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Relatório da ONU aponta violações de direitos de milhares de pessoas deslocadas em Darfur

21 de Novembro de 2017, 17:34 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Mulher carrega latas de água enquanto as tropas da UNAMID realizam uma patrulha de rotina no campo para pessoas internamente deslocadas em Khor Abeche, em Darfur do Sul. Foto: UNAMID/Albert González Farran

Mulher carrega latas de água enquanto as tropas da UNAMID realizam uma patrulha de rotina no campo para pessoas internamente deslocadas em Khor Abeche, em Darfur do Sul. Foto: UNAMID/Albert González Farran

Um relatório do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos e da União Africana e da ONU em Darfur (UNAMID) pediu ao governo sudanês que promova políticas efetivas, transparentes e duradouras para permitir que 2,6 milhões de pessoas internamente deslocadas pelo conflito de longa duração em Darfur voltem para casa voluntariamente ou se reintegrem às comunidades de acolhimento.

O relatório observa que, apesar de um cessar-fogo entre o governo e vários grupos de oposição armados promovido desde junho de 2016, a violência contra os deslocados internos continua “generalizada” e a impunidade pelas violações dos direitos humanos persiste.

“Exorto o governo a abordar questões fundamentais que impedem o retorno de pessoas deslocadas, como a violência contínua, inclusive das milícias armadas, que suscitam receios contínuos e justificáveis por sua segurança e a falta de serviços básicos que os deixam dependentes da ajuda”, disse o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein.

O relatório detalha a situação das pessoas deslocadas de janeiro de 2014 a dezembro de 2016, um período marcado por uma campanha militar do governo que levou ao deslocamento civil em massa.

O documento diz que há “motivos razoáveis” para acreditar que as operações militares resultaram em graves violações do direito internacional dos direitos humanos e do direito internacional humanitário.

Durante o período analisado, a UNAMID documentou 1.286 acusações de violações de direitos humanos contra 3.358 vítimas, incluindo 2.108 mulheres e 299 crianças. Mais de 80% dessas violações e abusos relatados ocorreram quando as mulheres realizavam atividades diárias de subsistência, como a coleta de água e lenha.

Entre 2014 e 2016, a UNAMID documentou 77 incidentes de conflitos intercomunitários. Em 2015, essa violência deixou 520 pessoas mortas. Os relatórios indicam que 8.200 pessoas foram recentemente deslocadas em toda a região de Darfur em 2015, como resultado de violência entre comunidades e ataques violentos de milícias pró-governo.

Em meio ao cessar-fogo, houve uma redução considerável de deslocamentos durante os primeiros 10 meses de 2017, se comparado ao mesmo período em anos anteriores.

No entanto, a presença inadequada e, em alguns casos, a ausência total de instituições policiais e judiciais em áreas onde as pessoas deslocadas se estabeleceram levaram a graves violações dos direitos humanos e violações do direito internacional humanitário, afirma o relatório.

Acesse o documento clicando aqui.


Fonte: https://nacoesunidas.org/relatorio-da-onu-aponta-violacoes-de-direitos-de-milhares-de-pessoas-deslocadas-em-darfur/

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