Conselho de Segurança da ONU em sessão. Foto: ONU / Devra Berkowitz
O Iêmen foi tema de debate no Conselho de Segurança em que discursaram o enviado especial do secretário-geral para no país, Ismail Ould Cheikh Ahmed, e o coordenador de humanitário da organização, Mark Lowcock.
Falando a jornalistas, em Nova Iorque, o porta-voz das Nações Unidas Stéphane Dujarric disse que a morte do ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh foi um dos temas mencionados pelo representante do chefe da organização durante a reunião desta terça-feira (5).
O enviado da ONU disse que o assassinato do ex-presidente Saleh e de outras pessoas é um evento adverso que “vai constituir uma mudança considerável na dinâmica política”.
Ele declarou que os níveis alarmantes de violência no Iêmen têm um impacto arrasador sobre a população civil. Ele apelou às partes em conflito para que demonstrem contenção e se abstenham de ações de provocação.
Para Ould Cheikh Ahmed, a necessidade de um acordo negociado nunca foi tão urgente. O mediador reiterou que apenas um processo de paz inclusivo pode trazer uma solução pacífica, viável e sustentável para o povo do Iêmen.
Para o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, a situação humanitária continua grave, com milhões de iemenitas afetados pela “pior fome dos tempos modernos” e com cerca de 8,5 milhões de pessoas à beira da fome.
Mesmo com as promessas de um cessar-fogo humanitário, divulgadas nesta terça-feira, o chefe humanitário destacou relatos de combates.
Pelo menos “dois ataques aéreos da coligação que apoia o governo” ocorreram perto do complexo da ONU em Sanaa. Os projéteis teriam caído a menos de um quilômetro do local.
A ONU reiterou que os ataques dirigidos às Nações Unidas e às instalações humanitárias e infraestrutura civil são estritamente proibidos pelo direito internacional humanitário.
(Da ONU News em Nova Iorque)