Vista aérea de Cabul, capital do Afeganistão. Foto: UNAMA/Ari Gaitanis
Autoridades das Nações Unidas, incluindo o secretário-geral António Guterres, condenaram duramente o atentado terrorista ocorrido no final de semana (20) no Hotel Intercontinental de Cabul, no Afeganistão. Ataque deixou pelo menos 22 mortos, segundo informações divulgadas pela imprensa internacional na segunda-feira (22). Operação teve a autoria reivindicada pelo Talibã e pode ser considerada crime de guerra.
Na noite de sábado, homens armados entraram no hotel procurando por estrangeiros e autoridades afegãs. Atiradores fizeram reféns e sitiaram o edifício ao longo de 12 horas. Cerca de 160 pessoas foram resgatadas depois que tropas afegãs conseguiram recuperar o controle do prédio.
Entre as vítimas, foram confirmadas as mortes de nove ucranianos, um alemão, um grego e um cazaque, de acordo com a imprensa internacional. Outros dois estrangeiros ainda não haviam sido identificados.
O chefe da Missão de Assistência das Nações Unidas ao Afeganistão (UNAMA), Tadamichi Yamamoto, considerou “um ultraje moral que o Talibã tenha entrado no hotel com a intenção de matar civis”.
O dirigente acrescentou que “simplesmente não há justificada para esse terrível ataque, que é especificamente proibido pelo direito humanitário internacional e pode equivaler a um crime de guerra”. Segundo a UNAMA, o Talibã confirmou que cinco atiradores encabeçaram o ataque contra o hotel.
“O secretário-geral estende suas profundas condolências às famílias das vítimas e deseja uma rápida recuperação aos feridos. Ele expressa sua solidariedade para com o governo e povo do Afeganistão”, afirmou o porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric.