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Artesanato feito por refugiados é destaque em feira da Alemanha

20 de Fevereiro de 2018, 15:29 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Móveis customizados, joias, sacolas bordadas. Esses são alguns dos produtos vendidos na feira comercial mais importante da Alemanha. Não são produtos artesanais comuns. Para os refugiados que os criaram, podem ser a chave para uma nova vida em segurança.

Com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), artesãos deslocados de 11 países apresentaram seus produtos na feira anual Ambiente, que aconteceu no início de fevereiro em Frankfurt.

Alguns deles fugiram da violência e da perseguição em Burundi, Mali, Afeganistão, Somália, Síria e Mianmar. Ao alcançar a segurança em outros países, se empenharam em continuar a praticar suas habilidades como artesãos para ganhar a vida. Foi aí que entrou a MADE51, uma nova iniciativa do ACNUR e parceiros.

Considerando a necessidade dos refugiados de ter trabalho, a iniciativa busca conectar trabalhadores deslocados talentosos a pontos de venda que possam comercializar os bens por eles produzidos.

Em um momento de deslocamento sem precedentes, com 22,5 milhões de refugiados em 130 países, a MADE51 reconhece o potencial dos artesãos refugiados. Trabalhando em estreita colaboração com empresas sociais nos países anfitriões, o projeto apoia os artesãos na produção de bens de consumo.

Por meio de seus parceiros, a MADE51 ajuda a garantir um mercado internacional para os bens, conectando os artesãos deslocados com fornecedores, como a feira que aconteceu no fim de semana passado em Frankfurt.

Os visitantes puderam ver a coleção e fazer pedidos por meio das empresas sociais locais que apoiam os grupos de refugiados. Todos os artesãos da MADE51 recebem salários justos. Mas, para muitos, criar e vender seus próprios produtos artesanais significa muito mais do que a independência financeira.

“Com este trabalho, sinto que nasci de novo”, afirma um deslocado sírio que trabalha na Waste Studio, empresa no Líbano que transforma banners de publicidade, pneus e cintos de segurança em bolsas, acessórios e móveis.

O projeto também assegura a existência de um mercado de produtos fabricados com técnicas tradicionais que, de outra forma, poderiam ser perdidas. Há tecelagem de cestas, couro curtido, tapetes de nós e bronze e cobre martelados à mão.

Segundo o alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, “os refugiados têm habilidades e talentos que só precisam de uma oportunidade para crescer e florescer”. “Dentro de cada peça há um pedaço de história e cultura, e a chance de uma pessoa que foi forçada a fugir da guerra e da perseguição de oferecer ao mundo algo belo e com estilo”.

“É somente por meio da venda desses bens que esses artesãos refugiados poderão empregar suas habilidades e ganhar renda. Ao incluir produtos feitos por refugiados em seus planos de venda, os varejistas e as marcas têm um papel vital a desempenhar. Eles podem fazer parte da solução”.


Fonte: https://nacoesunidas.org/artesanato-feito-por-refugiados-e-destaque-em-feira-da-alemanha/

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