirmadas, a quebra da privacidade dos internautas pode configurar “uma absurda agressão a um direito humano internacionalmente reconhecido”.
A extensão dos grampos ainda é desconhecida. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já admitiu que o Congresso autorizou a execução do programa de vigilância das comunicações chamado Prism (em português, Métodos Sustentáveis de Integração de Projetos), mas alegou que “ninguém ouve” as chamadas telefônicas dos cidadãos norte-americanos.
“Sempre imaginamos a internet como um patrimônio mundial. Só que ela necessita de servidores que armazenem e suportem os serviços e as interações proporcionadas pela rede mundial de computadores. E basta mapearmos a estrutura física [da web] para constatarmos a grande dependência da infraestrutura norte-americana”, disse o advogado à Agência Brasil.
Na quarta-feira (12), ao revelar que o governo está preocupado com o tema, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu a necessidade de mudanças na legislação brasileira e a construção de centros de processamentos de dados (data centers) no país. Para o ministro, isso permitiria que as informações dos internautas brasileiros fossem armazenadas no país e ficassem submetidas à legislação brasileira.
“Os principais serviços, como as redes sociais, são oferecidos por empresas sediadas em solo norte-americano. Além de estarem, portanto, sujeitas às leis dos Estados Unidos, elas nos impõem termos de uso em consonância com a legislação norte-americana”, comentou o advogado, destacando a “pouca maturidade” da maioria dos brasileiros com o tema da privacidade na rede mundial de computadores.
De acordo com o advogado, as redes sociais não oferecem opção aos usuários. “Até porque, não há escolha. Ou a pessoa aceita os termos de uso, ou se desliga da internet. Por isso, as pessoas cedem parcelas de sua privacidade. A questão é que, até hoje, a maioria dos usuários acreditava que suas informações pessoais estariam seguras e não seriam intercambiadas. Esse episódio apenas reforça [a tese de] que a proteção aos dados de estrangeiros não é tão robusta quanto muitos imaginavam”, ponderou o especialista.
José Antônio Milagre aponta que as matérias dos jornais The Guardian (britânico) e The Washington Post (norte-americano), escritas a partir das revelações feitas por Edward Snowden, ex-agente da CIA, a agência de inteligência norte-americana, indicam que os dados de internautas de todo o mundo eram coletados pelas empresas e compartilhados com o governo norte-americano sem qualquer autorização, com a justificativa de proteger os cidadãos norte-americanos e os Estados Unidos.
“Na medida em que as autoridades coletam essas informações sem o conhecimento dos usuários ou de uma autorização judicial, há, evidentemente, uma violação de tratados, garantias e direitos reconhecidos internacionalmente”, disse o especialista, defendendo a necessidade de novos mecanismos para evitar a violação de dados, salvo em casos excepcionais, com ordem judicial.
“Esse episódio vai contribuir para uma reflexão sobre a necessidade de diretrizes ou normativas internacionais a respeito da preservação da privacidade das informações pessoais. Ainda tratamos a privacidade com o olhar de 40 anos atrás”, acrescentou.
O advogado lembrou que vários países já adotam ou discutem mecanismos jurídicos semelhantes ao Patriot Act, lei criada após os ataques do 11 de Setembro de 2001, com a justificativa de combater o terrorismo. De acordo com José Antônio Milagre, o próprio Brasil também tem um acordo com os Estados Unidos, o Tratado de Assistência Legal Mútua, “uma ferramenta importante para o enfrentamento dos crimes eletrônicos em casos em que as autoridades necessitam de dados que não estão armazenados no país de origem da investigação”.
Com informações da Agência Brasil.
Cuidado: uso excessivo de internet e celular pode viciar
June 15, 2013 21:00 - Pas de commentaireA tecnologia está definitivamente presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. Apesar de o distúrbio ainda não constar no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da web são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína.
– A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas – explica Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Fobia de perder o celular
O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo. De acordo com pesquisa realizada pela Google no ano passado, 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles. A advogada Nídia Aguilar, por exemplo, diz se sentir ansiosa e incomodada quando fica longe do celular, pois usa o aparelho para se comunicar com clientes. Apesar de estar ciente do uso excessivo, ela considera o telefone fundamental para o trabalho.
– A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social – afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever o medo de ficar sem celular (no + mobile + fobia).
