III Fórum da Internet no Brasil encerra-se com importantes debates sobre desenvolvimento da Rede
Settembre 6, 2013 16:41 - no comments yetFoi encerrado há pouco o III Fórum da Internet no Brasil e Pré-IGF Brasileiro que aconteceu em Belém do Pará. A região sediou o evento pela primeira vez e a escolha foi feita por sugestão dos participantes do ano passado (em Olinda-PE) e por conta de indicadores que demonstram que o Norte do País é a área em que menos brasileiros têm acesso à Internet.
De acordo com a TIC Domicílios 2012, realizada pelo CETIC.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) 56% dos habitantes dos estados da região Norte nunca acessaram a Internet (a média nacional é de 45%).
Trilhas: “construindo pontes”
Como já acontece desde a primeira edição do evento, os participantes se dividiram em trilhas temáticas. Os grupos foram formados por representantes dos setores governamental, empresarial, terceiro setor e acadêmico (formação esta comum também ao CGI.br).
Seguem os destaques de cada trilha:
- Universalidade, Acessibilidade e Diversidade
Os setores concordam que há necessidade de expansão da infraestrutura considerando-se características e demandas regionais. O grupo falou ainda sobre a importância de se estimular a formação de provedores locais para atender à demanda.
Entretanto, todos entendem que somente infraestrutura não é suficiente para dirimir deficiências. Existem questões anteriores como a inexistência de energia elétrica em algumas localidades que devem ser consideradas.
O grupo observou o cuidado que se deve ter em relação à questão de gênero, geracionais e para pessoas com deficiência. Além disso, é consenso de que não há como garantir respeito à diversidade sem a manutenção da neutralidade da rede como contemplada no texto do Marco Civil da Internet.
- Inovação Tecnológica e Modelos de Negócios na Internet
O grupo destacou a necessidade de alavancar modelos de aceleramento e ampliar o investimento em startups. Os participantes destacaram ainda a importância de se estimular a inovação tecnológica e o uso de software livre na sociedade, empresas e também no governo.
O debate também observou a necessidade de parcerias entre universidades e setor privado, além do estímulo e investimento por parte do governo federal.
Outra questão abordada nessa trilha refere-se à necessidade de reorganizar métricas sobre software livre no País e, até mesmo, a elaboração de uma politica para o tema.
Houve também a indicação de modelos de crowndfunding para o financiamento de desenvolvimento de softwares. Como exemplo, citou-se a necessidade da criação de aplicativos e modelos de negócio com foco no desenvolvimento local.
- Cultura, Educação e Direitos Autorais na Internet
O primeiro ponto apresentado pelo grupo refere-se à necessidade de, numa próxima oportunidade, separar os temas. Para os participantes, assuntos tão densos como Cultura, Educação e Direitos Autorais na Internet deveriam ser tratados em separado.
De qualquer forma, a principal questão em relação à educação refere-se à necessidade de estimular a utilização de plataformas digitais e softwares livres para educação.
Quanto aos direitos autorais o grupo concorda com a necessidade de revisão da lei, que se amplie a possibilidade de uso de obras sem se caracterizar ofensa aos direitos autorais e destaca ainda a importância da não criminalização das práticas de fair use (uso justo). Discutiu-se também a necessidade de se aprofundar na criação de modelos alternativos e consensuais para a remoção de conteúdos em razão da violação dos direitos autorais, como notice and notice (notificação com contra-notificação).
Novamente o Marco Civil da Internet surgiu no debate.
- Privacidade, Inimputabilidade da Rede e Liberdade de Expressão
Nesta trilha o grupo destacou a importância da criação de leis que protejam os direitos fundamentais e não que os cerceiem. Cobrou-se ainda maior transparência de provedores e a necessidade da criação pelo CGI.br de uma campanha em defesa da privacidade.
Para os participantes nenhuma empresa ou governo deve armazenar o rastro-digital não público. É consenso que a afronta aos direitos individuais e a invasão de dados privados é grave ofensa.
O grupo comentou ainda sobre a importância de que os provedores não sejam co-responsabilizados pelo uso indevido que usuários façam da rede.
Por fim, o grupo considera a comunicação como direito humano e entende que é fundamental que se busque garantir que a Internet seja sempre ambiente favorável à liberdade de expressão.
Os participantes desta trilha também questionaram a demora na aprovação do Marco Civil.
- Neutralidade de Rede
O grupo que participou desta trilha entende que o Marco Civil da Internet deve definir a neutralidade da rede, como já o faz de acordo com o texto que aguarda aprovação.
