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Na ONU, reitor da USP defende educação como instrumento para combater discriminação

20 de Setembro de 2017, 16:58 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Reitores de universidades apresentam estratégias para combater violência de gênero em instituições de ensino. Foto: ONU Mulheres

Reitores de universidades apresentam estratégias para combater violência de gênero em instituições de ensino. Foto: ONU Mulheres

Em evento paralelo ao debate anual da Assembleia Geral da ONU, o reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Zago, defendeu na quarta-feira (20) que a educação é um instrumento capaz de combater a violência contra as mulheres e toda as formas de discriminação. Dirigente participou de encontro do movimento ElesPorElas, que reuniu dez chefes de Estado, dez CEOs e dez reitores para discutir como promover a igualdade de gênero.

Zago é um dos chamados Campeões de Impacto da iniciativa ElesPorElas, que escolheu líderes políticos, do mercado e da academia comprometidos a acabar com as disparidades entre homens e mulheres. A reunião realizada nesta semana marcou o lançamento de um relatório que avalia os esforços empreendidos por cada uma dessas autoridades para tornar suas instituições mais justas e inclusivas.

Durante o encontro, o presidente do Malauí, Arthur Peter Mutharika, compartilhou a história de como seu país acabou de vez com o casamento infantil, permitindo que mais de 1,5 mil meninas retornassem às escolas.

O executivo da PriceWaterhouseCoopers (PwC), Bob Moritz, ressaltou que sua empresa passou de 18% de representação feminina na equipe de liderança global, em janeiro de 2016, para 47%, em dezembro de 2016.

O reitor Marco Zago, único representante da América Latina no time de campeões Impacto 10x10x10, falou sobre o compromisso da USP como o fim de abusos motivados por questões de gênero.

“Para mim, a universidade é um espaço privilegiado onde a educação é um instrumento para mudanças transformadoras de comportamento a longo-prazo de forma a solucionar problemas sociais como a violência contra as mulheres, bem como todas as formas de discriminação”, disse. O presidente do centro universitário lembrou a distribuição de materiais gráficos sobre assédio sexual para todas as 90 mil alunas da USP.

Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora-executiva da ONU Mulheres, em meio aos Campeões da Igualdade do movimento ElesPorElas. Foto: ONU Mulheres/Celeste Salome

Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora-executiva da ONU Mulheres, em meio aos Campeões da Igualdade do movimento ElesPorElas. Foto: ONU Mulheres/Celeste Salome

“Em 2015, desafiei os Campeões de Impacto a ‘pensarem grande’ e a se comprometerem com abordagens criativas que fossem capazes de derrubar as maiores barreiras”, explicou a diretor-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka. A agência lidera o movimento ElesPorElas.

Segundo a dirigente, “como líderes em seus campos, os Campeões têm a chave para romper com normas e fazer progressos que podem mudar o jogo para mulheres e homens”. “O relatório compartilha estratégias, barreiras encontradas e conquistas para que outros possam seguir o seu exemplo”, disse.

Acesse o documento clicando aqui.

Novos campeões e iniciativas

Também no evento, a ONU Mulheres nomeou três novos campeões — Andrew Wilson, CEO da Electronic Arts; Paul Wainaina, vice-chanceler da Universidade Kenyatta, do Quênia; e Nana Akufo-Addo, presidente de Gana.

Com mais de 300 milhões de jogadores em todo o mundo, a Electronic Arts se comprometeu com uma maior diversidade e representatividade no setor de video games, criando espaços seguros na web e avançando a questão de salários iguais nos EUA e em outros países.

“Com mais de 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo jogando video games hoje, o entretenimento interativa está singularmente posicionado para avançar esse movimento. A igualdade de gênero é um direito humano, e estamos comprometidos em liderar o diálogo com nossos empregadores, jogadores e indústria”, disse Wilson.

Na noite de terça-feira (19), os Campeões de Impacto anunciaram o conceito do Laboratório de Impacto ElesporElas — uma plataforma de ação e comunicação das práticas comprovadamente efetivas do grupo. Foram anunciados os primeiros três copresidentes do laboratório: Bjarni Benediktsson, primeiro-ministro da Islândia; Bob Moritz; e Feridun Hamdullahpur, presidente e vice-chanceler da Universidade de Waterloo.

O Laboratório de Impacto criará um ambiente propício para testar idéias inovadoras, documentar resultados e divulgar práticas eficientes para uma audiência global por meio de uma cúpula anual – o Simpósio de IMPACTO –, destinado a executivos dos setores público e privado. O grupo anunciou ainda que o simpósio inaugural do projeto será realizado em 20 de setembro de 2018.


Fonte: https://nacoesunidas.org/na-onu-reitor-da-usp-defende-educacao-como-instrumento-para-combater-discriminacao/

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