Ela explica que os principais sintomas da síndrome são angústia e sensação de desconforto quando se está sem o telefone e mudanças comportamentais, como isolamento e falta de interesse em outras atividades.
– Isso pode indicar que a pessoa está com algum problema que precisa ser investigado.
Atenção especial às crianças
A professora de piano Olga de Lena não se considera viciada em celular, mas admite que faz uso exagerado do seu iPhone. Ela diz não largar o telefone por questões profissionais. E ressalta os pontos positivos de ter conexão à internet na palma da mão, como pesquisar músicas durante uma aula ou usar o mapa para se localizar.
– Estou sempre com ele. O aluno pede uma música e eu acesso na mesma hora. Quando vou a um restaurante, ele fica em cima da mesa. Sei que não é de bom tom, mas eu deixo mesmo que seja no silencioso – conta Olga, que relata a sensação de ficar sem o smartphone. – É desesperador! Eu perdi o meu aparelho recentemente e me senti como se estivesse doente, faltando uma parte de mim.
O relato de Olga pode ser considerado normal, mas existem casos que chamam atenção. Cristiano Nabuco atendeu a uma mãe que tinha que dar o celular para o filho de dois anos para que ele saísse da cama. Pior, no shopping a criança pedia colo para as vendedoras das lojas para tocar no teclado. Segundo o psicólogo, a tecnologia está se tornando uma espécie de babá eletrônica, e os pais não conseguem medir as consequências disso.
É comum ver, em festas infantis, crianças isoladas com o celular do pai na mão em vez de estar brincando com os colegas. De acordo com Nabuco, tal comportamento interfere no desenvolvimento emocional do indivíduo, o que pode acarretar transtornos na fase adulta. Ele recomenda que os pais não deem smartphones e tablets para crianças muito novas e monitorem como os filhos estão usando a internet.
No Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento da dependência em tecnologia é feito com 18 reuniões semanais de psicoterapia de grupo, tratamento psiquiátrico e suporte emocional para os familiares, modelo parecido com o adotado para outros vícios. A pesquisadora Anna Lucia explica que, em alguns casos, é preciso tomar medicação.
A psicóloga Luciana Nunes, do Instituto Psicoinfo, pede ações do governo para o tratamento dos dependentes. Segundo ela, existem diversos projetos para promover a inclusão digital, mas não para apoiar quem sofre com o uso em excesso da tecnologia.
– Com a popularização dos smartphones, o problema tende a crescer. Quanto mais interativo é o aparelho, maior o potencial de dependência – afirma a psicóloga.
Para não sofrer desse mal, os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam essenciais para determinadas atividades. Cristiano Nabuco aconselha que as pessoas fiquem ao menos uma hora por dia longe do celular e desabilitem as notificações automáticas de e-mail e redes sociais. Também é essencial manter atividades ao ar livre, com encontros presenciais com outras pessoas. É o que faz o estudante de administração Felipe Souza. Pelo celular, ele joga, manda mensagens, lê e-mails e até assiste televisão. Na internet, conversa pelo Skype e participa de jogos on-line, mas não abandona o futebol semanal com os amigos.
– O celular não afeta o meu dia a dia. Só fico com ele na mão quando não tenho nada melhor para fazer – diz.
Os sintomas
>> Preocupação constante com o que acontece na internet quando está offline.
>> Necessidade contínua de utilizar a web como forma de obter excitação.
>> Irritabilidade quando tenta reduzir o tempo de uso.
>> Utilização da internet como forma de fugir de problemas ou aliviar sentimentos de impotência, culpa, ansiedade ou depressão.
>> Mentir para familiares para encobrir a extensão do envolvimento com as atividades on-line.
>> Diminuição ou piora do contato social com amigos e familiares.
>> Falta de interesse em atividades fora da rede.
>> Comprometimento das atividades profissionais e acadêmicas, como perda do emprego ou não ser aprovado na escola.
>> Lesões nas articulações dos dedos causadas pela intensa digitação.
>> Duração dos sintomas acima descritos por período maior que seis meses.
>> A psicóloga Luciana Nunes explica que os sintomas descritos podem ser transpostos também para a dependência pelo celular.
>> Um teste para medir a dependência da internet pode ser realizado no site www.dependenciadeinternet. com.br, mantido pelo Hospital das Clínicas de São Paulo.
Por Sérgio Matsuura, do Globo