Snappy agora pode ser executado em praticamente qualquer distro Linux
20 de Junho de 2016, 11:29A Canonical revelou na última terça-feira (14) que está trabalhando com os desenvolvedores das principais distribuições Linux para fazer com que o formato de pacote Snappy, também conhecido como snap, possa se tornar universal, estando disponível para qualquer distro. A novidade estreou no Ubuntu 16.04 LTS e, segundo a empresa, é seguro e fácil de usar.
O snap também faz parte do Snappy Ubuntu Core, uma versão enxuta do Ubuntu projetada desde o início para ser implantada em vários dispositivos embarcados e da Internet das coisas (IoT). No caso do Ubuntu em sua edição para desktop, a novidade está disponível como uma alternativa ao formato de pacote tradicional do Debian (.deb) e permite que os desenvolvedores possam disponibilizar para os usuários sempre as últimas versões dos softwares, assim que forem lançados.
“Os desenvolvedores de várias distribuições Linux e empresas anunciaram hoje que vão colaborar com o formato de pacote universal para Linux “snap”, permitindo que um único pacote binário possa ser executado perfeitamente e com segurança em qualquer desktop Linux, servidor, cloud ou dispositivo”, diz a Canonical.
“Esta comunidade está trabalhando no snapcraft.io para fornecer um único mecanismo de publicação por qualquer software em qualquer ambiente Linux. Até o momento deste comunicado, estão presente a Dell, Samsung, The Linux Foundation, The Document Foundation, Krita, Mycroft, Horizon Computing, contribuintes para o Arch, Debian, OpenWrt, Ubuntu e várias de suas distribuições relacionadas”, concluiu.
Snap já está disponível para Arch Linux, Debian e Fedora
De acordo com a Canonical, o novo formato de pacote já está nativamente disponível no Arch Linux, Fedora, Debian, OpenWrt, bem como no Ubuntu e seus sabores oficiais, incluindo o Kubuntu, Xubuntu, Ubuntu MATE, Ubuntu GNOME, Ubuntu Kylin e Lubuntu.
Contudo, outras distribuições Linux já estão trabalhando para fornecer o formato para seus usuários de forma nativa, com é o caso do openSUSE, Linux Mint, Red Hat Enterprise Linux, CentOS e elementary OS. Claro, todas as outras distros não mencionadas aqui também podem adotar o formato snap facilmente. Além disso, programas populares como o Mozilla Firefox, LibreOffice e Krita já estão em processo de se tornarem pacotes snap.
Se você é um desenvolvedor de aplicativos que quer distribuir o seu projeto como um pacote snap para qualquer sistema operacional baseado no kernel Linux e que, claro, suporta ‘Snaps’, você está convidado a visitar o site snapcraft.io. Além disso, não hesite em dar uma olhada no comunicado de imprensa da Canonical para mais informação sobre o Snap como um formato binário universal.
Com informações de Softpedia, Canonical e LinuxBuzz.
Lançado o Android-x86 6.0 RC1 com base no Android Marshmallow
15 de Junho de 2016, 14:58Já está disponível o Android-x86 6.0 RC1 que chega com a promessa de permitir que qualquer pessoa possa executar o Android 6.0 Marshmallow em seu computador. Com base no Linux Kernel 4.4.12 LTS, a nova versão do sistema operacional traz edições de 32 e 64-bits, suporte para aceleração de hardware através da API OpenGL ES 3.x para GPUs NVIDIA, AMD e, claro, para os gráficos integrados da Intel.
Além disso, possui suporte para SecureBoot (UEFI), multi-touch, Wi-Fi, Bluetooth, câmera, áudio, sensores e Ethernet, mas apenas com DHCP. Agora, cartões SD e dispositivos USB são montados automaticamente e ambas as arquiteturas ARM e AArch64 (ARM64) são suportadas através de um mecanismo nativo que pode ser ativado via Configurações > Compatibilidade de aplicativos (Settings -> Apps Compatibility).