Há consenso ainda da necessidade de se buscar esclarecer à sociedade sobre o que é exatamente neutralidade da rede e que se criem instrumentos para o aprimoramento da participação popular.
O grupo entende também que é importante que a entidade reguladora da Internet, que deverá ser, inclusive, responsável por avaliar os casos de exceção em relação à neutralidade da eede, deve seguir modelo multissetorial.
Demais atividades
O III Fórum da Internet no Brasil sediou ainda o Seminário WSIS+10 que contou com a participação de Tadao Takahashi, um dos pioneiros da Internet no Brasil. Impressionado com o número de pessoas presentes ao evento – foram 762 ao todo – Tadao lembrou que em suas primeiras palestras “sobre Internet”, o público era de “0 pessoas”. “Só tive plateia na quarta. Eram quatro pessoas”, divertiu-se.
Durante os três dias de evento, os participantes promoveram ainda atividades auto-gestionadas e desconferências. Por todas as salas do Hangar Centro de Convenções, os grupos discutiram os mais diversos temas relacionados ao desenvolvimento, democratização e aprimoramento da Internet no Brasil.
A relatoria completa das atividades das trilhas será publicada em breve na página do Fórum: http://www.forumdainternet.cgi.br/
Confira também as fotos do evento: http://migre.me/fW38L
Com informações de CGI.br.
III Fórum da Internet no Brasil encerra-se com importantes debates sobre desenvolvimento da Rede
Settembre 6, 2013 16:41 - no comments yetFoi encerrado há pouco o III Fórum da Internet no Brasil e Pré-IGF Brasileiro que aconteceu em Belém do Pará. A região sediou o evento pela primeira vez e a escolha foi feita por sugestão dos participantes do ano passado (em Olinda-PE) e por conta de indicadores que demonstram que o Norte do País é a área em que menos brasileiros têm acesso à Internet.
De acordo com a TIC Domicílios 2012, realizada pelo CETIC.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) 56% dos habitantes dos estados da região Norte nunca acessaram a Internet (a média nacional é de 45%).
Trilhas: “construindo pontes”
Como já acontece desde a primeira edição do evento, os participantes se dividiram em trilhas temáticas. Os grupos foram formados por representantes dos setores governamental, empresarial, terceiro setor e acadêmico (formação esta comum também ao CGI.br).
Seguem os destaques de cada trilha:
- Universalidade, Acessibilidade e Diversidade
Os setores concordam que há necessidade de expansão da infraestrutura considerando-se características e demandas regionais. O grupo falou ainda sobre a importância de se estimular a formação de provedores locais para atender à demanda.
Entretanto, todos entendem que somente infraestrutura não é suficiente para dirimir deficiências. Existem questões anteriores como a inexistência de energia elétrica em algumas localidades que devem ser consideradas.
O grupo observou o cuidado que se deve ter em relação à questão de gênero, geracionais e para pessoas com deficiência. Além disso, é consenso de que não há como garantir respeito à diversidade sem a manutenção da neutralidade da rede como contemplada no texto do Marco Civil da Internet.
- Inovação Tecnológica e Modelos de Negócios na Internet
O grupo destacou a necessidade de alavancar modelos de aceleramento e ampliar o investimento em startups. Os participantes destacaram ainda a importância de se estimular a inovação tecnológica e o uso de software livre na sociedade, empresas e também no governo.
O debate também observou a necessidade de parcerias entre universidades e setor privado, além do estímulo e investimento por parte do governo federal.
Outra questão abordada nessa trilha refere-se à necessidade de reorganizar métricas sobre software livre no País e, até mesmo, a elaboração de uma politica para o tema.
Houve também a indicação de modelos de crowndfunding para o financiamento de desenvolvimento de softwares. Como exemplo, citou-se a necessidade da criação de aplicativos e modelos de negócio com foco no desenvolvimento local.
- Cultura, Educação e Direitos Autorais na Internet
O primeiro ponto apresentado pelo grupo refere-se à necessidade de, numa próxima oportunidade, separar os temas. Para os participantes, assuntos tão densos como Cultura, Educação e Direitos Autorais na Internet deveriam ser tratados em separado.
De qualquer forma, a principal questão em relação à educação refere-se à necessidade de estimular a utilização de plataformas digitais e softwares livres para educação.
Quanto aos direitos autorais o grupo concorda com a necessidade de revisão da lei, que se amplie a possibilidade de uso de obras sem se caracterizar ofensa aos direitos autorais e destaca ainda a importância da não criminalização das práticas de fair use (uso justo). Discutiu-se também a necessidade de se aprofundar na criação de modelos alternativos e consensuais para a remoção de conteúdos em razão da violação dos direitos autorais, como notice and notice (notificação com contra-notificação).
