Foto: Imprensa MG/Adair Gomes
Em participação no VIII Encontro Nacional de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV/AIDS, em Brasília, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) alertou que a epidemia tem avançado entre os jovens brasileiros. De 2006 a 2015, a taxa de indivíduos com HIV praticamente triplicou entre homens de 15 a 19 anos — de 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes. Entre jovens do sexo masculino de 20 a 24 anos, o índice dobrou — de 15,0 para 33,1 por 100 mil habitantes.
Um dos principais objetivos do evento na capital federal — que teve início na quarta-feira (22) e se encerra amanhã — é fortalecer a articulação da juventude, estimulando a criação de grupos e comissões sobre saúde. Participantes debatem temas como a transmissão vertical do HIV e questões de saúde mental e redução de danos. A pauta também inclui o plano de trabalho 2018-2019 da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS (RNAJVHA).
“A Rede é um espaço fundamental para trocas de informação, apoio, amizade, articulação e, especialmente, para diálogo e incidência política, para garantir que não apenas as necessidades, mas também as expectativas de adolescentes e jovens vivendo com HIV façam parte das políticas públicas, ações e serviços”, defende a oficial de programa do UNFPA, Anna Cunha.
Criada no início dos anos 2000, a Rede é uma organização nacional, sem vínculo político, partidário ou religioso, constituída por adolescentes e jovens entre 12 e 29 anos, com sorologia positiva para o vírus HIV. O organismo trabalha pela inclusão social, pela promoção do fortalecimento biopsicossocial e pelo protagonismo dos adolescentes, independentemente de seu gênero, orientação sexual, credo, raça, cor, etnia ou nacionalidade.
Além do UNFPA, outras agências das Nações Unidas — o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), a UNESCO e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) — também apoiam a realização do VIII Encontro Nacional.