Entre outras características notáveis disponíveis no Android-x86 6.0 RC1, podemos citar a aceleração de hardware com a API OpenGL ES 3.x para máquinas virtuais baseadas em VMware e QEMU. Ao mesmo tempo, há também suporte ao OpenGL ES 3.0 através de renderização via software para outros fabricantes de GPUs que não foram mencionados no início do artigo, bem como a possibilidade de instalar o sistema operacional com sistemas de arquivos EXT4, FAT32 e NTFS através do instalador CLI.
O Android-x86 é um projeto open source e distribuído livremente que visa trazer a mais recente versão do sistema operacional móvel Android, criado pelo Google para inúmeros smartphones e tablets, bem como muitos outros wearables e dispositivos embarcados, para PCs x86, incluindo qualquer notebook e desktop. Entre os sistemas operacionais mais famosos que se baseiam no Android-x86 são o Remix OS e Phoenix OS.
Com informações de Softpedia, Android-x86 e LinuxBuzz.
Fedora 24 virá com o Linux Kernel 4.5.7, mas futuramente contará com a versão 4.6
15 de Junho de 2016, 14:58Segundo o mantenedor do kernel do sistema operacional, Josh Boyer, o próximo Fedora 24 será baseado na mais recente série 4.5 do Linux Kernel, mais precisamente a versão 4.5.7, que será oferecida como uma atualização após a estréia oficial do SO.
Contudo, como os desenvolvedores do Linux Kernel já alertaram todas as distribuições Linux usando a série 4.5 para atualizarem para o mais recente e avançado Linux Kernel 4.6, já que este chegou ao seu fim da vida, ou seja, não receberá mais atualizações de manutenção, parece que os mantenedores do kernel do Fedora vão fazer o mesmo e agora estão prometendo realocar o sistema operacional para o Linux Kernel 4.6.3 ou versão posterior.
Na verdade, Josh Boyer já tinha confirmado a informação antes mesmo do Fedora 24 ter seu lançamento adiado para o dia 21 de junho, mas parece que os planos não mudaram. Segundo ele, o Linux Kernel 4.5.7 “será enviado como a atualização final” da série e estará disponível como um update logo após o lançamento da nova versão do sistema operacional.
“Pouco tempo depois, nós vamos realocar o F24 para 4.6.y [série 4.6 do Linux Kernel], provavelmente começando com 4.6.3. Podemos usar 4.6.2 se 4.6.3 estiver atrasado por algum motivo, mas seria melhor para obter as correções adicionais que o 4.6.3 trará”, diz Josh Boyer.
Esta não deixa de ser uma grande notícia para aqueles que estão planejando atualizar para o Fedora 24 em 21 de junho, mas parece que o Fedora 23 também terá uma nova versão do kernel. Já, o ainda suportado Fedora 22, provavelmente vai receber uma atualização final do Linux Kernel 4.4 antes de atingir o fim da vida, no final de 2016.
Com informações de Softpedia, Fedora e LinuxBuzz.
Lançado o elementary OS 0.4 ”Loki” Beta, baseado no Ubuntu 16.04 LTS
15 de Junho de 2016, 14:58O co-fundador do elementary OS, Cassidy James, anunciou recentemente que a primeira build beta da próxima versão do sistema operacional, a 0.4 “Loki”, já está disponível para download e teste. Como mencionamos anteriormente, o novo SO será baseado no Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus), da Canonical, herdando a maioria de seus principais tecnologias, incluindo o Linux Kernel 4.4 LTS.
Portanto, os usuários do elementary OS também receberão a sobreposição nativa da barra de rolagem em todos os aplicativos pré-instalados, um sistema de notificação melhorado, bem como praticamente a mesma experiência de desktop do sistema operacional que vinha sendo utilizada por muitos anos, mas há algumas novidades escondidos que você vai ter que descobrir por si só.
