Crianças refugiadas sírias brincando em um assentamento em Al Faida, no Vale de Bekaa, no Líbano. Foto: UNICEF/Vanda Kljajo
Em visita a Bourj Hammoud, município do Líbano que abriga cerca de 20 mil sírios, o chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner, elogiou o compromisso e a solidariedade “excepcionais” do país para receber refugiados da guerra na nação vizinha. Dirigente afirmou neste mês (16) que o Estado libanês faz “um bem público global” com suas ações para acolher deslocados forçados.
“Com o conflito sírio se estendendo há quase sete anos, o Líbano permanece na linha de frente de uma das piores crises humanitárias de nosso tempo”, disse Steiner, que lembrou que o prolongamento da guerra sobrecarregou os serviços sociais, mercado de trabalho e infraestrutura do território libanês.
“Continuamos comprometidos em apoiar o governo libanês e as comunidades locais que recebem refugiados em seus esforços para manter a estabilidade”, acrescentou o chefe do PNUD.
O dirigente se reuniu com o primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, além de visitar Bourj Hammoud, onde testemunhou em primeira mão os desafios cotidianos dos refugiados, que lutam para manter seus filhos na escola e conseguir se sustentar.
“Todo refugiado gostaria de voltar para casa, mas enquanto isso (não é possível), até que as condições permitam, nosso papel é auxiliar o Líbano na gestão do bem público global que ele oferece”, completou o Steiner.
Segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o Líbano é o lar de 1 milhão de refugiados sírios. No país, um em cada seis indivíduos é refugiado.