Novamente o Marco Civil da Internet surgiu no debate.
- Privacidade, Inimputabilidade da Rede e Liberdade de Expressão
Nesta trilha o grupo destacou a importância da criação de leis que protejam os direitos fundamentais e não que os cerceiem. Cobrou-se ainda maior transparência de provedores e a necessidade da criação pelo CGI.br de uma campanha em defesa da privacidade.
Para os participantes nenhuma empresa ou governo deve armazenar o rastro-digital não público. É consenso que a afronta aos direitos individuais e a invasão de dados privados é grave ofensa.
O grupo comentou ainda sobre a importância de que os provedores não sejam co-responsabilizados pelo uso indevido que usuários façam da rede.
Por fim, o grupo considera a comunicação como direito humano e entende que é fundamental que se busque garantir que a Internet seja sempre ambiente favorável à liberdade de expressão.
Os participantes desta trilha também questionaram a demora na aprovação do Marco Civil.
- Neutralidade de Rede
O grupo que participou desta trilha entende que o Marco Civil da Internet deve definir a neutralidade da rede, como já o faz de acordo com o texto que aguarda aprovação.
Há consenso ainda da necessidade de se buscar esclarecer à sociedade sobre o que é exatamente neutralidade da rede e que se criem instrumentos para o aprimoramento da participação popular.
O grupo entende também que é importante que a entidade reguladora da Internet, que deverá ser, inclusive, responsável por avaliar os casos de exceção em relação à neutralidade da eede, deve seguir modelo multissetorial.
Demais atividades
O III Fórum da Internet no Brasil sediou ainda o Seminário WSIS+10 que contou com a participação de Tadao Takahashi, um dos pioneiros da Internet no Brasil. Impressionado com o número de pessoas presentes ao evento – foram 762 ao todo – Tadao lembrou que em suas primeiras palestras “sobre Internet”, o público era de “0 pessoas”. “Só tive plateia na quarta. Eram quatro pessoas”, divertiu-se.
Durante os três dias de evento, os participantes promoveram ainda atividades auto-gestionadas e desconferências. Por todas as salas do Hangar Centro de Convenções, os grupos discutiram os mais diversos temas relacionados ao desenvolvimento, democratização e aprimoramento da Internet no Brasil.
A relatoria completa das atividades das trilhas será publicada em breve na página do Fórum: http://www.forumdainternet.cgi.br/
Confira também as fotos do evento: http://migre.me/fW38L
Com informações de CGI.br.
III Fórum da Internet no Brasil encerra-se com importantes debates sobre desenvolvimento da Rede
Settembre 6, 2013 16:41 - no comments yetFoi encerrado há pouco o III Fórum da Internet no Brasil e Pré-IGF Brasileiro que aconteceu em Belém do Pará. A região sediou o evento pela primeira vez e a escolha foi feita por sugestão dos participantes do ano passado (em Olinda-PE) e por conta de indicadores que demonstram que o Norte do País é a área em que menos brasileiros têm acesso à Internet.
De acordo com a TIC Domicílios 2012, realizada pelo CETIC.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) 56% dos habitantes dos estados da região Norte nunca acessaram a Internet (a média nacional é de 45%).
Trilhas: “construindo pontes”
Como já acontece desde a primeira edição do evento, os participantes se dividiram em trilhas temáticas. Os grupos foram formados por representantes dos setores governamental, empresarial, terceiro setor e acadêmico (formação esta comum também ao CGI.br).
Seguem os destaques de cada trilha:
- Universalidade, Acessibilidade e Diversidade
Os setores concordam que há necessidade de expansão da infraestrutura considerando-se características e demandas regionais. O grupo falou ainda sobre a importância de se estimular a formação de provedores locais para atender à demanda.
Entretanto, todos entendem que somente infraestrutura não é suficiente para dirimir deficiências. Existem questões anteriores como a inexistência de energia elétrica em algumas localidades que devem ser consideradas.
O grupo observou o cuidado que se deve ter em relação à questão de gênero, geracionais e para pessoas com deficiência. Além disso, é consenso de que não há como garantir respeito à diversidade sem a manutenção da neutralidade da rede como contemplada no texto do Marco Civil da Internet.
- Inovação Tecnológica e Modelos de Negócios na Internet
O grupo destacou a necessidade de alavancar modelos de aceleramento e ampliar o investimento em startups. Os participantes destacaram ainda a importância de se estimular a inovação tecnológica e o uso de software livre na sociedade, empresas e também no governo.
