Governo Federal deve aprovar decreto que diminui tarifas da telefonia fixa
24 de Fevereiro de 2016, 11:38Mesmo com a popularização dos dispositivos móveis conectados à internet, muitos usuários ainda mantêm um número de telefone fixo em suas casas – que, em alguns casos, chega a ser mais caro que um plano para celular. Só que o Governo Federal está de olho nesse cenário e poderá em breve reduzir as tarifas cobradas no mercado de telefonia fixa.
Atualmente, a telefonia fixa, assim como as emissoras de televisão, é considerada um serviço público, que por sua vez exige a concessão do governo. Todas as regras são estabelecidas pela Anatel, e as empresas precisam atender metas de atendimento às áreas de concessão e de universalização do serviço. Além disso, os preços ofertados no setor são regulados e possuem impostos específicos embutidos que acabam por tornar mais caras as mensalidades pagas pelos consumidores.
Com a mudança, que deve ficar pronta em dois meses sob a forma de um decreto, o governo vai permitir que as operadoras prestem todo o tipo de serviço com uma simples autorização. Esse é o método adotado para serviços de internet fixa e móvel, TV paga e telefonia celular, que são prestados com autorizações e possuem regras mais flexíveis. Dessa forma, os preços podem ser reduzidos, beneficiando os usuários que ainda optam pela telefonia fixa.
A proposta ainda está sendo elaborada pelos ministérios das Comunicações e da Fazenda com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No órgão regulador, o assunto está sendo conduzido pelo conselheiro Igor de Freitas. Segundo ele, a ideia é manter os contratos de concessão somente nos locais onde não houver cobertura de celular, nem telefones residenciais, apenas orelhões. Pelos cálculos do conselheiro, essa regra afetará cerca de 5% do território nacional.
As alterações no mercado de telefonia fixa devem ser aprovadas só agora não apenas por causa do crescimento do uso dos tablets, celulares e outras aplicações móveis, mas também porque atendem reivindicações das teles. Há tempos, as empresas reclamam das ineficiências das regras impostas pelos contratos de concessão, que venceram em 2015 e precisam ser renovados. A Oi, por exemplo, diz gastar R$ 300 milhões por ano para manter orelhões em locais onde não há receita porque boa parte das pessoas já tem celular. O retorno desse investimento é de apenas R$ 17 milhões anuais.
Com informações de Folha de São Paulo e Canaltech.
Zuckerberg garante que Internet.org não morreu e lança novo projeto de telecom
23 de Fevereiro de 2016, 19:33O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, está marcando presença na Mobile World Congress 2016. Depois de fazer uma aparição surpresa na conferência da Samsung, o jovem executivo fez a sua própria keynote na tarde desta segunda-feira (22). Desta vez, a grande novidade ficou por conta do anúncio de um novo projeto de infraestrutura para colocar o mundo inteiro online.
Zuckerberg apresentou seus planos para a implantação de redes móveis nas áreas mais remotas do planeta. Intitulado Telecom Infra Project (TIP), o projeto vai funcionar sob o guarda-chuva do Internet.org, a parceria encabeçada pelo Facebook para conectar cada vez mais pessoas.
Este novo esforço vai seguir os mesmos princípios de design e colaboração do Open Compute Project, um projeto lançado pelo Facebook em 2011 que fez pelo hardware o que Linux, Android, e outros produtos populares, fizeram pelo software, tornando-os gratuitos e open source. Ao fornecer seus projetos gratuitamente para as operadoras, a rede social espera que a redução nos custos e o aumento na eficiência sejam repassados para os consumidores finais, tornado seus planos de dados mais baratos.
A ideia é que a liberação dos modelos de projetos de infraestrutura ajudem ainda as operadoras a estender o alcance de suas redes para locais que não seriam tradicionalmente rentáveis. “Desta forma, o TIP vai nos ajudar a conectar o mundo muito mais rápido”, explica Zuckerberg.
O Facebook está trabalhando com mais de 30 parceiros, incluindo a Deutsche Telekom, Intel, Nokia e SK Telecom para desenvolver novas tecnologias que podem ajudar a conectar as pessoas de forma mais rápida e eficiente, desde a estrutura para ajudar a conectar pessoas que estão desconectadas nos países em desenvolvimento até formas de acelerar o crescimento das redes 5G – que vão entregar formas mais ricas de conteúdo, como vídeo e realidade virtual”, explicou.