Além disso, de acordo com Cassidy James, para manter os usuários seguros, na nova versão do sistema operacional “não existe mais aplicativo padrão para a manipulação de pacotes .deb e a ferramenta de linha de comando add-apt-repository [para adicionar repositórios PPA com o Terminal] não está disponível por padrão”.
“Se você está preocupado sobre como os usuários poderão obter e instalar seus aplicativos, não entre em pânico! Nós vamos ter um anúncio de acompanhamento em breve”, concluiu.
Caso você esteja curioso de mais para esperar a versão final e queira dar uma olhada no que há de novo, é possível baixar a imagem ISO da primeira build beta do elementary OS 0.4 “Loki” (64-bits) através do site oficial, clicando aqui. Por favor, tente manter em mente que esta é uma versão em desenvolvimento, ou seja, erros são mais que esperados.
Com informações de Softpedia, elementary OS e LinuxBuzz.
Projeto de lei para regulamentação da profissão de TI será levado ao Congresso
15 de Junho de 2016, 14:58Após encontro entre o presidente interino Michel Temer e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd/SP), Antonio Neto, na última sexta-feira (10), no Palácio do Jaburu em Brasília, ficou acertado o envio do projeto de lei para regulamentação da profissão de TI pelo governo federal ao Congresso.
A produção da minuta deste projeto de lei será responsabilidade do Sindpd/SP e, segundo Neto, o não reconhecimento da profissão de TI é a principal demanda do setor atualmente. Sobre o envio, ele destacou: “Vamos preparar o projeto e enviar para a Casa Civil. Com o apoio do presidente, será enviado ao Congresso Nacional e vamos ver se ele [Temer] pode nos ajudar dando um regime de urgência nisso”.
O fato de a regularização da profissão ser um dos principais pleitos do setor não impede que outras reivindicações existam e recebam destaque. Diante disso, as demais solicitações foram entregues a Temer em um documento onde algumas das reivindicações incluem, por exemplo, a proteção às empresas públicas que atuam no segmento e também melhorias em questões tributárias e na política de desenvolvimento da área.
O Sindpd, ao elaborar o texto da carta, deixou claro que as questões estabelecidas pelo setor de TI não interessam apenas aos envolvidos, mas também ao País, de uma forma geral, já que determinado segmento é estratégico para o avanço econômico e social do Brasil. “Nosso segmento é promotor da inovação, de soluções eficazes para o aprimoramento da competitividade de todos os ramos da cadeia produtiva”, destaca Neto.
Longe de querer aparentar algo perfeitamente pronto, o presidente do Sindpd alega que o campo necessita de “mais regulação profissional, equilíbrio fiscal e incentivo por parte da esfera estatal”. Ainda na busca por um setor cada vez mais eficaz, Neto sugere a criação de um Fórum Permanente envolvendo representantes de trabalhadores, empresários, comunidade científica e governo, para estabelecer o desenvolvimento da área de TI.
Confira o material, na íntegra, entregue ao presidente interino Michel Temer, com as demandas solicitadas pelo setor de TI e seus respectivos detalhes:
Ilmo. Sr.
Michel Miguel Elias Temer Lulia
M. D. Presidente da República em Exercício
Senhor Presidente,
Como é de vosso conhecimento, o setor de tecnologia da informação é fundamental e estratégico para o desenvolvimento econômico e social do nosso País.
Nosso segmento é promotor da inovação, de soluções eficazes para o aprimoramento da competitividade de todos os ramos da cadeia produtiva.
Na esfera pública, destacamos a importância vital da tecnologia da informação como potencial a ser utilizado em larga escala para aprimorar os serviços públicos, melhorar a qualidade de atendimento à população e perenizar o acesso das pessoas mais necessitadas à Educação, Saúde e programas sociais.