O debate também observou a necessidade de parcerias entre universidades e setor privado, além do estímulo e investimento por parte do governo federal.
Outra questão abordada nessa trilha refere-se à necessidade de reorganizar métricas sobre software livre no País e, até mesmo, a elaboração de uma politica para o tema.
Houve também a indicação de modelos de crowndfunding para o financiamento de desenvolvimento de softwares. Como exemplo, citou-se a necessidade da criação de aplicativos e modelos de negócio com foco no desenvolvimento local.
- Cultura, Educação e Direitos Autorais na Internet
O primeiro ponto apresentado pelo grupo refere-se à necessidade de, numa próxima oportunidade, separar os temas. Para os participantes, assuntos tão densos como Cultura, Educação e Direitos Autorais na Internet deveriam ser tratados em separado.
De qualquer forma, a principal questão em relação à educação refere-se à necessidade de estimular a utilização de plataformas digitais e softwares livres para educação.
Quanto aos direitos autorais o grupo concorda com a necessidade de revisão da lei, que se amplie a possibilidade de uso de obras sem se caracterizar ofensa aos direitos autorais e destaca ainda a importância da não criminalização das práticas de fair use (uso justo). Discutiu-se também a necessidade de se aprofundar na criação de modelos alternativos e consensuais para a remoção de conteúdos em razão da violação dos direitos autorais, como notice and notice (notificação com contra-notificação).
Novamente o Marco Civil da Internet surgiu no debate.
- Privacidade, Inimputabilidade da Rede e Liberdade de Expressão
Nesta trilha o grupo destacou a importância da criação de leis que protejam os direitos fundamentais e não que os cerceiem. Cobrou-se ainda maior transparência de provedores e a necessidade da criação pelo CGI.br de uma campanha em defesa da privacidade.
Para os participantes nenhuma empresa ou governo deve armazenar o rastro-digital não público. É consenso que a afronta aos direitos individuais e a invasão de dados privados é grave ofensa.
O grupo comentou ainda sobre a importância de que os provedores não sejam co-responsabilizados pelo uso indevido que usuários façam da rede.
Por fim, o grupo considera a comunicação como direito humano e entende que é fundamental que se busque garantir que a Internet seja sempre ambiente favorável à liberdade de expressão.
Os participantes desta trilha também questionaram a demora na aprovação do Marco Civil.
- Neutralidade de Rede
O grupo que participou desta trilha entende que o Marco Civil da Internet deve definir a neutralidade da rede, como já o faz de acordo com o texto que aguarda aprovação.
Há consenso ainda da necessidade de se buscar esclarecer à sociedade sobre o que é exatamente neutralidade da rede e que se criem instrumentos para o aprimoramento da participação popular.
O grupo entende também que é importante que a entidade reguladora da Internet, que deverá ser, inclusive, responsável por avaliar os casos de exceção em relação à neutralidade da eede, deve seguir modelo multissetorial.
Demais atividades
O III Fórum da Internet no Brasil sediou ainda o Seminário WSIS+10 que contou com a participação de Tadao Takahashi, um dos pioneiros da Internet no Brasil. Impressionado com o número de pessoas presentes ao evento – foram 762 ao todo – Tadao lembrou que em suas primeiras palestras “sobre Internet”, o público era de “0 pessoas”. “Só tive plateia na quarta. Eram quatro pessoas”, divertiu-se.
Durante os três dias de evento, os participantes promoveram ainda atividades auto-gestionadas e desconferências. Por todas as salas do Hangar Centro de Convenções, os grupos discutiram os mais diversos temas relacionados ao desenvolvimento, democratização e aprimoramento da Internet no Brasil.
A relatoria completa das atividades das trilhas será publicada em breve na página do Fórum: http://www.forumdainternet.cgi.br/
Confira também as fotos do evento: http://migre.me/fW38L
Com informações de CGI.br.
Obama nega ‘bisbilhotice’ generalizada
Settembre 5, 2013 16:39 - no comments yetO presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu aos europeus e a população ao redor do mundo que seu governo não está examinando seus emails nem ouvindo suas conversas pelo telefone. “O que nós tentamos fazer é focar em áreas de preocupação muito específicas”, disse, em entrevista coletiva concedida em Estocolmo, na Suécia, nesta quarta-feira (4).
“O que nós estamos tentando fazer é mirar, bem especificamente, em algumas áreas de preocupação”, disse Obama, acrescentando que tais áreas incluem ações contra o terrorismo, armas de destruição em massa e segurança cibernética. O governo dos EUA vem sendo acusado de espionagem eletrônica de mensagens na internet e ligações telefônica de pessoas ao redor do mundo, inclusive de chefes de Estado, como da presidente Dilma Rousseff.