“Atualmente, mais de 50% da população mundial ainda não tem acesso a uma conexão de internet a preços acessíveis. Todo mundo merece o acesso à Internet. Eu não entendo como em 2016, ainda podemos ser assim”, disse o CEO do Facebook. Zuckerberg ainda explicou que o Free Basics era apenas o começo. “Este ano, pela primeira vez, nossos drones vão voar sobre o mundo e nós vamos colocar nosso primeiro satélite na África”, completou.
Enquanto os projetos já estabelecidos no Internet.org, como o Free Basics, têm focado no fornecimento de conteúdo específico para dispositivos de consumo ou conceitos envolvendo satélites e drones movidos a energia solar. Já o Telecom Infra vai se concentrar em assegurar que a tecnologia subjacente, que dá suporte para a internet, é adequada. Apesar de parecer banal, esta ideia é fundamental para que os planos de conectar todas as partes do mundo funcione.
“Hoje estamos dando o próximo passo por meio de parcerias com empresas de telecomunicações para desenvolver novas tecnologias que reduzam o custo da construção de redes móveis em todo o mundo”, escreveu Zuckerberg em um post no Facebook.
Quando questionado sobre o que aconteceu na Índia – onde o Free Basics foi banido pelo órgão regulador de telecomunicações no país – ele disse que aprendeu que cada país é diferente. “Os modelos que funcionavam em um país são diferentes em outros. Na Índia, nós estamos nos concentrando em diferentes programas. Existem outras partes do Internet.org que estamos focando”, disse. Apesar do fracasso na Índia, o Free Basics continuará a operar no resto do mundo, porque, de acordo com o executivo, “todo mundo merece o acesso à Internet”.
Com informações de Canaltech.
Telegram ultrapassa marca de 100 milhões de usuários ativos por mês
23 de Fevereiro de 2016, 19:33Durante seu discurso na Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, o fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, revelou novos números do mensageiro. Durov afirmou que desde maio de 2015 o aplicativo conseguiu 38 milhões de novos usuários e ultrapassou a barreira dos 100 milhões de usuários ativos por mês. Além disso, o CEO disse que são 350 mil novos usuários por dia e 15 bilhões de mensagens diariamente, um aumento de 3 bilhões em relação a setembro de 2015.
Presente em mais de 200 países, o aplicativo conseguiu um aumento de 60% em seus usuários ativos em apenas nove meses. Mesmo assim, o Telegram ainda tem um longo caminho a percorrer para chegar próximo ao seu principal concorrente, o WhatsApp. O aplicativo adquirido pelo Facebook conta com mais de 1 bilhão de usuários mensais ativos e o Facebook Messenger também está próximo de atingir esta marca. No entanto, dado que o Telegram foi fundado há menos de três anos e que continua a ser uma empresa independente, 100 milhões de usuários é uma quantia significativa.
“Estamos extremamente orgulhosos e felizes de que todo esse crescimento é 100% orgânico”, disse Durov durante seu discurso. Fundado em 2013 por Pavel Durov e seu irmão Nikolai, o Telegram construiu uma sólida reputação no mercado de aplicativos de bate-papo. Isso deve-se em parte ao foco da empresa em criptografia, sendo considerado um dos apps mensageiros mais seguros do mundo. Os servidores do Telegram são protegidos pelo protocolo MTProto, enquanto o aplicativo também oferece um recurso para manter o bate-papo em segredo, tornando mais fácil eliminar mensagens ou agendar um tempo para que elas sejam excluídas automaticamente.
O aumento constante da base de usuários do Telegram também pode, em parte, ser fruto de seus concorrentes. Muitos usuários não gostam de utilizar aplicativos de mensagens de propriedade do Facebook, tendo em vista que a empresa é conhecida por armazenar e vigiar a conversa de seus usuários. Recentemente, no Brasil, quando o WhatsApp passou menos de 24 horas bloqueado, o Telegram conseguiu obter mais de 1 milhão de downloads em apenas um único dia.
Neste mês, o Telegram anunciou o lançamento de novos recursos em seu aplicativo. Entre eles estão a capacidade de gravar mensagens de voz, controles de privacidade avançados, extensões de compartilhamento, novo editor de fotos e suporte a atalhos.
Com informações de VentureBeat e Canaltech.
