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No Iêmen, ONU pede fim das hostilidades e acesso urgente a milhões de pessoas

24 de Março de 2017, 21:18 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Pessoas deslocadas de Mokha, em Taizz, no Iêmen, recebendo assistência emergencial do ACNUR. Foto: ACNUR / Adem Shaqiri

Pessoas deslocadas de Mokha, em Taizz, no Iêmen, recebendo assistência emergencial do ACNUR. Foto: ACNUR / Adem Shaqiri

O chefe de direitos humanos da ONU, Zeid Ra’ad Al Hussein, pediu nesta sexta-feira (24) às partes em conflito no Iêmen que cessem as hostilidades imediatamente e permitam que a ajuda humanitária chegue a milhões de pessoas em necessidade no país.

De acordo com dados do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), somente no último mês 106 civis foram mortos, principalmente por ataques aéreos e bombardeios a partir de navios de guerra.

O ACNUDH observou ainda que há uma preocupação especial com conflitos na região de Al Hudaydah, que deixou milhares de civis presos e bloqueou as entregas de ajuda humanitária, como aconteceu no mês passado na cidade portuária Al Mokha, em Taizz.

Um dos piores incidentes ocorreu no dia 10 de março, quando um navio que transportava pelo menos 70 pessoas foi atingido por um helicóptero, matando pelo menos 33 pessoas e ferindo outras 29 pessoas, incluindo crianças.

A agência da ONU também relatou ao menos quatro incidentes de pescadores que foram alvo de mísseis e ataques aéreos.

Enquanto isso, os comitês populares afiliados aos Houthis e ao ex-presidente Saleh continuam cercando áreas densamente povoadas em Taizz, impedindo a retirada de civis e restringindo o acesso humanitário à região, informou o ACNUDH.

“Chega de violência e derramamento de sangue, de milhares de mortes e milhões de pessoas desesperadas por seus direitos mais básicos, como água, comida segurança”, frisou Zeid Ra’ad Al Hussein.

“Peço a todas as partes em conflito no Iêmen e aqueles que têm influência que trabalhem urgentemente para um cessar-fogo completo, de modo a pôr fim nesse conflito desastroso e para facilitar, em vez de bloquear, a entrega de ajuda humanitária”, acrescentou.

Descrevendo a situação no Iêmen como uma das piores crises humanitárias do mundo, a vice-chefe de direitos humanos da ONU, Kate Gilmore, afirmou também nessa semana (23) que uma comissão de inquérito internacional e independente é necessária para investigar as violações das leis internacionais e iemenitas.

De acordo com Gilmore, os pedidos para uma comissão internacional e independente de investigação foram rejeitados por algumas autoridades do Iêmen por potencialmente minar a comissão nacional de inquérito.

“No entanto, não há razões persuasivas para acreditar que uma investigação internacional e independente não possa funcionar junto com uma comissão nacional, uma vez que a existência de uma não exclui a outra”, explicou.

“O Alto Comissariado [de direitos humanos] não tem escolha a não ser reiterar o seu pedido de uma comissão internacional e independente de investigação sobre todas as alegações de violações”, acrescentou.

Ela afirmou que a iniciativa também apoiará os esforços do enviado especial do secretário-geral para o Iêmen em alcançar uma solução negociada e duradoura para o conflito.


Fonte: https://nacoesunidas.org/no-iemen-onu-pede-fim-das-hostilidades-e-acesso-urgente-a-milhoes-de-pessoas/

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