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ONU manifesta preocupação com aumento do deslocamento forçado no norte da América Central

22 de Maio de 2018, 13:08 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Jovens refugiados salvadorenhos andam pelas ruas de sua nova cidade, Tapachula, no sudoeste do México, próximo à fronteira com a Guatemala, em setembro de 2016. Foto: ACNUR/Daniele Volpe

Jovens refugiados salvadorenhos andam pelas ruas de sua nova cidade, Tapachula, no sudoeste do México, próximo à fronteira com a Guatemala, em setembro de 2016. Foto: ACNUR/Daniele Volpe

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) tem visto um aumento significativo do número de pessoas que são forçadas a fugir da violência e da perseguição no norte da América Central. Com muitos indivíduos em movimento e em grave perigo, a agência das Nações Unidas pede à comunidade internacional que defenda suas necessidades de proteção, ao mesmo tempo em que ajuda os países do norte da América Central a lidar com a raiz do problema.

Mais de 294 mil solicitantes de refúgio e refugiados do norte da América Central foram registrados globalmente até o fim de 2017, um aumento de 58% em relação ao ano anterior. Isso é dezesseis vezes mais pessoas do que no final de 2011.

Os pedidos de refúgio por pessoas desta região também estão aumentando em todo o mundo. Entre 2011 e 2017, 350 mil pedidos de refugiados foram feitos globalmente. Entre eles, quase 130,5 mil foram arquivados somente em 2017.

A maioria dos que são forçados a fugir está buscando refúgio e proteção tanto no norte de Belize, México e Estados Unidos, quanto (e cada vez mais) no sul da Costa Rica e no Panamá. São mulheres vulneráveis ou crianças desacompanhadas e que se separaram de suas famílias.

A agência da ONU afirma ouvir repetidamente de pessoas que pedem proteção e refúgio, inclusive de um crescente número de crianças, que estão fugindo do recrutamento forçado para grupos criminosos armados e de ameaças de morte.

À medida que as pessoas cruzam as fronteiras, enfrentam inúmeros perigos, incluindo a violência infligida por grupos criminosos, o que frequentemente deixa as mulheres particularmente vulneráveis ao abuso sexual e à exploração. No entanto, diante dos altos níveis de homicídio em seus países de origem, que afetam especialmente as mulheres, bem como diante da violência contra as mulheres e as comunidades LGBTI, as pessoas estão fazendo essas viagens por desespero.

O ACNUR tem trabalhado com governos e parceiros da sociedade civil para ajudar por meio do Marco Integral Regional para Proteção e Soluções (MIRPS). Por meio deste marco, as pessoas que são deslocadas à força podem ter acesso a acolhimento e abrigo melhores, procedimentos de refúgio mais eficientes e eficazes e melhores soluções.

Isso inclui assegurar que refugiados e solicitantes de refúgio tenham acesso a programas nacionais de assistência social e ao mercado de trabalho. O último, em particular, ajuda na integração, pois significa que os refugiados podem contribuir de volta com as comunidades que os acolhem.

Além disso, o MIRPS estabelece mecanismos compartilhados para o reassentamento ou outros caminhos legais para aqueles que estão em maior risco, ao mesmo tempo em que aprimora a cooperação entre os atores para abordar as causas profundas do deslocamento forçado na região.

No entanto, as necessidades na região são enormes. Para 2018, o trabalho do ACNUR requer cerca de 36,2 milhões de dólares para fornecer proteção e assistência às pessoas afetadas pela situação do norte da América Central. Até agora, apenas 12% do financiamento necessário foi recebido.


Fonte: https://nacoesunidas.org/onu-manifesta-preocupacao-com-aumento-do-deslocamento-forcado-no-norte-da-america-central/

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