Para Lise Kingo, o mercado consumidor exigirá das empresas práticas sustentáveis. Foto: Pacto Global/Andres Wong
A diretora-executiva do Pacto Global da ONU, Lise Kingo, reiterou nesta semana (14) o apoio das empresas signatárias do pacto ao Acordo de Paris para o combate às mudanças climáticas.
“Embora as dificuldades possam tentar impedir o progresso do [acordo sobre o] clima, nós continuaremos com o espírito de solidariedade e unidade que reuniu o mundo com o apoio ao Acordo de Paris”, afirmou Kingo, reiterando a posição da iniciativa frente ao novo desafio imposto pela saída norte-americana do acordo.
Apesar da decepção causada pela desistência dos Estados Unidos, ela disse acreditar que uma ação conjunta — com um papel relevante das empresas — será muito valiosa.
Segundo Kingo, ao mesmo tempo em que investidores procuram mais informações sobre as mudanças climáticas, cada vez mais consumidores se mostram propensos a gastar um pouco mais com produtos sustentáveis.
O Pacto Global acredita que as empresas têm papel fundamental no cumprimento das metas climáticas — presentes no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 “Energia limpa e acessível” — e estimula também o engajamento na Agenda 2030.
Organizações de diversos setores têm se comprometido com a adesão a políticas de precificação de carbono e vêm seguindo diretrizes para a redução das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).
Rede Brasil e ONU Meio Ambiente
Por meio de seu grupo de trabalho sobre energia e clima, a Rede Brasil do Pacto Global discute os desafios da agenda e apoia os signatários na sua implementação.
Entre as principais ações, estão o fomento a diálogos de financiamento climático e o desenvolvimento do estudo “ODS no Setor Elétrico Brasileiro”. Além disso, a Rede Brasil participa, juntamente com outras organizações, da Iniciativa Empresarial em Clima (IEC).
O pronunciamento de Kingo faz coro ao posicionamento da ONU Meio Ambiente. A agência ressaltou que 190 países-membros continuam demonstrando comprometimento com a agenda climática e as futuras gerações, e que os Estados são apenas um dos atores de uma rede que engloba setor privado, cidades e cidadãos.