Obama disse que pode fazer algumas mudanças nos programas de supervisão por conta de avanços da tecnologia. “Podem haver situações nas quais nós estamos reunindo informações simplesmente porque nós podemos e que não ajuda na nossa segurança nacional, mas que levantam questões em termos de se estamos sendo muito intrusivos com relação às interações de outros governos”, disse.
Sua equipe de segurança, em conjunto com um quadro independente, está revisando tudo para encontrar o equilíbrio entre a fiscalização do governo e as liberdades da população, garantiu Obama. A intenção do programa, segundo ele, era melhorar o entendimento dos EUA do que está acontecendo ao redor do mundo.
Snowden
Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse hoje (4) que seu governo não vai entregar Edward Snowden aos Estados Unidos. O ex-funcionário de uma empresa que prestava serviços à norte-americana NSA, Agência Nacional de Segurança, denunciou um esquema de espionagem do governo de Barack Obama a vários países.
A declaração ocorre no momento da 8ª Cúpula do G20, encontro que reúne os líderes das maiores economias mundiais, em São Petersburgo, na Rússia, e que vai contar com a presença dos presidentes Obama e Putin. O chefe de Estado russo reconheceu que o governo dos Estados Unidos têm o direito de exigir a extradição, mas reiterou que seu país não vai entregar Snowden.
“Por vezes pensei que ele [Snowden] era um rapaz estranho. Não imagino que ideia faz de si esse jovem de 30 e poucos anos. Como tenciona organizar a sua vida futura? Ele se condenou a ter uma vida bastante complicada. Não imagino o que vai fazer. Mas já está claro que não o entregaremos. Ele [Snowden] pode se sentir seguro aqui”, disse Putin.
Em seguida, o presidente russo acrescentou que: “Talvez dentro de algum tempo a própria América [Estados Unidos] compreenderá que não se trata de um traidor e espião, mas de uma pessoa com convicções definidas, que podem ser avaliadas de forma diferente.”
Putin revelou hoje, pela primeira vez, trechos das conversas entre Snowden e as autoridades russas: “Se ele quer ficar no nosso país? Nesse caso deve pôr fim a qualquer atividade que destrua as relações russo-americanas. Ele respondeu: Não. Luto pelos direitos humanos e eu apelo que lutem comigo. Eu disse: ‘Nós não vamos lutar com ele, que lute sozinho’”, disse.(Da redação, com agências)
Com informação de Tele.Síntese.
Mais de 50% dos artigos científicos já são gratuitos
Settembre 5, 2013 16:39 - no comments yetRelatório elaborado pelo grupo canadense Science-Metrix a pedido da Direção Geral de Pesquisa e Inovação da Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, diz que cerca de 50% dos artigos científicos publicados em periódicos com revisão pelos pares tornam-se disponíveis gratuitamente até dois anos após sua aparição original.
Esse resultado representa mais que o dobro das estimativas anteriores da proporção da literatura científica em livre acesso, que geravam números da ordem de pouco mais de 20%. De acordo com o trabalho do Science-Metrix, já estão disponíveis gratuitamente a maior parte dos artigos que tratam de ciência pura, pesquisa biomédica, biologia, matemática e estatística. O campo no qual o acesso livre é mais restrito é o das humanidades e ciências sociais, e no das ciências aplicadas, como engenharia. O setor no qual há menos abertura é o das artes visuais (apenas 13% de artigos disponíveis gratuitamente), seguido pelo de comunicação e estudos textuais (21%).
O relatório aponta ainda que o crescimento mais intenso tem ocorrido nas publicações do chamado “padrão ouro”, onde o artigo se torna disponível no ato da publicação, geralmente financiada pela mesma instituição que custeou a pesquisa. O crescimento no chamado “padrão verde”, quando o trabalho é liberado após um intervalo de embargo, e os custos de publicação cabem à editora do periódico, tem sido menor. Os autores especulam que o descompasso detectado pode ser um efeito artificial, causado pelos longos períodos de embargo.
O trabalho canadense foi criticado por outros estudiosos da área, ouvidos pela revista Science. Autor de um artigo sobre o assunto publicado no periódico de livre acesso PLoS, que encontrou uma taxa de livre acesso de 20%, Bo-Christer Björk disse que a metodologia usada não lhe permite considerar a taxa de 50% “convincente”.
Com informações de Telescópio | Unicamp.