O Meizu PRO 5 Ubuntu Edition já está disponível para a pré-compra
23 de Fevereiro de 2016, 15:32A Canonical revelou nesta segunda-feira (22) que o Meizu PRO 5 Ubuntu Edition, o Ubuntu Phone mais poderoso já anunciado até o momento, já está disponível para a pré-compra. O novo dispositivo foi revelado pela empresa na semana passada e, atualmente, ele está em exibição na Mobile World Congress no stand Ubuntu no Hall 3 (cabine 3J30) para quem quiser conferir.
Ao menos por enquanto, o Meizu PRO 5 Ubuntu Edition estará rodando uma versão de demonstração do sistema operacional Ubuntu Touch. É esperado que a Canonical venha a liberar o suporte completo para o novo dispositivo com a próxima grande atualização OTA-10, que deve chegar até o final de março.
O Meizu PRO 5 não é o único modelo a ganhar uma edição com o Ubuntu Touch. O primeiro dispositivo da fabricante a vir com SO móvel da Canonical foi o MX4, que foi muito bem recebido pelo público. Mas, infelizmente, apenas um número limitado do smartphone foram colocados à venda, por isso, não há muitas pessoas que conseguiram por as mãos em um desses.
O Meizu PRO 5 Ubuntu Edition conta com o chipset Samsung Exynos 7420, que é o primeiro chip que usa a tecnologia de 14nm FinFET. Além disso, ele possui uma tela AMOLED de 5,7 polegadas com resolução de 1080p, uma câmera frontal de 5 Mp e uma traseira de 21 Mp e bateria Li-Ion 3050 mAh com carregamento rápido. O dispositivo conta com dois modelos: 3GB RAM/32GB e 4GB RAM/64GB de memória interna.
Infelizmente, o Meizu PRO 5 Ubuntu Edition está oficialmente disponível apenas para os mercados chineses e europeus. Contudo, o dispositivo passará a ser vendido em meados do mês de março para todo o mundo no serviço de varejo online chinês JD.com. Atualmente, em pré-venda, o smartphone sai por €335 euros (ou R$ 1463,00 em conversão direta).
Com informações de Softpedia, Ubuntu, Meizu
Segundo a Canonical, não há incompatibilidade de licença com o ZFS e Linux
22 de Fevereiro de 2016, 15:26Recentemente, a Canonical anunciou que o sistema de arquivos ZFS estará disponível no Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus), além de receber também suporte da empresa. Contudo, alguns usuários se questionaram se essa decisão não iria criar uma incompatibilidade de licença com o ZFS e Linux. Agora, a companhia, através de Dustin Kirkland, resolver esclarecer o assunto, deixando claro que isso não é um problema.
O ZFS (Z File System) é descrito como uma combinação de um gerenciador de volume (como o LVM) e um sistema de arquivos (como o Ext4, atual padrão no Ubuntu, XFS ou Btrfs), e está licenciado sob a CDDL (Common Development and Distribution License). Não se preocupe se você não ouvir sobre essa licença, pois não é muito comum utilizá-la.
Por outro lado, o Linux está licenciado sob a famosa GPLv2 (GNU General Public License Version 2) e essas duas licenças não são compatíveis um com a outra. Você não pode usar o código de cada um no mesmo binário, e é aí que toda a confusão começou.
O licenciamento do ZFS não será um problema
Os desenvolvedores do Ubuntu estão cientes das questões que foram levantadas pela comunidade, mas, obviamente, a Canonical já tinha descoberto este problema antes de anunciar o suporte oficial do ZFS no Ubuntu.
“Exceções equivalentes já existem há muitos anos, por vários outros stand alone, independentes, que não são GPL e até mesmo módulos proprietários (oi, nvidia.ko) no kernel. Concluímos que é bom para os usuários do Ubuntu, bom para Linux e bom para todo o software livre e open source”, explica Dustin Kirkland.
Na verdade, esta questão é explicada e resolvida no site oficial do ZFS, na seção de perguntas e respostas. Os desenvolvedores explicam que nada em qualquer licença impede a sua distribuição sob a forma de um módulo de binário ou sob a forma de código fonte.
Em qualquer caso, o fato de que as pessoas têm perguntado sobre isso constantemente tem-se refletido na resposta enviada por Dustin Kirkland, que diz que a Canonical não está realmente interessada em debater a compatibilidade de licença, mas a empresa só quer discutir a tecnologia.
Com informações de Softpedia, Ubuntu e LinuxBuzz.