Este setor é sustentado por mais de 400 mil profissionais dedicados, com alto grau de escolaridade, com muita criatividade e capacidade de inovar. É também um segmento que ainda não alcançou seu grau de maturidade, sobretudo pela necessidade de mais grau de regulação profissional, equilíbrio fiscal e incentivo por parte da esfera estatal, cuja prioridade política se concentra em outros segmentos, importantes sem dúvida, mas sem a capacidade de levar o nosso País para um nível mais elevado cientificamente e economicamente.
Neste sentido, pedimos que o governo federal apoie e se sensibilize para as seguintes reivindicações dos trabalhadores:
1-DIREITOS
a)Regulamentação da profissão de tecnologia da informação – Este é um momento singular para a realização de um sonho dos profissionais de TI. Estão em tramitação no Congresso Nacional diversos Projetos, alguns sob articulação do Sindpd, para regulamentar a profissão de Analista de Sistemas e Técnico de Informática, em especial o PL 5101/2016, que visa valorizar o profissional qualificado e garantir segurança para a sociedade, uma vez que este segmento atua em setores sensíveis para a segurança e integridade física da população;
b)Manutenção dos direitos trabalhistas e previdenciários – A legislação trabalhista em vigor, mesmo após centenas de alterações, representa uma base mínima na proteção dos trabalhadores ao estabelecer padrões elementares de dignidade e segurança, impedindo a sobreposição da força do capital ao trabalho;
c)Aumento da fiscalização a contratações ilegais – O trabalho de fiscalização realizado por nosso sindicato promoveu a redução acentuada das contratações de profissionais que ferem a legislação, tais como os conhecidos “PJs” e falsas cooperativas. Nos últimos quatro anos, somente em São Paulo, ampliamos o número de celetistas de 78% para 93%, restando um universo de 7% a serem integrados ao mercado formal.
Além de prejudicar os trabalhadores, deixando-os desemparados em seus direitos, este tipo de contratação provoca grande perda para o Estado, em especial para a Previdência Social. Por isso pedimos a criação de uma força tarefa a fim de endurecer a fiscalização contra as empresas que praticam este tipo de delito.
2-EMPRESAS PÚBLICAS
a)Fortalecimento das Empresas Federais – As empresas Serpro, Dataprev e Cobra são fundamentais para o Estado. A valorização dos servidores e a estruturação da empresa são esteios para o bom funcionamento das atividades do Estado Brasileiro e dos serviços prestados à sociedade;
b)Retirada do PLP 257 – Pedimos a retirada do Projeto de Lei Complementar (PLP 257/2016), que propõe a renegociação das dívidas dos estados e do Distrito Federal em troca de enormes prejuízos aos servidores públicos ou a supressão de todos os itens que propõem o congelamento dos salários, a redução da folha de pagamento, a suspensão de concursos e o incentivo à privatização das empresas estatais estaduais e municipais.
3-APERFEIÇOAMENTO TRIBUTÁRIO E POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO
a)Unificação do PIS/Cofins para o setor de software e serviços de TI, além da manutenção e aperfeiçoamento da Lei do Bem e reestabelecimento de reduções tributárias sobre equipamentos voltados à Inclusão Digital;
b)Priorizar e incentivar a universalização dos meios para promover a inclusão digital, desenvolver políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento local de produtos e soluções de internet, incrementar uma política de atração de investimentos para datacenters;
c)Manter e ampliar o programa Ciência sem Fronteiras, investir em centros de pesquisas e criar o Vale do Silício Brasileiro;
d)Priorizar a compra de produtos e serviços de TI nacionais.
Tais medidas podem ser aprimoradas e potencializadas com a criação de um Fórum Permanente, reunindo trabalhadores, empresários, comunidade científica e governo, tendo como objetivo o pleno desenvolvimento do setor, bem como a valorização e desenvolvimento profissional dos trabalhadores que são os grandes responsáveis pelo sucesso do setor de tecnologia da informação brasileiro.
Um fraterno abraço.
Antonio Fernandes dos Santos Neto
Presidente da CSB e do Sindpd
Com informações de Convergência Digital e Canaltech.